terça-feira, 5 de setembro de 2017

Ministério da condenação versus Ministério da justiça



“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça” (2 Coríntios 3.6-9).
            Aqui está outro vívido contraste entre viver pela antiga aliança da Lei e viver pela nova aliança da graça. A perfeita lei de Deus é um “ministério da condenação”, o qual obriga as pessoas a valerem-se da suficiência do homem. A graça gloriosa de Deus é um “ministério da justiça”, que permite as pessoas a valerem-se da suficiência de Deus.
            Quando tentamos viver com base na Lei, andamos em condenação. Quando tentamos ministrar mediante a Lei, colocamos as pessoas sob condenação. Isto é inevitável, visto que a Lei é um “ministério da condenação”. Viver e ministrar mediante a Lei depende do desempenho humano. “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Levítico 19.2). Os únicos recursos disponíveis para o cumprimento da Lei são as habilidades naturais humanas (a carne). Todas as habilidades naturais se tornaram inúteis por causa da injustiça, pois a Escritura afirma: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” (Isaías 64.6). Isto torna a carne incapaz de produzir uma vida justa. A Escritura também afirma que “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6.63). Consequentemente, quando tentamos viver mediante a Lei (isto é, tentamos satisfazer os padrões de Deus mediante nossos recursos), sentimos a condenação. As outras pessoas também experimentam condenação quando indicamos para elas a Lei como produtora de vida piedosa.
            Por outro lado, quando vivemos pela graça, crescemos em justiça. Quando ministramos a mensagem da graça às pessoas, elas também podem crescer em justiça. A piedade é o resultado da ministração da nova aliança da graça, porque ela é um “ministério da justiça”. A mensagem da graça informa às pessoas que a justiça se encontra disponível pela fé. “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção” (Romanos 3.21-22).
            Além desta dádiva inicial da justiça (imputada ou creditada em nossa conta no céu), a graça também provê contínua justiça prática (concedida a nossa vida diária na terra): “A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8.4). A medida que dependemos do Senhor, o Espírito Santo produz uma vida mais semelhante a Cristo em nós, por sua graça.
            Assim, de joelhos diante do Deus da justiça, reconhecendo as vezes em que temos andado na condenação legalista, e as vezes em que levamos outros a andar na mesma direção, peçamos perdão; e roguemos que ele nos ensine a andar na justiça mediante a humilde dependência dele, bem como que nos capacite a ministrar sua justiça às outras pessoas.

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