Leia
atentamente o que o Senhor nos diz por meio do apóstolo Paulo: “Pelo que, tendo
este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos” (2
Coríntios 4.1).
Em
adição a liberdade espiritual, Deus deseja marcar nossas vidas com outras
características espirituais. Uma dessas características é o encorajamento
piedoso que vem do viver e servir sob um ministério de misericórdia e graça.
O
serviço que, agora, prestamos ao Senhor é baseado na misericórdia, como afirma
a Escritura: “tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita”.
Merecemos a condenação e a separação de Deus por toda a eternidade. Em vez
disso, Deus manifestou misericórdia para conosco perdoando nossos pecados. “Não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3.5).
Além disso, por meio de sua misericórdia ele nos alista em seu serviço. “Sou
grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me
considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era
blasfemo e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na
ignorância, na incredulidade” (1 Timóteo 1.12-13). Nosso ministério também diz
respeito à graça, pois: “do qual fui constituído ministro conforme o dom da
graça de Deus a mim concedida segundo a força operante do seu poder” (Efésios
3.7).
Considerando
que temos este tipo de ministério (ministério relacionado a misericórdia e a
graça), “não desfalecemos”. Se somos chamados para servir a Deus com base em
nosso mérito e nossos recursos, desfaleceremos. Seremos periodicamente tentados
ao desencorajamento à medida que servimos a Deus. O testemunho de serviço dado
por Paulo é semelhante ao de muitos servos de Deus ao longo dos séculos.
Observe o que Paulo diz: “Porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio
tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por
dentro” (2 Coríntios 7.5). Às vezes, também somos cercados por impossibilidades
e ameaçados por apreensões. O que devemos fazer nestas situações perturbadoras?
A resposta é: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande
nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que
tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está
proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em
troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da
ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois,
atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si
mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma” (Hebreus 12.1-3).
Ninguém enfrentou mais lutas e traições do que o Senhor Jesus. Todavia, ninguém
serviu a Deus mais fielmente. Em luta após luta, o Pai conduziu Jesus
vitoriosamente. Podemos nós, também, contar com o Senhor para ter misericórdia
de nós. Ele derramará sua graça sobre nós e nos conduzirá vitoriosamente
também.
Lembre-se, nosso
serviço ao Senhor está baseado na misericórdia e na graça. Por isso,
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de
recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”
(Hebreus 4.16).
Então, colocando-nos em
oração diante do Deus de misericórdia e graça, reconhecendo que ele sabe quão
frequentemente o desânimo passa sobre nós como ondas impetuosas; e suplicando
que ele nos lembre que nosso serviço a ele depende de sua misericórdia e de sua
graça, não de nossa capacidade, habilidades ou desempenho.