segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Uma vez mais sobre escravidão versus liberdade



Precisamos voltar ao tema da “Escravidão versus Liberdade”. Leia atentamente o que o Espírito Santo diz: “Pois está escrito eu Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque está escrito: ‘Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que os da que tem marido.’ Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? ‘Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre.’ E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a julgo de escravidão” (Gálatas 4.22-5.1).
            Nos versículos acima, estão em vista os dois filhos de Abraão: “Abraão teve dois filhos”. Embora esses dois meninos (Ismael e Isaque) sejam, de fato, duas personagens históricas, eles representam uma alegoria espiritual: “Estas coisas são alegóricas”. Esses dois filhos apresentam uma vívida ilustração histórica da lei e da graça, “porque estas mulheres são duas alianças”.
            Ismael, o primeiro filho de Abraão, retrata a vida de autossuficiência sob a lei: “uma, na verdade, se refere ao monte Sinai”. Esta abordagem da vida produz escravidão espiritual, pois “gera para escravidão”. Os cidadãos da Jerusalém terrena também são colocados como exemplo, “corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos”. Quando Paulo escreveu aos gálatas, o Império Romano mantinha a cidade de Jerusalém em escravidão opressiva. Abraão e Sara confiaram em sua ingenuidade humana ao usar Agar para gerar um filho. Assim, Ismael nasceu filho da escravidão carnal.
            Isto é o que acontece conosco quando tentamos produzir vida cristã com base em nossa própria suficiência. Colocamos a nós mesmos sob a lei (vida baseada no desempenho). Este é o caminho da escravidão espiritual. Somente podemos gerar “Isamaeis carnais”.
            Isaque, o segundo filho de Abraão, retrata a vida sob a graça. Agora, a suficiência de Deus é nossa fonte. Isaque nasceu segundo a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Confiar na fidelidade de Deus produz liberdade espiritual. A Jerusalém celestial é o exemplo usado aqui: “A Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe”. Nós, que seguimos a Cristo, nascemos de novo com uma nova vida que vem de cima. A nova Jerusalém é a cidade natal à qual somos dirigidos. A liberdade espiritual caracteriza os cidadãos lá de cima. “E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre”. O Senhor nos chama para viver com base na graça libertadora do Senhor Jesus Cristo, renunciando todas as inclinações para a escravidão do legalismo autossuficiente, pois, “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.
            Então, em oração ao Deus fiel, peçamos perdão por todos os “Ismaeis” que temos gerado mediante o confiar em nós mesmos, o que sempre produziu escravidão; desejemos viver por sua graça, confiando em sua fidelidade e andando na verdadeira liberdade espiritual.

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