“Vinde
a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o
meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).
Nossa meditação anterior, sobre a promessa de Jesus
de descanso espiritual, fornece uma excelente oportunidade para refletirmos
novamente acerca do aspecto relacional do viver pela graça de Deus. Não somos cheios
da graça de Deus por meio de alguns procedimentos religiosos. Sua graça flui
para nossas vidas à medida em que andamos em um relacionamento crescente com
ele. Isto é essencial ao entendimento, visto que é essa graça que devemos
experimentar; pois a Escritura diz: “conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Coríntios 8.9).
Ao
virmos ao Senhor, ao nos relacionarmos com o Senhor, é que encontramos sua
graça operando em nossas vidas. Observe os verbos usados em Mateus 11.28-29,
“Vinde a mim, [...] Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim.” Quando vamos
a Jesus em humilde dependência, encontramos sua graça que perdoa nossos pecados
e retira a nossa culpa. Quando tomamos seu jugo, isto é, quando nos submetemos
a ele e andamos em intimidade com ele a cada dia, encontramos sua graça que nos
resgata de nossos esforços religiosos carnais.
Esse
padrão de vir ao Senhor é predominante nas Escrituras. Isaías escreveu sobre
ele no que diz respeito à salvação. Ele disse: “Olhai para mim e sede salvos,
vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. [...] De
mim se dirá: Tão-somente no Senhor há justiça e força; até ele virão e serão
envergonhados todos os que se irritarem contra ele” (Isaías 45.22 e 24). Isaías
declarou que que o refrigério e a vida espiritual de Deus estariam disponíveis
mediante o simples vir ao Senhor. “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às
águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde comprai e comei; sim, vinde e
comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastai o dinheiro
naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me
atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai
os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei
uma aliança perpétua, que consiste nas fieis misericórdias prometidas a Davi”
(Isaías 55.1-3). Sem dúvida alguma o Senhor Jesus reafirma esse profundo convite
que diz respeito a ele, quando diz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água
viva” (João 7.27-28).
O
apóstolo Pedro escreveu sobre outro motivo importante pelo qual devemos ir a
Jesus, ele disse: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim,
pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como
pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo,
a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio
de Jesus Cristo” (1 Pedro 2.4-5). Se vamos acessar a graça que edifica nossas
vidas, devemos ir de modo consistente a Jesus Cristo, o escolhido do Pai e
pedra angular preciosa.
Então, em oração, louvemos ao nosso
Deus e Senhor Jesus Cristo pela graça que encontramos toda vez que vamos a ele
em humilde dependência; reconheçamos que, ao irmos a ele, somos purificados,
sustentados, renovados e edificados; e rendamos graças por sua graça ser
acessível mediante o relacionamento pessoal com ele, não por meio de desempenho
religiosa de nossa parte.
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