Quando
recebemos ao Senhor Jesus Cristo, como nosso Senhor e Salvador pessoal, passamos
a gozar de uma união especial com ele, chamada de união mística com Cristo. Um
dos textos bíblicos que expressam esse privilégio é João 15.1-11; do qual
destacamos o versículo 5, que diz: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer.” O cristão está unido a Cristo da mesma forma que o ramo está unido à
videira; sua vida é totalmente dependente de Cristo e de sua permanência nele.
A união
mística com Cristo é apresentada nas Escrituras por meio de algumas figuras,
como: o alicerce de um prédio e sua estrutura (1 Pedro 2.4-6); a árvore e seus
ramos (João 15.5); a cabeça e os membros do corpo (Efésios 4.13-16); o esposo e
a esposa (Efésios 5.31-32).
A natureza
dessa união mística com Cristo pode ser descrita como sendo: federal e
representativa (1 Coríntios 15.22); vital e espiritual (Gálatas 2.20 e 1
Coríntios 6.17); e completa e inescrutável (1 Coríntios 12.27 e Efésios 5.32).
A base dessa
união encontra-se na eleição, pois o eterno propósito de Deus constitui seu
fundamento (Efésios 1.4). A execução dessa união encontra-se na encarnação do
Filho de Deus, mediante a qual Jesus entrou em comunhão com a nossa natureza,
tornando possível essa união (Hebreus 2.16-17). A aplicação dessa união se dá
mediante a obra do Espírito Santo (1 João 4.13 e 1 Coríntios 15.45; 12.27).
A união
mística com Cristo é estabelecida, primeiramente, nos decretos de Deus, mais
particularmente na Aliança da Graça. Depois, ela é estabelecida no tempo determinado
por Deus em cada indivíduo, mediante a chamada e a obra permanente do Espírito
Santo nele.
O gozo da união mística com Cristo produz as seguintes
consequências: comunhão com Cristo em todas as bênçãos e direitos da aliança da
graça; comunhão com Cristo no poder transformador e assimilador de sua vida, o
que nos torna semelhantes a ele; comunhão com Cristo em nossas experiências,
sofrimentos, tentações e morte; comunhão com Cristo em todos os nossos bens e
possessões; comunhão com Cristo até mesmo na recepção espiritual dos
sacramentos; e comunhão com os nossos irmãos em Cristo.
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