“Essa
é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que
seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no
regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai
de todos nós, como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.),
perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência
as coisas que não existem” (Romanos 4.16-17).
Podemos desfrutar de grande certeza acerca do
cumprimento das promessas de Deus porque a graça e a fé são o fundamente de
nossa segurança. Observe o que a Escritura afirma: “Essa é a razão por que
provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa
para toda a descendência”. A graça é o recurso celestial por trás de todas as
promessas de Deus. A fé é o meio básico e elementar de acessar essa graça.
Essas realidades tornam as promessas de Deus certas para todo aquele que crê,
quer judeu (“não somente ao que está no regime da lei”), quer gentio (“mas
também ao que é da fé que teve Abraão”). Este é o modo pelo qual Abraão está
relacionado com as promessas de Deus. Por meio dessas realidades, Abraão se
tornou o líder espiritual de todos que seguiriam seu exemplo; como declara a
Escritura: “(porque Abraão é pai de todos nós, como está escrito: Por pai de
muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu”.
São
dadas duas atribuições do Deus verdadeiro e vivo, em quem Abraão creu, que
também fortalecem nossa segurança em suas promessas. A primeira, ele é um Deus
“que vivifica os mortos”. Pense no impacto que esse atributo tem sobre nossa
confiança nas promessas de Deus. Muitas vezes, as promessas de Deus devem
superar ou vencer a morte (ou circunstâncias mortais) a fim de serem cumpridas.
A promessa de que Lázaro viveria novamente, embora seu corpo morto estava em
uma sepultura, por exemplo, quando o Senhor Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em
mim não morrerá, eternamente” (João 11.25). Muitas vezes, a apatia de nossas
circunstâncias pretende desafiar a certeza das promessas de Deus. Todavia, o
Deus que nos fez uma multidão de promessas é o Deus “que vivifica os mortos”.
Segunda,
nosso Deus de promessas é aquele que “chama à existência as coisas que não
existem”. Não somos, ainda, pessoalmente justos (no sentido mais estrito do
termo). Todavia, Deus nos chama de justos (justificados, declarados justos em
Cristo Jesus). Como diz a Escritura: “Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). Observe o tempo
verbal dessa afirmação da Escritura: “E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a
esses também glorificou” (Romanos 8.30). Ainda não estamos glorificados
(experimentalmente). Todavia, Deus fala de nossa glorificação como já
realizada. Que gozo é saber que nosso Deus de promessas realmente fará o que
ele prometeu profeticamente.
Portanto, em oração
diante de nosso Senhor, afirmemos que nosso coração se encontra consolado, e
nossa fé fortalecida em face da inegável certeza de suas promessas;
reconheçamos que a morte ou a apatia não podem impedi-lo que manter suas
promessas, que a falta de existência não pode evitar que ele crie o que diz ser
real; rendamos graças pela abençoada segurança que está disponível a nós por
meio de suas promessas – pela graça, mediante a fé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário