“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma
nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o
espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).
A
“letra versus o Espírito” é outro
contraste entre a vida com base na antiga aliança e a vida com base na nova
aliança. Esta é outra escolha que determina se estamos vivendo por meio da
suficiência humana ou por meio da suficiência divina.
A
vida que é desenvolvida a partir “da letra” é uma vida construída com base em
regras e regulamentos. Não podemos nos tornar filhos de Deus por meio de
regras. Não podemos desenvolver nossa vida como filhos de Deus por meio de
regulamentos. Nenhuma lista de exigências (incluindo até mesmo a própria Lei de
Deus) pode produzir em nós, ou desenvolver em nós, uma vida de comunhão com
Deus. Todas as regras e regulamentos (inclusive a Lei de Deus) não oferecem de
recursos. Elas são uma lista de requerimentos, não uma provisão adequada. Elas
exigem uma resposta de obediência visível. Elas não fornecem capacidade para
produzir o efeito desejado.
Observe
a circuncisão, a qual era requerida pela lei de Deus de todos os israelitas. A
Escritura diz: “E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino a carne do seu
prepúcio” (Levítico 12.3). A circuncisão devia ser um sinal representativo, um
lembrete para o povo de Deus de que pertenciam a ele. A implementação deste
regulamento não mudava internamente a vida de um judeu. A circuncisão física e
externa (que é a circuncisão “pela letra”) não promovia uma mudança no coração
do circuncidado. É necessária uma ação interior de Deus para produzir um
verdadeiro filho de Deus (na linguagem de Romanos 2, “um verdadeiro judeu”).
“Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é
somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a
que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede
dos homens, mas de Deus” (Romanos 2.28-29). Deus gera filhos e desenvolve suas
vidas mediante uma atuação sem seus corações por meio do Espírito Santo.
O
reino dos céus é “do Espírito”. Ele não consiste de “faça isto, não faça aquilo,
externo (por exemplo, seguir o padrão da lei de Deus a respeito de certos alimentos).
“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria
no Espírito Santo” (Romanos 14.17). Entrar na família de Deus, bem como
desenvolver-se como filho de Deus não depende do seguir vários regulamentos. Ao
contrário, depende do Espírito Santo prover bênção celestiais no coração
daqueles que confiam no Senhor Jesus. A vida com Deus é sempre “do Espírito”
(suficiência de Deus), não “da letra” (suficiência do homem”.
Em oração, admitamos
nossa tendência de reduzir a vida com Deus ao obedecer certas regras e
regulamentos; roguemos sua ajuda para vivermos mediante a atuação de seu Espírito
dentro de nosso coração; e tomemos a resolução de viver na dependência dos
recursos da graça de Deus providos por meio do Espírito Santo, que habita em
nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário