terça-feira, 13 de março de 2018

O processo que magnifica o tesouro



“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (2 Coríntios 4.7-9).
            Os servos da nova aliança (os seguidores de Jesus Cristo) são “vasos de barro”. Todavia, no recipiente de sua humanidade redimida habita “este tesouro” (o próprio Filho de Deus). Essa disposição requer que o tesouro (Jesus), não o vaso (você e eu) seja o objeto de toda verdade e o receptáculo de toda glória, como afirma a Escritura, “para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. O Senhor tem, igualmente, disposto de modo apropriado um processo que magnifica o tesouro.
            Este processo envolve as pressões de cada dia de nossa vida, as quais vêm de todos os lados. Observe a descrição feita por Paulo: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados”. Os vasos de barro não podem resistir a muita pressão, mas o tesouro que está dentro de nós (Cristo) é capaz de guardar-nos de ser quebrados; uma vez que o cristão pode dar ouvidos ao mesmo conselho dado a Timóteo, a saber, “fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus” (2 Timóteo 2.1).
            O processo que chama a atenção para o tesouro também envolve muitas perplexidades, pois o apóstolo diz: “perplexos, porém não desanimados”. Enfrentamos dificuldades e questões impossíveis, mas nosso Maravilhoso Conselheiro nos protege do desânimo e desesperança, visto que nele “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2.3).
            As perseguições estão inclusas no processo. Somos “perseguidos, porém não desamparados”. As pessoas nos acusam, nos entendem mal e mentem a nosso respeito. Apesar disso, sabemos que não somos abandonados por nosso Senhor, o qual vive dentro de nós, pois ele mesmo disse: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13.5).
            Até mesmo as catástrofes que se abatem sobre nós são parte do processo que magnifica o tesouro que habita em nós, como afirma o apóstolo, “abatidos, porém não destruídos”. Revoltas circunstanciais e pesares opressores podem ocorrer, mas o Senhor dá estabilidade a nossa alma, de modo que não somos inclinados sob o peso das circunstâncias. Como declara o salmista: “Assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o Senhor me serviu de amparo” (Salmo 18.18).
            Assim, a vida nos ataca como um tanque de guerra opressor, pronto para nos achatar. Não há esperança natural, porque vasos de barro não podem lidar com tanques. Todavia, a medida que a poeira baixa, o vaso de flor de nossa vida pode permanecer intacto (se confiarmos na habilidade e fidelidade daquele que vive em nosso coração). Não existe tanque de ataque que possa vencer ao Senhor Jesus Cristo; pois como diz a Escritura: “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).
            Por isso, de joelhos, em oração, rendamos graças por Jesus Cristo, o tesouro que habita em nós, vasos de barro; confiemos nele quando as pressões, as perplexidades, as perseguições ou as catástrofes sobrevierem a nós; e, quando alguém perguntar como somos sustentados nessas dificuldades, nos lembremos de dar toda glória e honra àquele que é o tesouro em vasos de barro.

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