terça-feira, 22 de agosto de 2017

A letra versus o Espírito



“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).
            A “letra versus o Espírito” é outro contraste entre a vida com base na antiga aliança e a vida com base na nova aliança. Esta é outra escolha que determina se estamos vivendo por meio da suficiência humana ou por meio da suficiência divina.
            A vida que é desenvolvida a partir “da letra” é uma vida construída com base em regras e regulamentos. Não podemos nos tornar filhos de Deus por meio de regras. Não podemos desenvolver nossa vida como filhos de Deus por meio de regulamentos. Nenhuma lista de exigências (incluindo até mesmo a própria Lei de Deus) pode produzir em nós, ou desenvolver em nós, uma vida de comunhão com Deus. Todas as regras e regulamentos (inclusive a Lei de Deus) não oferecem de recursos. Elas são uma lista de requerimentos, não uma provisão adequada. Elas exigem uma resposta de obediência visível. Elas não fornecem capacidade para produzir o efeito desejado.
            Observe a circuncisão, a qual era requerida pela lei de Deus de todos os israelitas. A Escritura diz: “E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio” (Levítico 12.3). A circuncisão devia ser um sinal representativo, um lembrete para o povo de Deus de que pertenciam a ele. A implementação deste regulamento não mudava internamente a vida de um judeu. A circuncisão física e externa (que é a circuncisão “pela letra”) não promovia uma mudança no coração do circuncidado. É necessária uma ação interior de Deus para produzir um verdadeiro filho de Deus (na linguagem de Romanos 2, “um verdadeiro judeu”). “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Romanos 2.28-29). Deus gera filhos e desenvolve suas vidas mediante uma atuação sem seus corações por meio do Espírito Santo.
            O reino dos céus é “do Espírito”. Ele não consiste de “faça isto, não faça aquilo, externo (por exemplo, seguir o padrão da lei de Deus a respeito de certos alimentos). “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14.17). Entrar na família de Deus, bem como desenvolver-se como filho de Deus não depende do seguir vários regulamentos. Ao contrário, depende do Espírito Santo prover bênção celestiais no coração daqueles que confiam no Senhor Jesus. A vida com Deus é sempre “do Espírito” (suficiência de Deus), não “da letra” (suficiência do homem”.
            Em oração, admitamos nossa tendência de reduzir a vida com Deus ao obedecer certas regras e regulamentos; roguemos sua ajuda para vivermos mediante a atuação de seu Espírito dentro de nosso coração; e tomemos a resolução de viver na dependência dos recursos da graça de Deus providos por meio do Espírito Santo, que habita em nós.

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