Dando continuidade aos contrastes entre a antiga
aliança e a nova aliança, leiamos o que o Espírito diz por meio do apóstolo
Paulo: “Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o
que é permanente” (2 Coríntios 3.11).
A
antiga aliança da lei e a nova aliança da graça têm uma glória ao seu redor.
Contudo, a glória de uma (a antiga aliança) é uma glória desvanecente, enquanto
que a outra (a nova aliança) tem uma glória permanente. Uma está relacionada à
suficiência do homem. A outra está relacionada à suficiência de Deus.
O
aspecto desvanecente da glória da antiga aliança pode ser vista na experiência
de Moisés: “E, se o ministério da morte (isto é, a lei), gravado com letras em
pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar
a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente” (2
Coríntios 3.7). A glória que brilhava a partir da face de Moisés começou a
desaparecer. Ela nunca teve a intenção de ser a glória permanente que deus
desejava fazer brilhar na vida de pessoas. Pois a Escritura afirma: “Quando se
diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e
envelhecido está prestes a desaparecer” (Hebreus 8.13).
A
antiga aliança da lei não foi destinada a remover os problemas do homem. Ela
foi dada para mostrar a nós nosso problema básico de pecado. Nem foi ela
planejada para trazer as bênçãos gloriosas (perdão e vida abundante) que Deus
tem para o homem. Somente Jesus Cristo pode realizar isto; como diz a
Escritura: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela
carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o
pecado” (Romanos 8.3). A fraqueza da lei estava no fato de que ela se dirigia à
carne do homem (recursos humanos naturais). Esses recursos não são capazes de
cumprir com as exigências do perfeito padrão de justiça de Deus. Assim, Jesus
teve de vir e lidar com o problema do homem na cruz.
Quando
tentamos viver com base na antiga aliança, escolhemos viver com base na
suficiência do homem. Isto produz em nós uma glória desvanecente. É como o exagero
de uma “animada reunião religiosa” que logo desaparece quando as pessoas vão
embora, e somos deixados para enfrentar a batalha sozinhos. Esta glória
desaparece porque a vida com base na lei depende da suficiência humana.
A
nova aliança da graça lida com os problemas do homem. A graça perdoa nossos pecados
e, então, age para transformar o pecador. Isto produz uma glória permanente;
pois, como diz a Escritura: “muito mais glória tem o que é permanente (isto é,
a nova aliança da graça). Esta glória permanece porque depende da suficiência
de Deus.
Portanto, coloquemo-nos em oração diante do Pai de glória, reconhecendo
que a glória que experimentamos é mero entusiasmo natural acerca de tudo quanto
ele promete a nós; confessemos que esta glória desaparece muito rapidamente; e
humildemente confiemos nele para operar sua graça dentro de nossa vida, a fim
de que sua suficiência produza em nós uma glória permanente.
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