sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Crescendo em graça mediante o viver pela fé

             “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4). “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.16-17).

            Em nossas quatro meditações anteriores, sobre Jesus como nosso exemplo máximo, concluímos nossa série sobre “humildade e graça”, e começamos a considerar a “fé e a graça”. Se desejamos crescer na graça de Deus, devemos viver pela fé, visto que a fé acessa a graça; como está escrito: “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Romanos 5.2).

            Em nossa presente meditação, o primeiro versículo também fundamente nossas meditações anteriores sobre a humildade, a qual é repetidamente contrastada com o orgulho ou a soberba. Pois a Escritura claramente afirma: “Deus resiste aos soberbos; mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Habacuque foi inspirado pelo Espírito Santo para estabelecer a mesma verdade desta forma: “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (2.4). Tiago contrasta o orgulho com a humildade. Aqui, o profeta conclui sua afirmação contrastando o orgulho com a fé. A pessoa orgulhosa ou soberba coloca sua confiança em si mesma e depende de si mesma. A pessoa humilde coloca sua confiança no Senhor e deseja depender dele apenas. A pessoa humilde é a única pessoa que crescerá na graça de Deus.

            Essa proclamação simples do viver pela fé é tão profunda que é repetida em três epístolas estratégicas do Novo Testamento. A primeira menção encontra-se em Romanos, em conexão com o evangelho da graça. Lemos ali: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1.16). O apóstolo Paulo não ficava embaraçado por causa das boas novas da graça de Deus que estava disponível em Jesus Cristo. Ele sabia que esse evangelho era a verdade poderosa de Deus que salvaria a alma de qualquer um (judeu ou gentio) que cresse em Cristo. Essa mensagem da graça oferecia a justiça de Deus a todo aquele que cresse. Observe o que a Escritura diz: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé” (Romanos 1.17a). O evangelho da graça proveu a mesma justiça que a Lei exigia. Leia com atenção: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção” (Romanos 3.21-22). A justiça que a pessoa necessita (tanto para permanecer no céu quanto para andar na terra), vem pela graça por meio da fé. Sim, inicial e continuamente, “O justo viverá por fé” (Romanos 1.17b).

            Assim, em oração diante do Justo Senhor, o louvemos pela dádiva de sua justiça, pela graça e mediante a fé; regozijemo-nos em nosso coração, por termos recebido a justiça de Deus para permanecermos diante dele no céu; clamemos em fé, com coração humilde, pela concessão diária da mesma justiça em e por meio de nossa vida, para um andar piedoso na terra, mediante a graça de Cristo.

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