terça-feira, 6 de março de 2018

O poder dentro de vasos de barro redimidos



Continuemos considerando essa sublime e espantosa verdade apresentada por Paulo na Segunda Carta aos Coríntios. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4.7).
            Em nossa meditação anterior sobre este mesmo versículo, vimos que Deus colocou, de modo extraordinário, tesouro celestial em vasos de barro comuns. Pois é isto que a Escritura declara: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro”. Isto é verdade a respeito de cada pessoa que foi redimida pelo sangue de Cristo. O Senhor planejou este caminho para que os vasos (você e eu) confiemos no tesouro (Jesus Cristo), não em nós mesmos. Visto que é isto que a Palavra de Deus declara: “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. Igualmente, este arranjo deve chamar a atenção para o Senhor e trazer glória a ele, não aos vasos.
            O Senhor Jesus é o tesouro no “vaso de barro” de nossa humanidade redimida. Ele deve ser a “excelência do poder” em nossas vidas. Ele é o único em quem devemos confiar como nossa força para a vida diária. Quando as lutas crescerem em intensidade, confie no Senhor Jesus; pois, como disse o salmista: “Pois de força me cingiste para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim” (Salmo 18.39). Quando necessitarmos de paciência ou de persistência, confiemos no Senhor Jesus; pois somos “fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade, com alegria” (Colossenses 1.11). Quando necessitarmos de forças para nossos anos finais, confiemos no Senhor Jesus, pois, como ele foi com Josué: “Eis, agora, que o Senhor me conservou em vida, como prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou de oitenta e cinco anos. Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar” (Josué 14.10-11), assim ele é conosco. Mesmo nas ocasiões de extrema fraqueza pessoal, sua força pode se tornar especialmente evidente; como o apóstolo Paulo testemunha, dizendo: “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
            A tentação que enfrentamos é para confiar em nossa “estrutura enferma” (ou naqueles que alegam ser capazes de fortalecer ou reforçar vasos de barro). Nossos recursos pessoais falharão, mas o Senhor Jesus, que habita em nossos corações, não falhará. Ouça o que o salmista diz: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Salmo 73.26). O sistema do mundo, com todas as suas riquezas impressionantes, nos chama a colocar nossa confiança em seus recursos. O Senhor nos adverte que colocar nossa confiança no lugar errado resulta em nossa ruína. Atente para o que a Escritura diz: “Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado sobre pecado! Que descem ao Egito sem me consultar, buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! Mas o refúgio de Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em confusão” (Isaías 30.1-3)
            Devemos confiar no Senhor como nossa força, pois, “o Senhor é a minha força e o meu escudo” (Salmo 28.7a). Portanto, devemos confiar no Senhor da glória e receber a força que ele concede, como fez o salmista: “nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei” (Salmo 28.7b).
            Com isso em mente, coloquemo-nos em oração diante do Senhor Jesus, a força da nossa vida, pedindo perdão pelas vezes em que confiamos em nós mesmos e nos recursos do mundo; renovemos nossa decisão de colocar toda nossa confiança somente em Jesus, o tesouro que vive dentro de nós; e rendamos toda a glória a ele, apenas a ele.

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