sábado, 31 de outubro de 2020

Uma promessa "impopular" concernente à perseguição

            “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12).

            Retornemos à categoria de promessas “impopulares” para uma visita final. Essa promessa assegura a perseguição para os crentes sérios em Jesus Cristo. Em uma igreja mundana, onde muitos apreciam o conforto e a popularidade, essa promessa não é bem-vinda.

            Essa promessa é feita àqueles que desejam viver uma vida de piedade, pois observe o que está escrito: “Todos quantos querem viver piedosamente”. Piedade é a vontade do Senhor para seu povo. Isto é o que lemos nas Escrituras, por exemplo, “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1 Timóteo 6.11). Nosso Senhor declarou que há grande bênção para aqueles que têm um ardente amor pela vida piedosa. Ele disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5.6a). Observe atentamente que a bênção é a garantia de Deus de satisfazer aquela justiça que o coração deseja. Como está escrito: “Porque serão fartos” (Mateus 5.6b).

            Todavia, temos visto que não é apenas a satisfação com a justiça que é prometida àqueles que desejam andar em piedade. Também é prometido perseguição. A declaração da Escritura é precisa e clara, ela diz: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12). Observe a precisão e clareza da última parte da declaração, “serão perseguidos”. Observe, também, a dimensão compreensiva e inescapável dessa promessa, “Todos quantos querem viver piedosamente [...] serão perseguidos”. Não há exceção. Não há isenção. Todos quantos, significa qualquer um, ou cada um que desejar viver de modo piedoso será perseguido. Ninguém que viva piedosamente em Cristo será deixado de fora, ficará isento, da perseguição.

            Todo aquele que deseja sinceramente seguir ao Senhor Jesus Cristo experimentará as consequências que ele mesmo enfrentou quando ele andou em justiça. Em seu período de vida terrena, o Senhor avisou seus discípulos acerca dessa realidade. Ele disse: “lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (João 15.20). O Senhor Jesus não foi universalmente saudado por seu caminhar justo. Ele enfrentou oposição, zombaria, conspiração e traição. Não precisamos ficar assustados quando nos sobrevierem porções de perseguições semelhantes.

            Sem dúvida, essa promessa de perseguição não é dada para nos desencorajar de continuar no caminho da piedade. Antes, ela é oferecida para nos preparar para as dificuldades que certamente virão à medida que crescemos na semelhança a Cristo. O Senhor, entretanto, adiciona graciosos encorajamentos à piedade, de modo que sejamos fortalecidos a prosseguir em sua santa vontade nesta questão. Ele diz: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.10). As perseguições podem servir para nos lembrar de que estamos sendo conduzidos para o reino dos céus. As perseguições podem servir para trazer-nos medidas celestiais da graça sustentadora ao longo do caminho.

            Por isso, em oração diante do Senhor justo, expressemos nosso desejo de andar em seus caminhos de justiça; supliquemos que ele fortaleça nosso coração com sua graça, para que possamos continuar em piedade; supliquemos sua ajuda, para que nunca recuemos ainda que perseguições sejam asseguradas; supliquemos sua ajuda para permanecermos fieis, mesmo quando as perseguições se tornem severas; expressemos nossa confiança em suas promessas de auxiliar-nos em nossas lutas.

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