terça-feira, 19 de setembro de 2017

Glória material versus Glória sobre-excelente



            Continuemos a considerar a diferença entre a glória da antiga aliança da lei e a da nova aliança da graça. “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobre-excelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente” (2 Coríntios 3.7-11).
            Esses versículos proclamam outra diferença significativa entre a glória da antiga aliança da lei e a glória da nova aliança da graça. Esta diferença é vista em várias frases contrastantes: “se revestiu de glória” versus “será de maior glória”, “foi glória” versus “será glorioso”, “foi glorificado” versus “sobre-excelente glória”. A antiga aliança da lei é caracterizada pela glória material, enquanto que a nova aliança da graça é caracterizada pela glória sobre-excelente.
            Certamente é verdade que a lei é gloriosa. Esta glória diz respeito ao caráter santo de Deus revelado em seus padrões. Pois a Escritura diz: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico. Se um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, será morto; amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue cairá sobre ele” (levítico 20.7-9). Essa revelação da santidade de Deus na lei também expõe a falta de santidade do homem. Como está escrito, “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Romanos 3.19).
            Quando uma pessoa luta e se debate com um grave problema de saúde, é doloroso continuar e seguir em frente sem saber exatamente qual é seu problema. É glorioso quando alguém é capaz de revelar qual é exatamente seu problema. Parte da glória da lei é que ela revela o problema básico das lutas humanas; o pecado. Todavia, é uma questão muito mais gloriosa ter o remédio para o problema revelado. A graça é este remédio. Observe o que a Escritura afirma: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 5.20-21).
            Então, colocando-nos em oração diante do Deus da glória, rendamos graças pela glória da sua Lei, a qual nos revela nosso problema de pecado; o louvemos muito mais pela glória da sua graça, a qual provê o remédio para o nosso pecado; e humildemente nos alimentemos de sua Palavra, as Santas Escrituras, a fim de a excelente glória de sua graça triunfante conceda cada vez mais justiça a nossa vida diária.

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