sábado, 9 de maio de 2020

Uma vez mais sobre as promessas de Deus e a lei de Deus

            “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós, como está escrito: ‘Por pai d muitas nações te constituí.’), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Romanos 4.16-17).
            O Senhor deseja que tenhamos grande certeza acerca de suas promessas. Nosso Deus não quer que sejamos atormentados por apreensões concernentes ao cumprimento de suas promessas. Em tudo quanto Deus tem prometido, ele tem o propósito de fazer-nos permanecer firmes na segurança fundamental: “a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência”. Essa certeza está baseada em dois conjuntos entrelaçados de relacionamentos espirituais: o primeiro, entre suas promessas e sua graça; o segundo, entre sua graça e a fé nele.
            O primeiro relacionamento espiritual mencionado aqui (o qual torna a promessa segura) é entre suas promessas e sua graça. Viver mediante as promessas de Deus nos permite andar na graça toda suficiente de Deus. A dinâmica celestial por trás das promessas de Deus é a graça de Deus. Se as promessas de Deus devem ser seguras em nossas vidas, devemos nos relacionar com eles “segundo a graça”. Se levarmos em conta qualquer outra esperança além da graça para tornar as promessas de Deus seguras, nunca gozaremos de plena segurança de cumprimento das promessas. Se as promessas de Deus dependem de nossas realizações, nunca andaremos em plena certeza. Se suas promessas dependem da fidelidade ou da capacidade de outros, a plena segurança estará sempre se esquivando de nós. O cumprimento das promessas de Deus depende inteiramente de sua graça.
            Agora, como devemos tratar as promessas de Deus de modo a não desconsiderar a graça que está por trás delas? A única resposta aceitável é fé; como está escrito: “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça”. Qualquer outra resposta cria discórdia com a graça. Esse foi o grande equívoco que Abraão e Sara cometeram no início de sua jornada com o Senhor. Quando eles confiaram em sua própria esperteza (usando a escrava Hagar para tentar suprir o filho que Deus tinha prometido), eles agiram fora do campo da dependência de Deus. Basicamente, eles confiaram em si mesmos.
            Por trás de todas as promessas do evangelho está o Salvador prometido, que morreria na cruz por nossos pecados. Se tentarmos basear qualquer obra salvadora de Deus em nossas realizações, estaremos desprezando a graça de Deus. Agir assim é concluir que sua morte por nós foi desnecessária ou inadequada. Observe o que a Escritura afirma: “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2.21).
            Por isso, em oração ao nosso Deus e Pai celestial, reconheçamos quão maravilhoso é o plano que ele tem para seus filhos; reconheçamos como ele expõe seus propósitos por meio de grandes promessas; reconheçamos como ele coloca sua magnífica graça por trás de cada promessa; reconheçamos também que ele pede que coloquemos nossa fé nele, a fim de graciosamente cumprir tudo quanto tem se comprometido fazer; e rendamos graças pela segurança que isto nos dá acerca de suas promessas.

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