Continuemos considerando essa sublime e espantosa
verdade apresentada por Paulo na Segunda Carta aos Coríntios. “Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e
não de nós” (2 Coríntios 4.7).
Em
nossa meditação anterior sobre este mesmo versículo, vimos que Deus colocou, de
modo extraordinário, tesouro celestial em vasos de barro comuns. Pois é isto
que a Escritura declara: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro”. Isto é
verdade a respeito de cada pessoa que foi redimida pelo sangue de Cristo. O
Senhor planejou este caminho para que os vasos (você e eu) confiemos no tesouro
(Jesus Cristo), não em nós mesmos. Visto que é isto que a Palavra de Deus
declara: “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”.
Igualmente, este arranjo deve chamar a atenção para o Senhor e trazer glória a
ele, não aos vasos.
O
Senhor Jesus é o tesouro no “vaso de barro” de nossa humanidade redimida. Ele
deve ser a “excelência do poder” em nossas vidas. Ele é o único em quem devemos
confiar como nossa força para a vida diária. Quando as lutas crescerem em
intensidade, confie no Senhor Jesus; pois, como disse o salmista: “Pois de
força me cingiste para o combate e me submeteste os que se levantaram contra
mim” (Salmo 18.39). Quando necessitarmos de paciência ou de persistência,
confiemos no Senhor Jesus; pois somos “fortalecidos com todo o poder, segundo a
força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade, com alegria” (Colossenses
1.11). Quando necessitarmos de forças para nossos anos finais, confiemos no
Senhor Jesus, pois, como ele foi com Josué: “Eis, agora, que o Senhor me
conservou em vida, como prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor
falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou
de oitenta e cinco anos. Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me
enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate,
tanto para sair a ele como para voltar” (Josué 14.10-11), assim ele é conosco.
Mesmo nas ocasiões de extrema fraqueza pessoal, sua força pode se tornar
especialmente evidente; como o apóstolo Paulo testemunha, dizendo: “Então, ele
me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De
boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse
o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque,
quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
A
tentação que enfrentamos é para confiar em nossa “estrutura enferma” (ou
naqueles que alegam ser capazes de fortalecer ou reforçar vasos de barro).
Nossos recursos pessoais falharão, mas o Senhor Jesus, que habita em nossos
corações, não falhará. Ouça o que o salmista diz: “Ainda que a minha carne e o
meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança
para sempre” (Salmo 73.26). O sistema do mundo, com todas as suas riquezas impressionantes,
nos chama a colocar nossa confiança em seus recursos. O Senhor nos adverte que
colocar nossa confiança no lugar errado resulta em nossa ruína. Atente para o
que a Escritura diz: “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos
que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para
acrescentarem pecado sobre pecado! Que descem ao Egito sem me consultar,
buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! Mas o refúgio de Faraó
se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em confusão” (Isaías
30.1-3)
Devemos confiar
no Senhor como nossa força, pois, “o Senhor é a minha força e o meu escudo”
(Salmo 28.7a). Portanto, devemos confiar no Senhor da glória e receber a força
que ele concede, como fez o salmista: “nele o meu coração confia, nele fui
socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei”
(Salmo 28.7b).
Com isso em mente,
coloquemo-nos em oração diante do Senhor Jesus, a força da nossa vida, pedindo
perdão pelas vezes em que confiamos em nós mesmos e nos recursos do mundo;
renovemos nossa decisão de colocar toda nossa confiança somente em Jesus, o
tesouro que vive dentro de nós; e rendamos toda a glória a ele, apenas a ele.
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