“De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá” (Gálatas 3.9-12).
Consideramos,
em nossas meditações anteriores, o chamado de Deus para se viver pela fé dado
por meio do profeta Habacuque. Para recordar, “Eis o soberbo! Sua alma não é
reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4). Vimos, também, a
primeira das três ocorrências desta citação no Novo testamento, a saber, “Pois
não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça
de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá
por fé” (Romanos 1.16-17). A segunda ocorrência deste chamado no Novo
Testamento aparece em Gálatas, onde o viver pela fé é contrastado com o viver
pela lei.
Esse contraste entre a lei e a fé envolve uma maldição
que está relacionada com a lei. Observe a declaração enfática da Escritura:
“odos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição” (Gálatas
3.10a). A maldição está sobre aqueles que tentam estabelecer um relacionamento
aceitável com Deus baseado em obras humanas, quando estas são avaliadas pela
santa lei de Deus. A citação do Antigo Testamento, que acompanha essa citação,
explica a razão da maldição, dizendo: “Maldito todo aquele que não permanece em
todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gálatas 3.10b). A
maldição está no fato de que aqueles que escolhem viver mediante o desempenho
humano sob a lei sempre devem cumprir todos os mandamentos da lei. A pressão
exercida por esta exigência de desempenho perfeito pode parecer maldição
suficiente. Todavia, as consequências da falha inevitável intensificam a
maldição. Essa terrível consequência põem ser vista na lembrança do abençoado
remédio que a graça de Deus provê; como está escrito: “Cristo nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar (porque está
escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção
de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos,
pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14). Aquele que viola qualquer
porção das exigências da lei merece o julgamento que Jesus tomou sobre si na
cruz.
Essa
graciosa provisão de salvação mediante a morte substitutiva de Cristo nos
lembra que a fé, não a lei, é nossa rica esperança. Observe novamente o texto
bíblico, “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus,
porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3.11). A fé envolve dependência da obra
de outro, a de Jesus Cristo. Viver pela lei não é viver pela fé; é viver com
base no desempenho humano; como está escrito: “Ora, a lei não procede de fé,
mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá” (Gálatas 3.12).
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