“O qual
nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da
morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os
filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu
rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do
Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior
proporção será glorioso o ministério da justiça” (2 Coríntios 3.6-9).
Aqui
está outro vívido contraste entre viver pela antiga aliança da Lei e viver pela
nova aliança da graça. A perfeita lei de Deus é um “ministério da condenação”,
o qual obriga as pessoas a valerem-se da suficiência do homem. A graça gloriosa
de Deus é um “ministério da justiça”, que permite as pessoas a valerem-se da
suficiência de Deus.
Quando
tentamos viver com base na Lei, andamos em condenação. Quando tentamos ministrar
mediante a Lei, colocamos as pessoas sob condenação. Isto é inevitável, visto
que a Lei é um “ministério da condenação”. Viver e ministrar mediante a Lei
depende do desempenho humano. “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus,
sou santo” (Levítico 19.2). Os únicos recursos disponíveis para o cumprimento
da Lei são as habilidades naturais humanas (a carne). Todas as habilidades
naturais se tornaram inúteis por causa da injustiça, pois a Escritura afirma:
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da
imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um
vento, nos arrebatam” (Isaías 64.6). Isto torna a carne incapaz de produzir uma
vida justa. A Escritura também afirma que “O espírito é o que vivifica; a carne
para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”
(João 6.63). Consequentemente, quando tentamos viver mediante a Lei (isto é,
tentamos satisfazer os padrões de Deus mediante nossos recursos), sentimos a
condenação. As outras pessoas também experimentam condenação quando indicamos
para elas a Lei como produtora de vida piedosa.
Por
outro lado, quando vivemos pela graça, crescemos em justiça. Quando ministramos
a mensagem da graça às pessoas, elas também podem crescer em justiça. A piedade
é o resultado da ministração da nova aliança da graça, porque ela é um
“ministério da justiça”. A mensagem da graça informa às pessoas que a justiça
se encontra disponível pela fé. “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de
Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em
Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção”
(Romanos 3.21-22).
Além
desta dádiva inicial da justiça (imputada ou creditada em nossa conta no céu),
a graça também provê contínua justiça prática (concedida a nossa vida diária na
terra): “A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8.4). A medida que dependemos
do Senhor, o Espírito Santo produz uma vida mais semelhante a Cristo em nós,
por sua graça.
Assim, de joelhos diante do Deus da
justiça, reconhecendo as vezes em que temos andado na condenação legalista, e
as vezes em que levamos outros a andar na mesma direção, peçamos perdão; e
roguemos que ele nos ensine a andar na justiça mediante a humilde dependência
dele, bem como que nos capacite a ministrar sua justiça às outras pessoas.
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