Ser cheio do Espírito, uma das manifestações da graça de Deus para
conosco, não é um evento que precisa ser repetido vezes sem fim, mas um estilo
de vida. Observemos os seguintes textos: “E apareceram, distribuídas entre
eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram
cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o
Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.3-4). “Então, Pedro cheio do Espírito
Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos” (Atos 4.8). “Tendo eles
orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito
Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4.31). “E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”
(Efésios 5.18).
Quando nascemos de novo, por meio da fé em Jesus
Cristo, o Espírito Santo vem habitar em nossas vidas. “Não sabeis que sois
santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16).
Às vezes, após o novo nascimento, nossas vidas podem ser repetidamente cheias
pela presença capacitadora do Espírito Santo. O testemunho dos primeiros
discípulos ilustra isto.
No dia de Pentecoste, os 120 seguidores de Jesus foram cheios do Espírito. “E apareceram,
distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espirito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.3-4). Algum
tempo depois, o apóstolo Pedro, que foi originalmente cheio do Espírito no
Pentecoste, novamente foi cheio do Espírito quando compareceu diante dos
líderes religiosos de Israel. “Então, Pedro, cheio do
Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos” (Atos 4.8). Após
este encontro, Pedro juntou-se aos outros discípulos para uma reunião de
oração. “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos
4.31). Nesta ocasião, aqueles que foram cheios do Espírito no Pentecoste, foram
cheios pela segunda vez. Pedro, que já fora cheio duas vezes antes, foi cheio
do Espírito pela terceira vez. Portanto, é evidente que o enchimento do
Espírito não é de uma vez por todas.
Além disso, ser cheio do Espírito não é automático ou
universal para todos os cristãos, como ocorre com a habitação. Este fato pode
ser claramente visto na instrução dada em Efésios 5.18. “E não vos embriagueis
com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Visto que é uma
ordem, não uma descrição, ela somente se torna uma realidade pessoal para
aqueles que respondem adequadamente.
Além disso, a forma desta ordem traz um extraordinário
discernimento acerca da plenitude do Espírito e do que Deus deseja para nós. A
ordem “enchei-vos do Espírito” está no tempo presente, indicando uma condição
contínua. Ela pode ser apropriadamente traduzida como “enchei-vos sempre”. Este
imperativo é um chamado para um modo de vida, não meramente para eventos
periódicos. É a vontade de Deus que realmente vivamos, dia a dia, mais e mais,
pela plenitude da obra capacitadora do Espírito Santo. Devemos orar
humildemente pela plenitude do Espírito Santo a cada dia, em cada desafio, em
cada oportunidade da vida.
Por
isso, dirijamos nossa oração ao Deus Todo-poderoso, alegrando-nos pelo fato de
que o Espírito Santo habita em nós; agradecendo por todas as ocasiões em que
seu Espírito atuou poderosamente em nossa vida; suplicando que nos ajude a ver
que a plenitude de seu Espírito não é simplesmente uma experiência de evento a
evento, mas um estilo de vida a ser desenvolvido; e, com grande expectativa,
rogando a obra contínua do Espírito Santo em nossa vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário