Precisamos
voltar ao tema da “Escravidão versus
Liberdade”. Leia atentamente o que o Espírito Santo diz: “Pois está escrito eu
Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da
escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. Estas coisas
são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se
refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. Ora, Agar é o
monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão
com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque
está escrito: ‘Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que
não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que os da
que tem marido.’ Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.
Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu
segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? ‘Lança
fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será
herdeiro com o filho da livre.’ E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e
sim da livre. Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a julgo de escravidão” (Gálatas 4.22-5.1).
Nos
versículos acima, estão em vista os dois filhos de Abraão: “Abraão teve dois
filhos”. Embora esses dois meninos (Ismael e Isaque) sejam, de fato, duas
personagens históricas, eles representam uma alegoria espiritual: “Estas coisas
são alegóricas”. Esses dois filhos apresentam uma vívida ilustração histórica
da lei e da graça, “porque estas mulheres são duas alianças”.
Ismael,
o primeiro filho de Abraão, retrata a vida de autossuficiência sob a lei: “uma,
na verdade, se refere ao monte Sinai”. Esta abordagem da vida produz escravidão
espiritual, pois “gera para escravidão”. Os cidadãos da Jerusalém terrena
também são colocados como exemplo, “corresponde à Jerusalém atual, que está em
escravidão com seus filhos”. Quando Paulo escreveu aos gálatas, o Império
Romano mantinha a cidade de Jerusalém em escravidão opressiva. Abraão e Sara
confiaram em sua ingenuidade humana ao usar Agar para gerar um filho. Assim,
Ismael nasceu filho da escravidão carnal.
Isto
é o que acontece conosco quando tentamos produzir vida cristã com base em nossa
própria suficiência. Colocamos a nós mesmos sob a lei (vida baseada no
desempenho). Este é o caminho da escravidão espiritual. Somente podemos gerar
“Isamaeis carnais”.
Isaque,
o segundo filho de Abraão, retrata a vida sob a graça. Agora, a suficiência de
Deus é nossa fonte. Isaque nasceu segundo a fidelidade de Deus em cumprir suas
promessas. Confiar na fidelidade de Deus produz liberdade espiritual. A
Jerusalém celestial é o exemplo usado aqui: “A Jerusalém lá de cima é livre, a
qual é nossa mãe”. Nós, que seguimos a Cristo, nascemos de novo com uma nova
vida que vem de cima. A nova Jerusalém é a cidade natal à qual somos dirigidos.
A liberdade espiritual caracteriza os cidadãos lá de cima. “E, assim, irmãos,
somos filhos não da escrava, e sim da livre”. O Senhor nos chama para viver com
base na graça libertadora do Senhor Jesus Cristo, renunciando todas as
inclinações para a escravidão do legalismo autossuficiente, pois, “Para a
liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos
submetais, de novo, a jugo de escravidão”.
Então, em oração ao Deus fiel,
peçamos perdão por todos os “Ismaeis” que temos gerado mediante o confiar em
nós mesmos, o que sempre produziu escravidão; desejemos viver por sua graça,
confiando em sua fidelidade e andando na verdadeira liberdade espiritual.
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