“Com efeito, nos convinha um sumo
sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e
feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos
sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios
pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si
mesmo se ofereceu” (Hebreus 7.26-27). “Não por meio de sangue de bodes e
bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por
todas, tendo obtido eterna redenção” (Hebreus 9.12).
Outro aspecto superior da nova
aliança da graça é o sacrifício que temos em Jesus Cristo, nosso sumo
sacerdote. Os sacrifícios sob a antiga aliança eram oferecidos repetidamente, e
eles envolviam o sangue de animais. Em ambos os aspectos, o sacrifício de Jesus
é superior.
Os sacerdotes sob a Lei apresentavam
seus próprios sacrifícios dia após dia. Esses sacrifícios não podiam remover o
pecado; como fica claro na declaração da Escritura: “Ora, todo sacerdote se
apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes
os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados” (Hebreus 10.11).
Esses sacrifícios forneciam uma cobertura temporária do pecado, antecipando a
obra eficaz do Messias por vir. Contudo, ao mesmo tempo, nesses sacrifícios
estava uma constante lembrança de pecado e culpa; pois está escrito:
“Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos”
(Hebreus 10.3). Quando o sangue era derramado, a consequência máxima do pecado
(a morte) estava sendo exibida diante do povo; visto que a Escritura afirma,
“Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e,
sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hebreus 9.22). Finalmente, Jesus
morreu como o sacrifício perfeito e “de uma vez por todas”. Observe o que a
Escritura diz: “Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido
muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos,
se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o
pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo,
depois disto o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos
que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.26-28). E “Jesus, porém, tendo
oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra
de Deus” (Hebreus 10.12).
A ineficácia dos sacrifícios sob a Lei está
no fato de que o mero sangue de um animal estava sendo derramado; por isso a
Escritura afirma, “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova
pecados” (Hebreus 10.4). Assim, nosso sumo sacerdote sob a graça ofereceu seu
próprio sangue; pois, como a Escritura declara, fomos resgatados do pecado
“pelo precioso sangue como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo (1 Pedro 1.19). Ou como o apóstolo João registra: “No dia seguinte, viu
João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo!” (João 1.29).
Em virtude disso, coloquemo-nos de
joelhos diante do Cordeiro de Deus reconhecendo o maravilhoso sacrifício que
ele fez em nosso favor movido por sua graça; reconhecendo que sua morte, única
e de uma vez para sempre, torna a redenção eterna disponível a todo que crer;
regozijando-nos agradecidamente nesse magnífico presente.
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