segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Mais sobre a verdade para libertar-nos da lei

            “Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos” (Gálatas 4.9-10).
            Em nossa meditação anterior, vimos que a promessa de verdade libertadora do Senhor inclui a verdade para libertar-nos da lei. Se devemos ser justificados (declarados sem culpa e justos em Cristo, devemos ser libertos da lei (que nos condena e nos declara culpados de pecado). Esse regate da lei é assegurado mediante o colocar nossa fé no Senhor Jesus e desfrutar de sua graça justificadora. A fé salvadora, uma dádiva de Deus, deve ser usada por nós para confiar em Cristo como o único e suficiente Salvador. Pois está escrito, “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo Jesus e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).
            Mediante este exercício da fé dada por Deus, conhecemos ao Senhor. Neste ponto, muitos cristãos voltam aos esforços religiosos sob o cumprimento da lei, assumindo que podem crescer em santificação por meio de seus próprios esforços e dedicação. Observe o que a Escritura afirma: “Mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecido por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres” (Gálatas 4.9a) Essas palavras repetem o tema principal deste livro revolucionário: o poder e a riqueza da graça contrastados com a fraqueza e pobreza (“rudimentos fracos e pobres”) da lei. A graça de Deus, que foi suficientemente poderosa para nos conduzir à justificação, é a única opção suficientemente poderosa para fazer-nos progredir em santificação (crescimento na vida piedosa). A graça de Deus, que foi abundantemente rica para salvar nossas almas, é a única fonte suficientemente rica para efetuar a transformação de nosso coração e caráter. A lei de Deus nunca teve o propósito de ser o meio para prover o poder ou a riqueza celestial necessária para a justificação. Nem tinha ela o propósito de produzir santificação.
            A futilidade da lei em produzir piedade pode ser vista na esperança inútil dos gálatas de que observar dias santos os capacitaria espiritualmente. Preste atenção ao que a Escritura diz, “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos” (Gálatas 4.10). Longe de produzir lidas libertas, isto era um retorno à escravidão religiosa. Visto que a Escritura afirma, “aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?” (Gálatas 4.9b). Certamente o povo de Deus é livre para celebrar dias que possuem importância espiritual para ele. Como está escrito, “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Romanos 14.5). Não nos é requerido nem proibido observar dias. No entanto, se nossa esperança está nas observâncias religiosas, estamos seguindo em direção a escravidão religiosa, não para a liberdade espiritual.
            Por isso, em oração, nos regozijemos no poder e na riqueza da graça de Deus, a qual trouxe a justificação do pecado para nós; clamemos humildemente por suprimento diário de sua poderosa e rica graça salvadora; supliquemos que seu Espírito nos convença de pecado quando nos inclinarmos para os rudimentos fracos e pobres do cumprimento da lei.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

A verdade para libertar-nos da lei

“Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida. [...] Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7.1 e 6).
            Na Palavra de Deus, o Senhor promete que a verdade traz libertação espiritual, pois está escrito, “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Consideramos as verdades que libertam as pessoas da escravidão do pecado, da escravidão do medo da morte e da escravidão da influência do diabo. Agora, olharemos para outra categoria de verdade libertadora: a verdade para libertar-nos da lei.
            Inicialmente, esse assunto diz respeito a todos, porque todos começamos sob a escravidão da lei; como está escrito, “Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (Romanos 3.19). Todos os que viveram, vivem agora ou viverão no futuro (“todo o mundo”) estão inicialmente confinados em um estado de condenação (“seja culpável perante Deus”), por causa de seu pecado. Essa condição de culpado duraria a vida toda se Deus não providenciasse o remédio. Observe, “tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz”, ou seja, a lei tem domínio sobre o homem ao longo de toda sua vida. Contudo, essa condição de escravidão da lei não precisa continuar, porque a Palavra do Senhor proclama a verdade libertadora para essa drástica necessidade. Ela diz, “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7.6). A pessoa que éramos por nascimento físico morreu na cruz juntamente com Cristo quando cremos nele. A nova criatura em Cristo encontra-se justificada pela fé em Cristo (não mediante a obediência a lei). Pois a Escritura afirma, “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Romanos 3.28).
            Todos os filhos de Deus têm experimentado essas verdades libertadoras quando a justificação é aplicada a eles (nossa justiça eterna está diante de Deus no céu). Contudo, muitos do povo de Deus não estão conscientes da necessidade de serem libertos da escravidão da lei no que diz respeito à santificação (nosso crescimento diário em piedade pessoal e prática na terra). Todavia, a Palavra de Deus dedica-se a esse assunto repetidamente. Aqui, em um dos versículos básicos para meditação, vemos essas verdades implicando em santificação. Observe atentamente, “Agora, porém, libertos da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7.6). Sim, o entendimento da verdade de que somos libertos da lei determina se lutaremos diariamente em escravidão para cumprir a lei, ou se viveremos livremente mediante a contínua e fresca obra do Espírito de Deus.
            Por isso, colocando-nos diante do Senhor de libertação, o adoremos por nos libertar da condenação da lei pela graça por meio da fé; supliquemos que ele nos ensine a viver diariamente pela graça mediante a fé, para que sejamos, na prática, libertados da lei para servi-lo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A verdade para libertar-nos da escravidão do inimigo

            “Disse, pois, Jesus, aos judeus que haviam crido nele. Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.31-32). “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhe conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendi sido feitos cativos por ele para cumprirem a sus vontade” (2 Timóteo 2.24-26).
            Como seguidores de Jesus Cristo, é muito importante que permaneçamos em sua Palavra. Somos chamados para viver na Palavra do Senhor para que possamos conhecer sua verdade. Então, a medida que abraçamos a verdade de Deus, somos impactados por seu poder libertador. Como está escrito: “A verdade vos libertará”. A escravidão oriunda do inimigo é uma área fundamental na qual a pessoa necessita de libertação espiritual.
            Todo o reino da humanidade incrédula jaz sob a influência comprometedora do diabo. A Escritura afirma que, “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno” (1 João 5.19). Mesmo os incrédulos que não aceitam as verdades de Deus acerca de Satanás e do pecado são, apesar disso, escravizados por ele. Consequentemente, devemos humildemente alcança-los com a verdade; como a Escritura ensina: “disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendi sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2 Timóteo 2.25-26). O apóstolo Paulo foi enviado para proclamar o evangelho da verdade, que oferece libertação dessa escravidão. Isso é o que lemos nas Escrituras: “para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles a remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (Atos 26.18). O testemunho de todos os que creem na verdade do Evangelho é este: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1.13).
            O problema da influência comprometedora, obstruidora e restringidora de Satanás não termina com a conversão. Muitos santos (embora dirigindo-se para o céu) ainda estão amarrados em áreas de seu pensamento e comportamento. Ainda estão sob a influência das mentiras do inimigo. Eles não são capazes de fazer a confissão libertadora de Paulo e de sua equipe missionária, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2 Coríntios 2.11). A ignorância quanto as táticas do inimigo continuarão na vida daqueles que não conhecem (ou não se sujeitam) a verdade libertadora de Deus. Por outro lado, todo aquele que deseja abraçar as verdades da Palavra de Deus desfrutarão cada vez mais da liberdade das mentiras do inimigo. Eles crescerão no entendimento e na dependência dos propósitos vitoriosos da vinda de Jesus a esta terra. Como está escrito: “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desce o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 João 3.8).
            Portanto, coloquemo-nos de joelhos, em oração, louvando ao Senhor, nosso Deus, pela verdade libertadora do evangelho da graça, a qual nos libertou das garras do inimigo; reconhecendo que necessitamos, cada vez mais, das verdades libertadoras da sua Palavra, para que não sejamos ignorantes quanto às táticas desencaminhadoras e persistentes de Satanás; e suplicando que o Senhor nos ensine suas verdades.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A verdade prometida para libertar-nos

            “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.31-32).
            Como vimos, o Espírito Santo é prometido como nosso guia a todas as verdades da Palavra de Deus. Como está escrito: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16.13). Uma promessa relacionada a essa nos assegura que essa verdade possui um impacto libertador sobre nossas vidas. Pois a Escritura afirma: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Essa promessa de libertação espiritual por meio das verdades da Palavra de Deus é uma promessa vital para o ser humano, porque várias formas de escravidão espiritual nos ameaçam.
            Todos necessitam ser libertos da escravidão do pecado. As pessoas que ouviram em primeira mão essa promessa necessitavam de instrução sobre isso. Observe o que eles responderam, “Responderam eles: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizeis tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.33-34). Essa expressão “todo” inclui todos os seres humanos de todas as épocas; como está escrito: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Contudo, podemos louvar a Deus pois sua verdade libertadora pode livrar-nos da escravidão do pecado. Toda pessoa que confia no Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador é justificada (declarada justa aos olhos de Deus) de seus pecados, por meio do preço de redenção (resgate) do sangue de Cristo. Como está escrito: “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos” (Romanos 3.24-25).
            O medo da morte é outro laço de escravidão do qual as pessoas precisam ser libertas. Na Carta aos Hebreus, lemos: “e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2.15). Que escravidão atormentadora é o medo da morte! Todavia, a verdade libertadora de Jesus pode lidar com essa escravidão também. Pois as Escrituras afirmam: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente” (João 11.25-26). Toda pessoa que crê naquele que é a ressurreição vive para sempre. Ainda que ela venha a experimentar a morte física, a sepultura não a reterá. De fato, embora seu corpo possa descer à sepultura, ela irá imediatamente para a presença de Deus, pois, como a Escritura diz: “entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 2.8).
            Por isso, coloquemo-nos em oração diante do Deus da verdade, regozijando-nos na liberdade que vem por meio da sua verdade; rendendo graças por nos libertar da escravidão da condenação e do julgamento que merecemos por causa de nosso pecado; louvando- por libertar-nos do medo da morte; e suplicando que ele nos faça viver vitoriosamente mediante essas verdades e transmiti-las a outros que necessitam ser libertos.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O Espírito prometido para glorificar a Jesus

            “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.13-14). “Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Coríntios 2.12).
            O ministério prometido do Espírito Santo envolve sua ação de guiar-nos a todas as verdades da Palavra de Deus. Como está escrito: “Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade” (João 16.13). Visto que o Espírito Santo está cumprindo essa promessa, ele deseja, de modo especial, revelar a verdade de Deus de maneira que glorificará ao Senhor Jesus Cristo. Pois a Escritura diz: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.14). O desejo do Espírito Santo é produzir glória e honra, não para si mesmo, mas para o Senhor Jesus Cristo. Observe o que a Escritura afirma, “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (João 15.16).
            Uma das primeiras maneiras do Espírito glorificar a Jesus é revelar a nós (e produzir em nós crescente conhecimento experimental) as graciosas riquezas celestiais que são nossas em Cristo. Visto que está escrito: “ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Coríntios 2.12). Essa é a linguagem da graça, “gratuitamente nos foi dado”. As maravilhas da graça de Deus são derramadas livre e gratuitamente. Observe as seguintes afirmações da Escritura: “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3.24); “Para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1.6). O que os seres humanos merecem (e merecem por causa de seu próprio pecado e ofensas) é julgamento. Contudo, Cristo provê por sua conta (sua morte por nós) o remédio gratuito da vida eterna. Como está escrito: “Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos” (Romanos 5.15); e “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).
            Essas coisas da vida eterna dadas gratuitamente incluem muito mais do que o precioso dom do perdão. Note o que a Escritura declara: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas” (Romanos 8.32). Podemos beber gratuitamente desse rio de bênçãos (que inclui paz, esperança, frutos, dádivas, vitória e etc.) o tempo todo – e até mesmo por toda a eternidade. Porque está escrito: “Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida” (Apocalipse 21.6). E “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22.17).
            Por isso, em oração, digamos ao Senhor Jesus que essas coisas dadas gratuitamente por Deus, reveladas a nós por seu Espírito por meio de sua Palavra, nos fazem glorifica-lo grandemente; e supliquemos que ele nos ensine a beber gratuitamente dessas riquezas mais e mais, mediante a humilde dependência.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O Senhor promete seu Espírito para nos ensinar

            “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.26). “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que ainda hão de vir” (João 16.13).
            Temos refletido sobre a promessa do Senhor de edificar a sua igreja. O Senhor Jesus afirmou a Pedro, “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Um aspecto dessa promessa é o desenvolvimento qualitativo da vida espiritual do povo de Deus. Para desenvolver adequadamente sua espiritualidade, o povo de Deus necessita aprender as verdades de sua Palavra. O Espírito Santo nos foi prometido a fim de suprir essa necessidade.
            A vinda do Espírito Santo (em seu ministério de Consolador da igreja) é o tema da promessa. O Senhor diz, “mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome” (João 14.26). Quando o Pai cumprisse essa promessa, no dia de Pentecoste, um dos primeiros propósitos seria o ministério de ensino do Espírito Santo. Como está escrito, “esse vos ensinará todas as coisas”. Essa obra de ensino do Espírito devia envolver o instruir-nos em todas as verdades da Palavra de Deus; pois a promessa diz, “ele vos guiará a toda a verdade” (João 16.13). Esse papel está em plena harmonia com um dos títulos atribuídos ao Espírito santo, a saber, “quando vier, porém, o Espírito da verdade” (João 16.13)
            A necessidade que temos do ministério de ensino do Espírito Santo é uma necessidade absoluta. Não somos capazes de aprender as verdades de Deus por meio de nossas próprias capacidades intelectuais. A razão é bastante simples, a Escritura nos diz: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55.8). Os pensamentos e os caminhos de Deus estão tão acima de nossos pensamentos e caminhos quanto os céus estão acima da terra. Jesus deu uma visão semelhante acerca do reino dos céus quando ele convidou as pessoas a entrarem nele mediante o segui-lo. Ele disse: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18.36). Consequentemente, precisamos do Espírito Santo como nosso professor acerca desse reino.
            O amor de Deus para conosco é sem medida. A morte de seu Filho prova isso além de qualquer dúvida. Como está escrito: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A todos que vêm a Cristo pela fé e, com isso, respondem positivamente a seu amor, ele oferece bênçãos que vão muito além do que a mente humana é capaz de entender. Como está escrito, “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9). Todavia, essas maravilhas podem ser conhecidas; simplesmente porque “Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.10). Esses tesouros espirituais estão nas escrituras, a Palavra de Deus, a fim de serem reveladas a nós pelo Espírito de Deus.
            Por isso, em oração ao Senhor Deus das grandes promessas, rendamos graças por ter ele enviado o seu Espírito Santo; reconheçamos nossa necessidade de que seu Espírito nos ensine sobre as maravilhosas realidades de seu reino; humildemente nos aproximemos de sua Palavra, suplicando que seu Espírito nos guie a todas as verdades que precisamos conhecer e praticar.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Mais sobre o Senhor promete edificar sua igreja

            Dediquemos um pouco mais de tempo refletindo sobre essa gloriosa promessa. Leiamos novamente as palavras do Senhor Jesus. Ele disse: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Observe especialmente as palavras “eu edificarei a minha igreja”.
            Essa promessa tem enormes implicações para cada seguidor de Jesus Cristo, pois ele disse, “Eu edificarei a minha igreja”. Cada uma dessas palavras, nessa breve declaração, revela uma verdade essencial da vida e do serviço cristãos.
            Primeiro, essa promessa revela quem edificará a igreja. A Escritura diz, “Eu (Jesus) edificarei a minha igreja”. Jesus é o construtor da igreja, não o homem. Ele deseja usar-nos no processo, mas ele é o construtor. O apóstolo Paulo entendeu esse arranjo. Ele disse: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele” (1 Coríntios 3.10). Pela graça de Deus, Paulo serviu ao Senhor. Enquanto ele estava proclamando a Cristo, o Senhor o estava usando para lançar o fundamento (Cristo) nas vidas que estavam sendo salvas e nas igrejas que estavam sendo iniciadas.
            Segundo, Jesus Cristo promete revelar a certeza de sua igreja sendo edificada. A Escritura afirma, “Eu edificarei (sem dúvida) edificarei a minha igreja”. Não há lugar para a dúvida. Jesus fará o que está prometendo. A única questão para nós é se estaremos ou não disponíveis para participar desse maravilhoso processo. O Senhor deseja tornar-nos úteis para sua obra, pois a Escritura diz, “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 2.21).
            Terceiro, essa promessa indica o modo pelo qual o senhor deseja trabalhar. A Escritura diz, “Eu edificarei (construirei) a minha igreja”. Como qualquer projeto de construção, existem aspectos quantitativos e qualitativos. O Senhor salva almas, adicionando-as a sua igreja em um crescente quantitativo. Como está escrito, “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (Atos 2.47). O Senhor também enriquece aqueles que ele salva, trazendo desenvolvimento qualitativo para sua igreja. Como dizem as Escrituras, “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4.33).
            Quarto, sua promessa esclarece a questão de propriedade. A Escritura afirma, “Eu edificarei a minha igreja”. A igreja não pertence ao Pastor, ao Conselho da igreja, ou ao Presbitério ou denominação ao qual está filiada. Ela pertence a Jesus, Ela é de Jesus. Ele pagou o preço de seu resgate; ele pagou o preço de nossa redenção, como está escrito, “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).
            Quinto, essa promessa especifica com precisão o que Jesus está edificando. A Escritura diz, “Eu edificarei a minha igreja (meu povo)”. A igreja não é uma construção, um prédio. Essa palavra “igreja”, fala literalmente de um povo chamado para fora”. Como está escrito, “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pedro 2.9-10).
            Por isso, coloquemo-nos em oração diante de nosso amado Senhor Jesus Cristo, louvando-o por ser o construtor da igreja; descansando na certeza de que sua obra será completada, tanto quantitativa quanto qualitativamente; compreendendo que a igreja, seu povo redimido, pertence exclusivamente a ele; e humildemente suplicando que nos capacite e nos use como instrumentos para cumprir essa grande promessa.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

O Senhor promete edificar sua igreja

            Certa ocasião Jesus perguntou aos seus discípulos sobre o que as pessoas diziam a seu respeito. Após a resposta, o Senhor perguntou aos discípulos “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15). O apóstolo Pedro, então, deu o mais tremendo testemunho sobre Jesus. Ele disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Depois de elogiar a Pedro por sua resposta, e de declarar que tal resposta era fruto da revelação do Deus Pai, Jesus fez a seguinte promessa: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). É certo que a pedra sobre a qual Jesus edificará sua igreja não é Pedro, mas o testemunho dado por Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
            A promessa de todas as promessas que Deus fez diz respeito à dádiva da vida eterna. É isso que lemos nas Escrituras, “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1 João 2.25). Todos que respondem a essa promessa em fé, tornam-se os destinatários da promessa feita por Jesus de edificar sua igreja.
            O Senhor fez essa promessa logo após a precisa confissão de Pedro de que Jesus era o Messias. Quanto Jesus confirmou essa confissão, ele fez Pedro saber que tal discernimento não veio dele mesmo, mas de Deus; como está escrito: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16.17). A seguir, Jesus contrastou o significado do nome de Pedro com o tipo de fundamento sobre o qual ele construiria a sua igreja. Ele disse: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). O nome Pedro significa “pedra”, aquilo que não pode ser facilmente removido ou segurado com as mãos. Jesus não edificaria sua igreja sobre meros homens, os quais, na melhor das hipóteses, são como pedras que podem ser removidas. Ao contrário, ele edificaria sua igreja sobre um fundamento semelhante a uma rocha que não pode ser removida. Ele a edificaria sobre a verdadeira rocha sólida contida na confissão de Pedro, a saber, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Sim, o próprio Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro fundamento da igreja; pois está escrito, “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3.11).
            Essa figura de Jesus Cristo como o fundamento de sua igreja é o cumprimento de uma das maiores promessas proféticas que o Senhor fez a muito tempo atrás. Observe atentamente: “Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge” (Isaías 28.16). Também, ela está em perfeita harmonia com a revelação de Deus no Antigo Testamento como uma Rocha, Por exemplo, “Vinde, cantemos ao Senhor, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação” (Salmo 95.1). Essa rocha sólida, ungida como Rei (Jesus, o Messias), seria plenamente eficaz em sua missão. Nem mesmo Satanás e os demônios, as potestades (“portas”) da morte e das trevas (“inferno”), seriam incapazes de impedir o cumprimento de sua promessa de edificar sua igreja; como está escrito, “e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
            Portanto, em oração, confessemos também que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo; o louvemos por ser a firme fundamento de sua igreja, coletivamente, e de nossa vida, individualmente; e supliquemos que nos use como instrumentos para cumprir sua promessa de edificar sua igreja.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mais sobre a promessa da vida eterna


Lemos, nas Escrituras, as seguintes promessas: “E esta é a promessa que ele nos fez, a vida eterna” (1 João 2.25). “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho” (1 João 5.11).
Na meditação anterior, nos referimos à promessa da vida eterna como “a promessa de todas as promessas” (em relação ao seu impacto sobre o homem). Por isso daremos atenção adicional a essa promessa. Vimos que a vida eterna (vida perpétua) tem um aspecto quantitativo (dura para sempre) e um aspecto qualitativo (cresce em plenitude). Além disso, a vida eterna é um presente da graça de Deus, o qual é recebido em fé humilde. Existem outras características da vida eterna que são muito edificantes, e devemos contemplá-las.
O dom da vida eterna deve ser possuído agora, ele não nos espera apenas na eternidade. A Escritura diz claramente: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3.36). “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5.24). “Em verdade, em verdade vos digo: quem que crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47). Aqueles que depositaram sua fé no Senhor Jesus já têm vida eterna aqui na terra. Além disso, essa realidade pode ser abraçada com segurança. Pois está escrito: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Essas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 João 5.11-13). A vida eterna é inata a Jesus Cristo. Ele mesmo disse a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25-26). E disse mais: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14. 6). Ele é a vida. Todos os que confiam em Jesus Cristo têm o Senhor habitando em suas vidas. Portanto, têm a garantia de ter a vida eterna.
Além de nos garantir segurança, esses versículos enfatizam o aspecto mais profundo da vida eterna. As realidades dessa vida estão todas relacionadas a Jesus. Observe que a Escritura afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida”... “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida”... “Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho” (João 11.25; 14.6; 1 João 5.11). Para se crescer nessa vida é preciso apenas buscar um relacionamento crescente com aquele que tem a vida. Pois está escrito: “E esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). E ainda: “Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3.18a).
Em face dessas verdades, coloquemo-nos diante de nosso amado Senhor em oração, rendamos graças e nos alegremos pelo fato de Jesus Cristo habitar em nossa vida; rendamos graças pela convicção de que a vida eterna é nossa possessão atual; expressemos o desejo crescer na plenitude dessa vida; supliquemos que ele disponha nosso coração para conhecê-lo melhor; e roguemos que ele se revele a nós cada vez mais por meio da sua santa Palavra.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Deus promete vida eterna

Leiamos atentamente o que o Senhor disse por meio do apóstolo João: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1 João 2.25).
            Temos examinado várias promessas estratégicas de Deus no Antigo Testamento. Temos considerado como uma crescente consciência da habilidade de Deus edifica nossa fé em suas promessas. Agora, comecemos a examinar algumas das promessas que Deus faz no Novo Testamento.
            A primeira promessa que consideraremos poderia ser, na verdade, chamada de “a promessa de todas as promessas”, no que diz respeito àquilo que impacta muito ao homem. Essa promessa é o clímax de todas as outras. Observe atentamente o que a Escritura afirma, “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna”. Como na vida humana, a vida eterna possui um aspecto quantitativo (relacionado à duração) e um aspecto qualitativo (relacionado à substância ou essência).
            O aspecto quantitativo da vida eterna diz respeito ao fato de que ela nunca termina. Consequentemente, ela é, às vezes, traduzida como eterna, perpétua, sem fim. Como ocorre em João 6.40, “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. Como seres humanos, que iniciam a vida natural limitada a um breve número de anos, o pensar em uma vida sem fim é impressionante. Todavia, embora o lado quantitativo da vida eterna seja tão maravilhoso, o lado qualitativo é ainda mais estupendo.
            Jesus falou do aspecto qualitativo da vida eterna, dizendo, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b). Essa é a vida na qual a plenitude da graça de Jesus é crescentemente manifestada. Como está escrito: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. ... Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (João 1.14 e 16). Essa é a vida na qual é confiado ao Espírito Santo a produção de características semelhantes às de Cristo de modo crescente. Pois a Escritura afirma: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23). Essa é a vida da qual não podemos ser nós mesmos a fonte de suficiência, mas Deus o é; como está escrito: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Coríntios 3.5).
            De maneira apropriada, essa vida eterna é oferecida ao homem como um dom, um presente, uma dádiva. Como afirma a Escritura: “Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23b); e “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28). Necessariamente, contudo, esse dom somente pode ser recebido mediante a fé, como está escrito: “para que todo o que crê tenha a vida eterna” (João 3.15).
            Assim, coloquemo-nos em oração diante de nosso gracioso Senhor, reconhecendo o maravilhoso presente que ele nos dá mediante a fé, a vida eterna; rendamos graças porque ela nunca terá fim; e rogando que ele a faça crescer abundantemente em nós e por nosso intermédio.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Uma vez mais sobre a habilidade de Deus e suas promessas

            Precisamos dedicar algum tempo mais refletindo sobre essa maravilhosa verdade. Preste atenção na seguinte afirmação das Escrituras: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3.20).
            Essas palavras iniciais de uma das mais conhecidas ações de graças em todo o Novo Testamento oferece uma oportunidade única de se considerar a habilidade de Deus e sua relação com suas promessas. O quanto Deus é capaz? Ele é “poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos”. Poderíamos, porventura, pedir por algo que vá além do que Deus já prometeu? Poderíamos pensar em coisas maiores do que as que Deus prometeu? Reflitamos sobre algumas das promessas de Deus que já temos considerado.
            Já vimos que Deus prometeu fazer uma grande nação e abençoar todas as famílias da terra a partir de um só homem, Abraão. O Senhor disse: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.2-3). Deus também prometeu libertar seu povo da escravidão e leva-lo para uma terra abundante. Isso é o que a Escritura afirma: “Far-vos-ei subir da aflição do Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel” (Êxodo 3.17). Ele igualmente prometeu lutar a favor de seu povo: “O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez convosco, diante de vossos olhos, no Egito” (Deuteronômio 1.30). Mais adiante, Deus prometeu um reino eterno para seu povo, por meio da linhagem de Davi. Ele disse: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7.16). Mais ainda, Deus prometeu que seu Messias se assentaria nesse trono eterno, dizendo, “Do tronco de Davi sairá um rebento, e de suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Isaías 11.1-2). Além disso, deus prometeu que o Messias seria um Rei único, como está escrito, “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito” (Isaías 42.3). E, finalmente, o Pai prometeu que o próprio Messias (Jesus) seria a nova aliança da graça, dizendo, “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Isaías 42.6). De modo semelhante, o Senhor prometeu que essa aliança da graça providenciaria o perdão dos pecados, como está escrito: “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jeremias 31.34); e providenciaria também uma obra interior de Deus em nós, mudando-nos de dentro para fora, como está escrito: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.33).
            Sem dúvida, não poderíamos pedir ou pensar em coisas que vão além dessas promessas. Todavia, nosso Deus é capaz de fazer infinitamente mais que essas coisas extraordinárias. Que confiança isto nos dá em relação às promessas de Deus, assim como em cada oração que fazemos com base nessas promessas.
            Por isso, em oração ao Deus Todo Poderoso, reconheçamos quão frequentemente subestimamos sua habilidade e, com isso, acabamos duvidando de suas promessas; rendamos graças e louvemos ao Senhor por ele ser capaz de fazer infinitamente mais de tudo quanto pedimos ou pensamos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Mais ainda sobre a habilidade de Deus e suas promessas

            Não podemos, ainda, deixar o tema da habilidade de Deus e suas promessas. É necessário refletirmos sobre a seguinte afirmação da Escritura: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque seu em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Timóteo 1.12).
            Uma apreciação crescente da habilidade de Deus produz em nós uma tendência crescente de confiar nas promessas de Deus. Nessa meditação, nos lembraremos de como o relacionamento com Deus está sempre no âmago da vida cristã.
            O contexto desse testemunho do apóstolo Paulo é o sofrimento que ele estava experimentando. O apóstolo afirma: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas”. A razão de seu sofrimento diz respeito a sua chamada para pregar o evangelho, conforme o versículo anterior: “para o qual fui designado pregador, apóstolo e mestre” (2 Timóteo 1.11). Quando o Senhor Jesus chamou Paulo para servi-lo nas boas novas da graça, seus sofrimentos futuros foram claramente apresentados. O Senhor disse a seu respeito a Ananias: “Pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (Atos 9.16). O sofrimento é inevitável enquanto se serve a Deus em um mundo ímpio. O próprio Jesus é nosso exemplo maior. A Escritura declara: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos o exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pedro 2.21).
            Embora Paulo estivesse sofrendo, ele não sentia vergonha por estar sofrendo pelo evangelho. Observe atentamente suas palavras: “todavia, não me envergonho”. Se nosso sofrimento é devido a razões piedosas, igualmente não precisamos sentir envergonha. Pois a Escritura diz: “Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso, antes, glorifique a Deus com esse nome” (1 Pedro 4.16). A confiança que Paulo exibiu para suportar os sofrimentos de modo apropriado vinha de seu crescente relacionamento com Jesus. Note o que ele diz: “porque sei em quem tenho crido”. Visto que Paulo cria no Senhor, ele se tornara cada vez mais familiarizado com Cristo. A maravilhosa consequência da crescente intimidade com Cristo é que nos tornamos cada vez mais convencidos de sua habilidade. Observe novamente as palavras do apóstolo: “porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso”. Esta convicção abrangia todos os assuntos que Paulo confiava aos cuidados de seu Mestre: “Ele é poderoso para guardar o meu depósito”. Não importava qual era o assunto, a situação ou o problema, ao depositar nas mãos do Senhor, Paulo sabia que estava em mãos poderosas, habilidosas e confiáveis, de modo que ele podia descansar confiantemente. Também abrangia cada dia de sua vida até o retorno do Senhor Jesus: “Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”. A habilidade do Senhor não se limita a um período de tempo, ou a uma circunstância específica, antes, ela permanecerá imutável até o Dia da volta do Senhor Jesus. Novamente Jesus nos deixou um exemplo similar, pois ele colocava suas situações diárias nas mãos de seu habilidoso Pai celestial. A Escritura afirma a esse respeito: “pois, ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pedro 2.23).
            Portanto, em oração diante de nosso Pai celestial, reconheçamos que tudo isto diz respeito ao nosso relacionamento com ele. Do mesmo modo como Jesus se relacionou com o Pai em sua vida diária, desejemos nos relacionar com Jesus. Assim, então, clamemos por sua ajuda a fim de conhece-lo cada vez mais, para que sejamos persuadidos de sua habilidade em cumprir suas promessas; reconheçamos que nossos sofrimentos produzem a necessidade de nos entregarmos às suas mãos bondosas, a partir de agora até seu retorno.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Ainda mais sobre a habilidade de Deus e suas promessas

            Precisamos dedicar um pouco mais de tempo ao tema da habilidade de Deus e suas promessas. Para isso, vejamos duas passagens da Escritura: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo e das tuas mãos, ó rei” (Daniel 3.17). “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24).
            O tema básico, nessa seção de nossas meditações sobre crescimento na graça de Deus, diz respeito às promessas de Deus. Viver com base nas promessas de Deus é apenas outro modo de considerar o viver pela graça de Deus. Novamente, os versículos sob consideração falam da habilidade de Deus. Quanto mais nosso entendimento cresce acerca do que Deus é capaz de fazer, de modo mais intenso confiaremos em suas promessas.
            Em nosso primeiro texto, Daniel 3, três jovens israelitas (Sadraque, Mesaque e Abede-Nego) dão um tremendo testemunho da habilidade de Deus. O rei Nabucodonosor tinha ordenado que todo o povo se comprometesse em idolatria, sob a ameaça de duras consequências. Lemos em Daniel 3.4-6, “Nisto, o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. Qualquer que não se prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.” Sadraque, Nesaque e abede-Nego não obedeceram à ordem do rei; ao ouvirem o som da trombeta não se prostraram nem adoraram a imagem de ouro. Não se comprometeram com a idolatria. Sendo presos e levados para a boca da fornalha de fogo ardente, foram questionados pelo rei, foi-lhes dada uma segunda oportunidade de cumprir a ordem real e foram lembrados das duras consequências da desobediência. Os três jovens responderam corajosamente, baseados na habilidade de Deus: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei.” Eles não se prostraram, não aproveitaram a segunda chance e não tiveram medo das consequências. Por isso, eles foram lançados na fornalha de fogo ardente, agora aquecida sete vezes mais. Todavia, o Senhor demonstrou sua habilidade em seu favor, pois, quando o rei olhou para dentro da fornalha, ele exclamou: “Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um dos filhos dos deuses” (Daniel 3.25). Sim, Deus provou ser capaz de livrá-los.
            Centenas de anos mais tarde, Judas (possivelmente irmão de Jesus) falou sobre a habilidade de Deus em duas outras áreas importantes. Ele disse: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24). Esse aspecto da habilidade de Deus oferece a segurança de que Deus pode guardar seu povo de tropeços e de tombos enquanto se encontram na terra, e pode apresentar seu povo sem defeito e sem falhas (perfeito) quando ele alcançar o céu. Todos nós conhecemos nossa capacidade para fracassar ou tropeçar espiritualmente, caindo em transgressão ou cedendo à tentação. Também lutamos com as acusações do inimigo de nossas almas, o diabo, que procura roubar de nós a expectativa de finalmente estarmos diante de nosso Senhor completamente perdoados, limpos e transformados. Nosso Deus é capaz de trabalhar de modo eficaz nessas duas áreas em todos aqueles que humildemente confiam nele.
            Por isso, em oração, reconheçamos o quão capaz o Senhor é: capaz de livrar-nos das situações ameaçadoras da vida; capaz de guardar-nos de tropeçar no pecado; capaz de apresentar-nos a si mesmo sem defeito, algum dia, no céu. Com gratidão, tendo sua habilidade em mente, sintamo-nos encorajados a depender humildemente de suas muitas promessas.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Mais sobre a habilidade de Deus e suas promessas

            Devemos voltar ao tema da meditação anterior, a fim de refletir um pouco mais sobre ele. Vejamos dois textos preciosos ligados a duas histórias. “Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” (Mateus 19.26). “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).
            A habilidade de Deus possui um relacionamento importante com suas promessas. Quanto maior consideramos sua habilidade, mais seguros estaremos de suas promessas. A habilidade do homem é uma das razões básicas pelas quais geralmente duvidamos de suas promessas. Ou deveríamos dizer, sua inabilidade é a razão de duvidarmos de suas promessas. Essa é uma das diferenças significativas entre as promessas de Deus e as do homem. A habilidade do homem se depara frequentemente com as impossibilidades humanas. O Senhor não é limitado pelo “fator impossibilidade”. Essa verdade encontra-se refletida nas duas histórias de “aparentes impossibilidades” que estão por trás dos versículos acima.
            No primeiro, um jovem rico veio a Jesus em busca de salvação. Ele disse: “Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?” (Mateus 19.16) Jesus, em resposta, citou a Lei a fim de estimular a convicção de necessidade. O jovem rico pensava erroneamente que a cumpria corretamente. Ele disse: “Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?” (Mateus 19.20) Jesus identificou com precisão o pecado básico do homem, ao colocar o dinheiro à frente do Senhor Deus. Jesus disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me” (Mateus 19.21). Entretanto, o jovem rico não pode colocar Jesus acima de suas riquezas; pois a Escritura registra, “Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” (Mateus 19.22). Jesus, então, acrescentou detalhes à difícil situação do jovem, dizendo: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mateus 19.24). Os discípulos (que erroneamente supunham que os homens ricos eram os mais prováveis de serem salvos) se maravilharam e questionaram: “sendo assim, quem pode ser salvo?” (Mateus 19.25) Jesus corrigiu seu pensamento falho, dizendo: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” (Mateus 19.26). Mais tarde, Jesus demonstrou que Deus pode salvar até mesmo um homem rico (Zaqueu, Lucas 19.1-10).
            A segunda história diz respeito aos “nascimentos impossíveis” de Jesus e João batista. Quando o anjo proclamou a Maria que ela teria um filho entes de conhecer um homem mediante casamento, ou sendo virgem, ela ficou assustada inicialmente devido à total impossibilidade de isso acontecer. Maria disse: “Como será isso, pois não tenho relação com homem algum?” (Lucas 1.34) O anjo respondeu, dizendo: “Descerá sobre ti o espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35). Então, o anjo anunciou que Isabel (parente mais velha de Maria e estéril) estava grávida. Finalmente, o anjo resumiu a concepção divina de Jesus e o milagre da gravidez de Isabel com a seguinte explicação: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).
            Por isso, colocando-nos em oração, reconheçamos que nosso Senhor é capaz de fazer muito mais do que fazer camelos passarem por fundos de agulhas; reconheçamos que ele é capaz de perdoar pecadores e leva-los para o céu; reconheçamos que sua habilidade de fazer o impossível nos assegura da certeza de suas promessas; confiemos em sua palavra e sejamos gratos.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A habilidade de Deus e suas promessas

            “Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jeremias 32.17). “Eis que eu sou o Senhor, o Deus de todos os viventes; acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Jeremias 32.27)
            Nos últimos dias, temos meditado sobre muitas das promessas estratégicas de Deus. Quando se pensa em promessas, a habilidade daquele que faz as promessas é uma preocupação vital. Se examinarmos a habilidade de Deus e suas promessas com um coração aberto, o crescimento na fé será o resultado natural. Aqui. A habilidade de Deus é explicada por meio de seu papel na criação e por meio de seu governo sobre a humanidade.
            Quão capaz é Deus de cumprir suas promessas? Bem, Jeremias viu as implicações decorrentes de Deus ser o criador do universo. Ele disse: “Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jeremias 32.17). Seja o que for que Deus prometa fazer tem por traz sua habilidade ou capacidade de criar tudo que existe. A Escritura afirma: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1.1). Ele foi capaz de fazer isto meramente por meio de sua palavra falada. Observe o registro bíblico: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gênesis 1.3); “Disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. [...] E assim se fez” (Gênesis 1.6-7). O salmista entendeu qual deve ser a resposta apropriada a um deus tão grande, ele escreveu: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra as grandes vagas. Tema ao Senhor toda a terra, temam-no todos os habitantes do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33.6-9). Quando nosso Deus, o criador dos céus e da terra, faz suas promessas, devemos nos curvar diante dele e dizer com Jeremias: “Coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jeremias 32.17).
            O Senhor, mais tarde, adicionou algo à perspectiva de Jeremias, que intensifica nossa apreciação de sua habilidade. “Eis que eu sou o Senhor, Deus de todos os viventes; acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (Jeremias 32.27) O Senhor não apenas o Criador dos céus e da terra, ele é também o Governador de toda a criação. De modo particular, o profeta apresenta o governo soberano de Deus sobre a humanidade. Cada ser humano e todos os seres humanos, cada nação e todas as nações, estão debaixo de seu governo justo, soberano, amoroso e misericordioso. O salmista também compreendeu essa verdade, e declarou: “O Senhor frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Salmo 33.10-11). Quando nosso Deus, o governador de todas as nações, direciona suas promessas a nós, devemos responder, retoricamente, “Há alguma coisa difícil para ele?” ou “Existe alguma coisa demasiadamente maravilhosa para ele?” Aquele que fez os céus e a terra simplesmente por meio de sua palavra, aquele cujos propósitos são eternos,
            Portanto, em oração ao Deus Todo-poderoso, reconheçamos que ele é o Criador de todo o universo; reconheçamos que ele é o Governador de toda a humanidade; reconheçamos que, por ser Criador e Governador, ele é capaz de cumprir tudo quanto tem prometido; reconheçamos que nada é demasiadamente difícil ou maravilhoso para ele.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Deus promete os gentios ao seu Messias

            “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Isaías 42.6). “Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Isaías 49.6).
            Como temos visto, Deus, o Pai, prometeu dar Jesus, o Messias, a seu povo como a nova aliança da graça. Observe o que ele prometeu: “Eu, o Senhor, [...] te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo”. Assim, todos os recursos da graça de Deus estão disponíveis apenas por meio do relacionamento com Cristo. Novamente, sem a mediação de Cristo os recursos da graça estão indisponíveis ao homem. Além disso, o Pai prometeu que sua aliança da graça, por meio de seu Filho, se estenderia a todas as nações gentílicas. Pois está escrito: “para seres a minha salvação até à extremidade da terra”.
            Fica claro que a missão do Messias seria inicialmente à casa de Israel, ao povo judeu. Observe o que a Escritura diz: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que cumprirei a boa palavra que proferi à casa de Israel e à casa de Judá. Naqueles dias e naquele tempo, farei brotar a Davi um Renovo de justiça; ele executará o juízo e a justiça na terra” (Jeremias 33.14-15). A instrução inicial de Jesus a seus discípulos esteve em harmonia com essa verdade. O Senhor lhes disse: “A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidades de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas de Israel” (Mateus 10.5-6).
            Todavia, as promessas de Deus eram muito mais amplas que apenas alcançar seu povo escolhido, Israel. Preste atenção no que as Escrituras afirmam: “Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Isaías 49.6). Deus deseja que sua luz brilhe nas nações, pois ele diz: “também te dei como luz para os gentios”. O Pai deseja que sua graça salvadora se estenda por todo o mundo; pois ele declara: “para seres a minha salvação até à extremidade da terra”.
            No tempo oportuno, Jesus também instruiu seus discípulos acerca das dimensões mundiais de sua missão. Ele disse: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.18-19). “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). “Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém” (Lucas 24.46-47). “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.7-8).
            Por isso, em oração diante do Senhor Deus, reconheçamos quão extensas são suas promessas; rendamos graças por elas terem nos alcançado; e supliquemos para que nosso pensamento seja ampliado por suas promessas, e transforme nossa visão e nossas orações, a fim de incluir todo o mundo.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O Pai promete seu Messias como uma aliança

            “Eu, o Senhor, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios” (Isaías 42.6).
            Uma vez mais, múltiplas promessas revelam o plano de Deus e a segurança de seus propósitos. Essas promessas são, na verdade, feitas pelo Deus Pai a seu Messias, o Rei ungido, que é o Deus Filho. As promessas mostram que o Messias será a nova aliança da graça em favor de seu povo.
            Nas palavras iniciais, o Pai é descrito como chamando o seu Messias (mais tarde, o Messias é chamado de “Meu Servo”, Isaías 49.6). Observe o que a Escritura diz: “Eu, o Senhor, te chamei em justiça”. De igual modo, o Pai é descrito como tendo plena participação na missão do Messias. Note as palavras da Escritura: “Eu, o Senhor, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei” Essas promessas são essenciais, visto que o Messias viria como um servo humilde e dependente (“meu servo”). Como a Escritura afirma em outro lugar: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.7-8).
            Então, o Pai oferece essa grande promessa acerca do papel principal de Cristo em vir à terra: “e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios”. Jesus Cristo seria dado ao povo de Deus como sua nova aliança com ele. A nova aliança da graça substituiu a antiga aliança da lei. Todavia, não é apenas uma questão de novos termos sendo prescritos. Antes, uma pessoa é dada, e essa pessoa será a parte essencial da aliança. Como diz a Escritura: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14).
            Essa nova aliança da graça, que Deus fez em favor do seu povo encontra-se, toda ela, relacionada a uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo. Ele é a personificação de tudo que a nova aliança promete. Na nova aliança, o Senhor promete justiça. Essa justiça é encontrada em uma pessoa. Como está escrito: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” (Jeremias 23.5-6). Paz é prometida nessa aliança da graça. Essa paz também é encontrada em uma pessoa. Como diz a Escritura: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede de separação que estava no meio, a inimizade” (Efésios 2.13-14). Sim, tudo quanto o Senhor promete, pela graça é recebido inicial e continuamente mediante um humilde e obediente relacionamento com o Senhor Jesus Cristo.
            Por isso, em oração, diante de nosso amado Pai celestial, o louvemos por sua graça; nos regozijemos pelas provisões da graça, visto que elas não dizem respeito a desempenho ou conduta, mas dizem respeito ao desenvolvimento de um relacionamento com seu Filho, Jesus Cristo.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Deus promete um Rei único

            “Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina” (Isaías 42.2-4).
            Novamente, as promessas de Deus assemelham-se a uma cascata, uma vem após a outra. Observe o que a Escritura diz: “Não esmagará [...] nem apagará [...] promulgará [...] não desanimará [...] nem se quebrará”. Esse conjunto de promessas confirma um Rei único ou exclusivo para o povo de Deus. Sua exclusividade é vista em como ele lidará com a cana quebrada e com a cana torcida que fumega, assim como na justiça que ele estabelecerá na terra.
            As pessoas são, muitas vezes, como canas quebradas. Deus criou a humanidade para ser vulnerável por natureza, como a cana ou o junco que cresce junto ao rio. A Escritura diz acerca do ser humano, “Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar” (Salmo 103.15-16). Na melhor das hipóteses, as canas não são fortes. Quando elas são machucadas, elas se inclinam fracas e indefesas. É fácil para uma pessoa insensível quebrar uma “cana humana machucada” ao meio, virtualmente destruindo esta vida. Jesus, o Rei único, não faz isto. A Escritura afirma que ele “não esmagará a cana quebrada”. O Senhor Jesus pode tomar canas quebradas e transformá-las em árvores fortes espiritualmente. Pois a Escritura diz acerca dele: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, vestes de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória” (Isaías 61.1-3).
            Outras vezes, as pessoas são como o linho torcido que fumega. Seu fogo de esperança ou de zelo espiritual é hesitante, prestes a apagar. Uma pessoa dura ou arrogante facilmente pode extinguir fraca centelha que permanece. Mais uma vez, Jesus é único. Ele pode ministrar gentilmente àquele pavio hesitante, tornando-o em labareda espiritual. Os discípulos desiludidos a caminho de Emaús experimentaram isso. A Escritura informa que eles disseram um ao outro, “Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24.32)
            Finalmente, sua exclusividade será demonstrada quando ele estabelecer seu reino na terra. Então, depois de os homens terem praticado injustiça após injustiça, a verdadeira justiça será estabelecida por todo o mundo; conforme a promessa, “não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito” (Isaías 42.4).
            Portanto, colocando-nos em oração diante do Senhor Jesus, o honremos como nosso Rei único; reconheçamos que ninguém, exceto ele, pode lidar com nosso coração quando somos como a cana quebrada ou como o linho torcido que fumega; reconhecendo que ninguém, exceto ele, pode mudar de modo apropriado as injustiças que temos praticado e sofrido; e, inclinando-nos diante dele, roguemos que nos torne mais semelhante e ele.

sábado, 11 de maio de 2019

Deus promete um rei ungido

            “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Isaías 11.1-2).
            Já temos visto nosso Deus de promessas garantindo chamar seu povo para si, libertar seu povo da escravidão, lutar em favor de seu povo e dar-lhe um reino eterno. Agora, Deus promete um rei ungido para seu povo.
            Esse rei ungido foi prometido por meio da família de Davi. Observe o que a Escritura diz: “ Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo”. Jessé foi um dos filhos de Obede e pai de Davi. Conforme as Escrituras, “Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi” (Rute 4.22). Esse rei recebe aqui, novamente, um título messiânico, “Renovo”, quando a Escritura afirma: “das suas raízes, um renovo”. Outros profetas fizeram semelhantes promessas proféticas acerca dessa justiça real; por exemplo: Jeremias diz, “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jeremias 23.5); Zacarias escreveu, “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo” (Zacarias 3.8); e “E dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zacarias 6.12).
            Esse rei (“o Renovo”) serviria mediante a capacitação do Espírito Santo, pois a Escritura afirma, “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. O Espírito de Deus não apenas viria sobre ele de vez em quando (como ocorreu com o rei Saul); como registra a Escritura, “Chegando eles a Gibeá, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; o Espírito de Deus se apossou de Saul, e ele profetizou no meio deles” (1 Samuel 10.10). O Espírito estaria continuamente sobre ele a fim de capacitá-lo para o ministério. Atente para as palavras usadas pela Escritura, “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor”. Sem dúvida, esse rei, o Renovo, seria Jesus Cristo. Jesus aplicou uma passagem messiânica similar a si mesmo. Certo dia, numa sinagoga, Jesus fez a leitura do livro do profeta Isaías, onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18-19). Logo depois, fechando o livro e tendo todos os presentes olhando para ele, Jesus afirmou: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lucas 4.21). Sim, Jesus Cristo é o Messias, o rei ungido. De fato, Cristo é o termo grego para “o ungido”, enquanto que, Messias é o termo hebraico para a mesma expressão.
            O ministério do Messias seria caracterizado por sabedoria piedosa, entendimento celestial, conselho perfeito, poder divino, conhecimento completo e santa reverência ao Pai. Todas essas coisas seriam produzidas pela obra do Espírito Santo nele, pois a Escritura afirma: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.
            Portanto, em oração, reconheçamos que Jesus é nosso Rei ungido; reconheçamos que tudo quanto ele demonstrou em seus dias sobre a terra são as próprias necessidades que temos em nossa vida diária; supliquemos que, conforme suas promessas, mediante a obra do seu Espírito, ele supra essas realidades em nosso caminhar.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Deus promete um reino eterno

            “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre. [...] Agora, pois, ó Senhor Deus, tu mesmo és Deus, e as tuas palavras são verdade, e tens prometido a teu servo este bem” (2 Samuel 7.16 e 28).
            Essas palavras iniciais (v. 16) são promessas do Senhor a Davi. Elas tornam certas um reino eterno para a linhagem de Davi. Essas palavras finais (v. 28) são a resposta de Davi às promessas de Deus.
            Os reinos dos homens vêm e vão. O Reino que Deus estabelece para seu povo é eterno. Este reino se torna disponível ao homem mediante as promessas de Deus. O Senhor ordenou que o rei Davi teria um papel chave nesse plano. Observe o que a Escritura diz: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7.16). Seria por meio de Davi que o Messias prometido viria. Esse Rei divino se assentaria no trono de Davi em um governo que não teria fim. Como está escrito: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Isaías 9.6-7).
            Quando o anjo anunciou a Maria a concepção do Messias, essas promessas foram reiteradas. Observe o que a Escritura afirma: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lucas 1.31-33). Essas promessas serão eternamente cumpridas algum dia. Pois está escrito, “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor, e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 11.15).
            Por fim, este é o reino que Jesus ofereceu quando andou sobre essa terra. Preste atenção em suas palavras: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 4.17). A todos que responderem em fé, como Davi (“e as tuas palavras são verdade”), será dado um lugar nesse reino eterno.
            Portanto, coloquemo-nos em oração diante do Deus eterno, expressando que cremos que suas palavras são verdade; reafirmando que nos arrependemos de nossos pecados e que nos voltamos para Jesus como nosso único Salvador e Rei; louvando seu santo nome por dar-nos um lugar no reino eterno do Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Promessa de Deus de lutar em favor do seu povo

“O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez convosco, diante de vossos olhos, no Egito, como no deserto, onde vistes que o Senhor, vosso Deus, nele vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes, até chegardes a este lugar” (Deuteronômio 1.30-31). “Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1.5).
            A promessa de Deus tinha garantido que Israel seria liberto da escravidão no Egito. Aqui, Deus promete lutar em favor de seu povo, assegurando-lhe a vitória nas batalhas quando ele entrar na terra prometida.
            Haveriam muitas batalhas quando o povo de Deus entrasse na terra. Nações ímpias se oporiam de modo persistente. Moisés, como porta-voz de Deus, expressa o compromisso do Senhor de lutar em favor de Israel. Ele dia: “O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós” (Deuteronômio 1.30). O Senhor tinha feito coisas poderosas em favor de Israel ao conduzi-lo para fora do Egito. Agora, Moisés lhe assegura que Deus agirá novamente em favor deles “segundo tudo o que fez convosco, diante dos vossos olhos, no Egito” (Deuteronômio 1.30).
            Mais tarde, o próprio Senhor confirma a Josué verdade similar. Ele diz: “Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1.5). Muitos tentariam vir contra o povo de Deus sob a liderança de Josué. Todavia, Deus garantiu a mesma fidelidade a Josué que Moisés tinha desfrutado. O Senhor diz: “Como fui com Moisés, assim serei contigo”. Então, o Senhor adiciona as palavras finais da confirmação: “Não te deixarei, nem te desampararei”. Quando enfrentar a certeza das batalhas, nada há maior que ter o compromisso de Deus de sempre estar presente para lutar contra o inimigo. O relato da batalha em uma região da terra prometida dá testemunho das fieis promessas de Deus. Está escrito, “E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o Senhor, Deus de Israel, pelejava por Israel” (Josué 10.42)
            Nós também estamos engajados em uma luta, uma luta espiritual. A Escritura afirma: “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus” (2 Timóteo 2.3). Como soldados de Cristo, em uma luta espiritual, devemos usar armas espirituais, pois está escrito, “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão” (2 Coríntios 10.3-6). As promessas de Deus são parte de nosso arsenal espiritual. O apóstolo Paulo permaneceu vitorioso na batalha por meio das promessas de Deus. Observe esse exemplo: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus” (Atos 18.9-11).
            Assim, coloquemo-nos diante de Deus, em oração, reconhecendo as batalhas espirituais que ocorrem frequentemente em nossa vida; agradecendo por suas promessas de lutar em nosso favor; e descansando da sua presença em nossa vida agora, em meio a este campo de batalha chamado terra.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Promessa de Deus de libertar Israel

            “Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito. [...] Deus lhe respondeu: Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te enviei: depois de haveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte. [...] Portanto, disse eu: Far-vos-ei subir da aflição do Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel. [...] Portanto, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele; depois, vos deixará ir” (Êxodo 3.10, 12, 17 e 20).
            Novamente, vemos nosso Deus de promessas derramando seus planos seguros como um rio em cascata. Elas abarcam a promessa de Deus de libertar Israel. Essas promessas são construídas sobre o compromisso fundamental de Deus com Abraão de chamar um povo para sua própria glória e propósitos. A promessa central revela o coração resgatador de Deus, que deseja libertar o povo da escravidão e conduzi-lo para a bênção. Observe as palavras da Escritura: “Far-vos-ei subir da aflição do Egito para a terra [...] que mana leite e mel” (Êxodo 3.17).
            Nosso Deus é um Deus de compaixão. Quando Israel estava em cruel escravidão no Egito, o coração de Deus ficou comovido de interesse. Observe, “Disse ainda o Senhor: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhes o sofrimento” (Êxodo 3.7). O profeta Isaías coloca isso desta forma: “Em toda a angústia deles, foi ele angustiado; e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade” (Isaías 63.9). Assim, o Senhor comprometeu-se em libertá-los, dizendo, “Portanto, estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele; depois, vos deixará ir” (Êxodo 3.20).
            Quando o Senhor Jesus andou nesta terra, ele demonstrou a mesma compaixão. A Escritura afirma: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9.36). Esse mesmo amor compassivo orientou todo o caminho de Jesus até a cruz, para libertar-nos da escravidão do pecado.
            A obra libertadora de Deus em favor de Israel não foi apenas libertar da escravidão; ela libertou para uma bênção substancial, a saber, “para uma terra que mana leite e mel” (Êxodo 3.17. Israel não foi apenas resgatado de grande sofrimento, Israel foi levado a uma alegre abundância. Quando Josué e Calebe viram a terra, eles a descreveram como, “A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa” (Números 14.7). Esse mesmo padrão (da escravidão para a bênção) é o modo pelo qual Jesus trabalha a nosso favor. Ele nos liberta da morte espiritual para o gozo da plenitude de vida. Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10b).
            Por isso, colocando-nos de joelhos diante de nosso amado Senhor, nosso libertador, o louvemos por nos regatar da escravidão do pecado; regozijemo-nos por ter ele nos levado para a riqueza da comunhão com ele; admiremos o gracioso plano que ele providenciou, tornando tudo disponível a nós por meio de suas fieis promessas.