segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Um sacrifício superior sob a graça


            “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu” (Hebreus 7.26-27). “Não por meio de sangue de bodes e bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus 9.12).
            Outro aspecto superior da nova aliança da graça é o sacrifício que temos em Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote. Os sacrifícios sob a antiga aliança eram oferecidos repetidamente, e eles envolviam o sangue de animais. Em ambos os aspectos, o sacrifício de Jesus é superior.
            Os sacerdotes sob a Lei apresentavam seus próprios sacrifícios dia após dia. Esses sacrifícios não podiam remover o pecado; como fica claro na declaração da Escritura: “Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados” (Hebreus 10.11). Esses sacrifícios forneciam uma cobertura temporária do pecado, antecipando a obra eficaz do Messias por vir. Contudo, ao mesmo tempo, nesses sacrifícios estava uma constante lembrança de pecado e culpa; pois está escrito: “Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos” (Hebreus 10.3). Quando o sangue era derramado, a consequência máxima do pecado (a morte) estava sendo exibida diante do povo; visto que a Escritura afirma, “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22). Finalmente, Jesus morreu como o sacrifício perfeito e “de uma vez por todas”. Observe o que a Escritura diz: “Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.26-28). E “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” (Hebreus 10.12).
            A ineficácia dos sacrifícios sob a Lei está no fato de que o mero sangue de um animal estava sendo derramado; por isso a Escritura afirma, “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10.4). Assim, nosso sumo sacerdote sob a graça ofereceu seu próprio sangue; pois, como a Escritura declara, fomos resgatados do pecado “pelo precioso sangue como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1 Pedro 1.19). Ou como o apóstolo João registra: “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29).
            Em virtude disso, coloquemo-nos de joelhos diante do Cordeiro de Deus reconhecendo o maravilhoso sacrifício que ele fez em nosso favor movido por sua graça; reconhecendo que sua morte, única e de uma vez para sempre, torna a redenção eterna disponível a todo que crer; regozijando-nos agradecidamente nesse magnífico presente.

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