sexta-feira, 23 de julho de 2021

Grandeza espiritual e humildade infantil

            “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mateus 18.1-4).

            Nosso Deus é grande. Essa é uma das verdades declaradas pelas Escrituras acerca de Deus, como está escrito: “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável” (Salmo 145.3). Visto que fomos criados para conhecer nosso grande Deus, temos um desejo ardente por encontrar a verdadeira grandeza. O caminho falsificado para a grandeza proposto pelo mundo, pela carne e pelo diabo é o da auto exaltação. Temos um exemplo disso em Isaías 14.14, onde o rei da Babilônia diz, “subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. O caminho celestial para se encontrar a grandeza espiritual é por meio da humildade infantil.

Os discípulos perguntaram a Jesus sobre quem tinha verdadeiramente encontrado a grandeza em seu reino. Observe as palavras registradas por Mateus: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?” (Mateus 18.1). Sem dúvida, para seu espanto, Jesus colocou uma pequena criança no meio deles. Mateus registra, “E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles” (Mateus 18.2). Como esta pequena criança poderia fornecer uma resposta adequada à pergunta dos discípulos? As palavras de Jesus devem ter sido surpreendentes para eles e, possivelmente, devem ter tido dificuldade de entende-las. Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos ternardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18.3).

Em primeiro lugar, ninguém pode entrar no reino do Senhor sem passar por uma mudança de atitude, deixando a perspectiva natural da humanidade caída. Possuímos um conceito de vida e de como alcançar a grandeza autossuficiente e auto exaltante, isto é, nos julgamos capazes de fazer viver e adquirir grandeza por nossas próprias forças e capacidade, e fazemos isso visando nossa própria exaltação. A fim de nos tornarmos filhos de Deus, precisamos adotar a perspectiva do Senhor. Em vez de usarmos nossa capacidade para desenvolver uma vida válida (“grandeza”) mediante nossos próprios recurso, devemos assumir a posição de uma criança humilde, inadequada e necessitada, que olha para o Senhor da vida a fim de receber dele a vida eterna. Então, a fim de crescer em grandeza espiritual, devemos desejar continuar no andar diário de humildade infantil. Omo está escrito: “Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mateus 18.4).

Esse ensino deve ter caído como uma denúncia penetrante sobre seus corações, visto que sua motivação ao perguntar estava baseada sobre seus repetidos debates sobre qual deles era o maior no reino de Cristo. Observe, “Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou-a junto a si e lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande” (Lucas 9.46-48). “Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lucas 22.24-27).

Por isso, em oração diante do grande e tremendo Senhor, confessemos que, com frequência, temos buscado grandeza por meio dos caminhos de auto exaltação deste mundo caído; confessemos que, muitas vezes, temos nos comparado a outras pessoas, considerando que este procedimento nos torna maiores; arrependidos, supliquemos ao Senhor o perdão e a capacitação para andarmos diante dele, dia a dia, como uma criança humilde, necessitada e dependente do grande Rei dos reis.

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