Continuemos
a considerar a diferença entre a glória da antiga aliança da lei e a da nova
aliança da graça. “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras,
se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face
de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não
será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da
condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da
justiça. Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste
respeito, já não resplandece, diante da atual sobre-excelente glória. Porque,
se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é
permanente” (2 Coríntios 3.7-11).
Esses
versículos proclamam outra diferença significativa entre a glória da antiga
aliança da lei e a glória da nova aliança da graça. Esta diferença é vista em
várias frases contrastantes: “se revestiu de glória” versus “será de maior glória”, “foi glória” versus “será glorioso”, “foi glorificado” versus “sobre-excelente glória”. A antiga aliança da lei é
caracterizada pela glória material, enquanto que a nova aliança da graça é
caracterizada pela glória sobre-excelente.
Certamente
é verdade que a lei é gloriosa. Esta glória diz respeito ao caráter santo de
Deus revelado em seus padrões. Pois a Escritura diz: “Portanto, santificai-vos
e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e
cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico. Se um homem amaldiçoar a seu pai
ou a sua mãe, será morto; amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue cairá
sobre ele” (levítico 20.7-9). Essa revelação da santidade de Deus na lei também
expõe a falta de santidade do homem. Como está escrito, “Ora, sabemos que tudo
o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo
o mundo seja culpável perante Deus” (Romanos 3.19).
Quando
uma pessoa luta e se debate com um grave problema de saúde, é doloroso
continuar e seguir em frente sem saber exatamente qual é seu problema. É
glorioso quando alguém é capaz de revelar qual é exatamente seu problema. Parte
da glória da lei é que ela revela o problema básico das lutas humanas; o
pecado. Todavia, é uma questão muito mais gloriosa ter o remédio para o
problema revelado. A graça é este remédio. Observe o que a Escritura afirma:
“Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado,
superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim reinasse
a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”
(Romanos 5.20-21).
Então, colocando-nos em oração
diante do Deus da glória, rendamos graças pela glória da sua Lei, a qual nos
revela nosso problema de pecado; o louvemos muito mais pela glória da sua
graça, a qual provê o remédio para o nosso pecado; e humildemente nos
alimentemos de sua Palavra, as Santas Escrituras, a fim de a excelente glória
de sua graça triunfante conceda cada vez mais justiça a nossa vida diária.
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