“Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes” (Provérbios 3.34).
As
Escrituras enfatizam o compromisso do Senhor, nosso Deus, de derramar graça
sobre aqueles que andam em humildade, enquanto se opõe ao caminho daqueles que
andam em orgulho. Esta verdade é vista claramente nas Escrituras, que dizem:
“Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes” (Tiago 4.6); “cingi-vos todos de humildade, porque Deus
resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro
5.5b); e “O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos,
ele os conhece de longe” (Salmo 138.6). No texto que inicia essa presente
meditação encontramos outro exemplo, onde a Escritura afirma categoricamente:
“Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes”
(Provérbios 3.34).
Nos
é dada neste texto a certeza absoluta de que o Senhor escarnecerá do
escarnecedor. Observe com atenção, “Certamente, ele escarnece dos
escarnecedores” (Provérbios 3.34a). O escarnecedor mostra desprezo arrogante
para com o Senhor e para com os seus retos caminhos. Ele zomba da piedade e se
gaba da perversidade. Ele escarnece do que é justo e reto, e se orgulha da
maldade praticada. O Senhor, sem dúvida alguma, escarnece de tal pessoa. O
Senhor os tratará com santo desdém. O Senhor rejeitará seus caminhos com santo
desprezo.
Para
muitos de nós que temos uma inclinação para com o Senhor, andar de modo
escarnecedor não representa um perigo plausível. Contudo, algo das atitudes
relacionadas ao andar de modo escarnecedor pode tornar-se parte de nosso andar
(mesmo que inadvertidamente). Orgulho e altivez são duas das mais comuns e mais
mortais dessas atitudes. Pois a Escritura diz: “A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16.18). Estas nocivas companheiras
podem ser resumidas como auto exaltação. Uma abordagem da vida como esta sempre
resulta em ruínas devastadoras. Estas atitudes e suas consequências são
ilustradas de modo mais completo pela história do próprio diabo. Antes de
tornar-se o rebelde máximo contra Deus, ele era um ser angélico magnificente e
privilegiado. O texto de Ezequiel 28.14-15, que fala de um rei humano, serve de
ilustração do que aconteceu com esse ex-querubim; “Tu eras querubim da guarda
do ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das
pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes
criado até que se achou iniquidade em ti.” Esta iniquidade, desenvolvida pelo
diabo, foi a auto exaltação, a soberba. A Escritura deixa claro que o motivo da
condenação do diabo foi a soberba; como está escrito, “Não seja neófito, para
não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo” (1 Timóteo
3.6). Outro texto que ilustra a soberba e a consequente ruína do diabo, embora
esteja primeiramente se referindo a um rei humano, é Isaías 14.12-14, que diz:
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por
terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao
céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação
me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e
serei semelhante ao Altíssimo.” Esta altivez de exaltar-se a si mesmo o levou a
uma queda desastrosa, a qual será concluída com seu lançamento no “lago de fogo
e enxofre” por toda a eternidade; como está escrito: “O diabo, o sedutor deles,
foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só
a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite,
pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 21.10).
Escolhamos diariamente andar com os santos humildes
de Deus, recusando-nos a nos juntarmos às fileiras dos orgulhosos, com seus
projetos de autodesenvolvimento. Pois, como diz a Escritura, “Melhor é ser
humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos”
(Provérbios 16.19).
Então,
colocando-nos em oração diante do Senhor, nosso Deus Altíssimo, expressemos
arrependimento pelas vezes em que exaltamos a nos mesmos por palavras, atitudes
ou ações; renunciemos ao caminho arrogante do autodesenvolvimento tão difundido
na humanidade; expressemos nosso desejo sincero de nos identificarmos com os
santos humildes de Deus, olhando para o Senhor a fim de nos moldar e usar nossa
vida mediante sua graça abundante.
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