“Pois está
escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas
o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. [...]
Vós, porém, sois filhos da promessa, como Isaque” (Gálatas 4.22-23, 28).
Nosso
Deus é um Deus de promessas. De modo característico, ele atua mediante o fazer
e cumprir promessas. Somos seus filhos. Somos filhos da promessa. Nascemos
espiritualmente na família de Deus por meio da fé em suas promessas. Os dois
filhos de Abraão (Ismael e Isaque) fornecem um contraste vívido que atesta
nossa filiação pela promessa.
Deus
prometeu fazer de Abraão uma nação poderosa, mediante a qual viria a semente
messiânica que abençoaria todas as nações. A Escritura registra: “Ora, disse o
Senhor a Abrão: Sai d atua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai
para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e
te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” (Gênesis 12.1-2). Todavia, os anos
passavam e Abraão ainda não tinha um filho. Finalmente, ele sugeriu a Deus que
seu servo fosse o início dessa semente prometida. Observe o registro da
Escritura, “Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo
(Eliézer) nascido na minha casa será o meu herdeiro” (Gênesis 15.3). No
entanto, o Senhor esclareceu sua promessa de dar a Abraão um filho verdadeiro,
gerado de seu próprio corpo. Como está escrito: “A isto respondeu logo o
Senhor, dizendo: Não será esse o herdeiro; mas aquele que será gerado de ti
será o teu herdeiro” (Gênesis 15.4). Com o passar do tempo, o casal idoso
decidiu que teriam de apresentar outra alternativa para Deus. A Escritura
registra isto, dizendo: “Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos;
tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar, disse Sarai a Abrão: Eis que o
Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim
me edificarei com filhos por meio dela. [...] Ele a possuiu, e ela concebeu.
Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada” (Gênesis
16.1-2, 4). Desse modo, Ismael nasceu como resultado da ingenuidade de Abraão e
de Sara; como está escrito: “Mas o da escrava nasceu segundo a carne” (Gálatas
4.22).
Depois disso, o
Senhor reiterou sua promessa de um filho, dizendo: “A minha aliança, porém,
estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo,
daqui a um ano” (Gênesis 17.21). Como Deus prometeu, assim ele fez; pois está
escrito: “Visitou o Senhor a Sara, como lhe dissera, e o Senhor cumpriu o que
lhe havia prometido” (Gênesis 21.1). Assim, Isaque foi gerado como resultado
das promessas de Deus. Esse é um retrato do único caminho possível que podemos
seguir para nos tornarmos filhos de Deus, mediante seu cumprimento de suas
promessas. Note atentamente o que a Escritura declara: “Vós, porém, irmãos,
sois filhos da promessa, como Isaque” (Gálatas 4.28).
Por isso, em oração ao
Deus de promessas, o louvemos pela promessa de salvação a todos os que creem;
nos alegremos em sermos filhos da promessa; reconheçamos que nenhum esforço ou
ingenuidade de nossa carne jamais poderia nos colocar na família de Deus; e
supliquemos que ele nos ensine a viver com base em suas promessas.
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