“Estando
já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita
não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas
em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Coríntios 3.3).
A
antiga aliança da Lei foi escrita em “tábuas de pedra”. A nova aliança da graça
é escrita em “tábuas de carne, isto é, nos corações”. Este é outro contraste
vital entre a antiga e a nova alianças. Essa diferença, novamente, define se
nos valemos da suficiência humana ou da suficiência de Deus.
A
mensagem da antiga aliança da Lei de Deus foi escrita sobre pedras. Ela
intimava o homem à santidade como medida pelo caráter de Deus, visto que lemos:
“Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Levítico 19.2). A
mensagem é magnífica. Contudo, seu impacto foi limitado (em relação do
propósito), visto que ela foi escrita em “tábuas de pedra”. Ela foi inscrita
sobre um objeto inanimado que era externo à vida humana. Consequentemente, ela
não podia produzir vida ou qualquer provisão que transformasse vidas. A Lei
deveria funcionar como um padrão perfeito, revelando nossa falta de santidade e
nos convencendo de que necessitamos da ajuda que somente o Senhor Jesus Cristo
pode oferecer. Necessitamos de alguns meios pelos quais alcançar a perfeita
mensagem da Lei (santidade) em nosso ser interior. É isto que a nova aliança da
graça realiza.
A
mensagem da nova aliança da graça de Deus é escrita em corações humanos: “em
tábuas de carne, isto é, nos corações”. A graça não apenas perdoa nossas faltas
diante da Lei, mas trabalha para desenvolver santidade pessoal na própria
essência de nosso ser. Esta foi a promessa que Deus deu por meio de seus
profetas da antiguidade. Ele prometeu que colocaria sua Lei santa no coração
das pessoas. O livro de Hebreus aplica essa promessa a todos os que creem em
Cristo Jesus, dizendo, “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis, sobre a sua mente as
inscreverei” (Hebreus 10.16).
Que
esperança temos por meio da graça de nosso Senhor Jesus Cristo! Agora, Deus
transforma sua santidade de um padrão exterior para um recurso interior. Agora,
o Senhor torna suas exigências santas em uma parte interna de nosso ser. Deus
está provocando desejos santos em nós. Deus está desenvolvendo prioridades
santas dentro de nós, e provendo força espiritual dentro de nós para andarmos
mais e mais em piedade. Pois, “Deus é quem opera em vós tanto o querer como o
realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.13).
Por isso, em oração
diante de nosso Pai santo, reconheçamos que estaríamos sem esperança se o seu
padrão perfeito permanecesse externo a nós, exigindo santidade mediante meus
próprios esforços; agradeçamos por ele produzir sua vontade santa dentro de
nossa vida, provendo os recursos internos necessários para nossa vida e
crescimento em santidade; e supliquemos que ele transforme nossa vida de dentro
para fora.
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