“Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas. Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber” (Salmo 36.7-8).
Temos meditado, a partir de
passagens do Antigo Testamento, sobre a bondade ou benignidade de Deus (um
termo muito semelhante à palavra graça no Novo Testamento). Temos considerado
textos extraídos da vida e do testemunho de Davi. Davi apreciava a bondade do
Senhor, ele a considerava como um tesouro. Observe o que ele diz: “Como é
preciosa, ó Deus, a tua benignidade!” Uma compreensão do longo alcance das
implicações da bondade do Senhor lhe deu essa perspectiva. Davi aprendeu que a
bondade do Senhor (seu amor zeloso e leal por seu povo) leva o coração a buscar
a graciosa proteção de Deus. Como expressa Davi: “Por isso, os filhos dos
homens se acolhem à sombra das tuas asas”. Davi também sabia que a bondade de
Deus satisfaz plenamente a fome dos corações que buscam abundância do Senhor.
Pois ele diz: “Fartam-se da abundância da tua casa”.
O homem é muito pobre e necessitado,
e Deus tem muito para dar. Dificilmente podemos exagerar as necessidades do
homem. Somente os recursos de Deus podem ser exagerados. Palavras como “vazio”
e “deficiência” descrevem a humanidade. Palavras como “plenitude” e
“abundância” descrevem nosso Deus.
Os homens dão início à sua
existência em falência espiritual (nascem em pecado e estão sempre prontos para
seguir a impiedade). Essa é uma dura, mas verdadeira, descrição da Bíblia
acerca de nossa realidade. Como está escrito: “Eu nasci na iniquidade, e em
pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51.5), e “desviam-se os ímpios desde a sua
concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras” (Salmo 58.3).
Para essas desesperadas necessidades, o Senhor tem bondade e salvação. Pois ele
mesmo diz: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é
coberto” (Salmo 32.1), e “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu
libertador; o meu Deus, o meu rochedo, o meu escudo, a força da minha salvação,
o meu baluarte” (Salmo 18.2). Todavia, uma vez redimido, o homem deve continuar
não olhando para si mesmo, nem para o mundo do qual ele veio.
Davi ainda diz: “Ó Deus, tu és o meu
Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te
almeja, como terra árida, exausta, sem água” (Salmo 63.1). Como Davi, devemos
encontrar o que necessitamos na “abundância da tua (de Deus) casa”. Quando olhamos
para a abundância de Deus e a buscamos para substituir nossa incapacidade,
encontraremos hoje a mesma satisfação espiritual que Davi encontrou e da qual
ele deu testemunho, dizendo, “Como de banha e de gordura farta-se a minha alma;
e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva” (Salmo 63.5). Nós também nos
regozijaremos, porque seremos abundantemente satisfeitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário