terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Plenitude do Espírito: Um modo de vida, não meramente eventos



Ser cheio do Espírito, uma das manifestações da graça de Deus para conosco, não é um evento que precisa ser repetido vezes sem fim, mas um estilo de vida. Observe­mos os seguintes textos: “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.3-4). “Então, Pedro cheio do Espírito San­to, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos” (Atos 4.8). “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4.31). “E não vos em­briagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.18).
Quando nascemos de novo, por meio da fé em Jesus Cristo, o Espírito Santo vem habitar em nossas vidas. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16). Às vezes, após o novo nascimento, nossas vidas podem ser repetidamente cheias pela presença capacitadora do Espírito Santo. O tes­temunho dos primeiros discípulos ilustra isto.
No dia de Pentecoste, os 120 seguidores de Jesus foram cheios do Espírito. “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espirito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.3-4). Algum tempo depois, o apóstolo Pe­dro, que foi originalmente cheio do Espírito no Pentecoste, novamente foi cheio do Espírito quando compareceu diante dos líderes religiosos de Israel. “Então, Pedro, cheio do Espí­rito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos” (Atos 4.8). Após este encontro, Pedro juntou-se aos outros discípu­los para uma reunião de oração. “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espíri­to Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4.31). Nesta ocasião, aqueles que foram cheios do Espírito no Pentecoste, foram cheios pela segunda vez. Pe­dro, que já fora cheio duas vezes antes, foi cheio do Espírito pela terceira vez. Portanto, é evidente que o enchimento do Espírito não é de uma vez por todas.
Além disso, ser cheio do Espírito não é automático ou universal para todos os cristãos, como ocorre com a habi­tação. Este fato pode ser claramente visto na instrução dada em Efésios 5.18. “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Visto que é uma ordem, não uma descrição, ela somente se torna uma realidade pessoal para aqueles que respondem adequadamente.
Além disso, a forma desta ordem traz um extra­ordinário discernimento acerca da plenitude do Espírito e do que Deus deseja para nós. A ordem “enchei-vos do Espírito” está no tempo presente, indicando uma condição contínua. Ela pode ser apropriadamente traduzida como “enchei-vos sempre”. Este imperativo é um chamado para um modo de vida, não meramente para eventos periódicos. É a vontade de Deus que realmente vivamos, dia a dia, mais e mais, pela plenitude da obra capacitadora do Espírito Santo. Devemos orar humildemente pela plenitude do Espírito Santo a cada dia, em cada desafio, em cada oportunidade da vida. 
Por isso, dirijamos nossa oração ao Deus Todo-poderoso, alegrando-nos pelo fato de que o Espírito Santo habita em nós; agradecendo por todas as ocasiões em que seu Espírito atuou poderosamente em nossa vida; suplicando que nos ajude a ver que a plenitude de seu Espírito não é simplesmente uma experiência de evento a evento, mas um estilo de vida a ser desenvolvido; e, com grande expectativa, rogando a obra contínua do Espírito Santo em nossa vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário