Compelido a conhecer ao Senhor

Voltando uma vez mais à carta de Paulo aos filipenses, observemos como o apóstolo se sente compelido a conhecer ao Senhor mais e melhor. “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.13-14).

            Já observamos, em meditação anterior, que a humildade é uma das realidades relacionais que o Senhor Deus deseja desenvolver em nossas vidas para que possamos viver diariamente pela graça de Deus. Recordemos, “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Vemos, aqui, a evidência da humildade piedosa que se desenvolveu no apóstolo Paulo através dos anos. Ele diz: “Irmão, não julgo havê-lo alcançado”. Quando essas palavras foram escritas, Paulo já tinha caminhado com o Senhor por cerca de 25 a 30 anos. Todavia, ele admite que não tinha “alcançado plenamente”. Ele confessa que não conhecia o Senhor de modo tão completo que sua vida toda era uma demonstração da vida ressurreta. Consequentemente, ele tinha um grande objetivo que direcionava sua vida e serviço: “uma coisa faço”. Sua paixão consumidora era conseguir conhecer ao Senhor mais e mais. Observe suas palavras: “para o conhecer” (Filipenses 3.10).

            Um dos problemas mais significativos que impedem os crentes em Cristo de conhecerem melhor o Senhor é seu passado. Os cristãos focam sua atenção em seu passado. Falhas do passado os atormentam com condenação. Erros praticados por eles no passado os incitam à autopiedade ou à amargura. Sucessos do passado dão a falsa segurança de que as coisas vão bem no presente. Bênçãos no passado os desviam de buscar por nova obra do Senhor em suas vidas no presente. O apóstolo Paulo nos dá um maravilhoso exemplo de como lidar com o passado, ele diz: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão”. As coisas do passado não precisam dominar nosso presente. A graça de Deus pode cobrir falhas e mágoas passadas. Hoje, precisamos ansiar pela nova obra da graça que o Senhor Deus deseja produzir à medida que andamos com ele.

            O Senhor Deus deseja levar-nos para frente, olhando adiante. Como Paulo escreve: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.14). O objetivo é conhecer melhor ao Senhor. Somos compelidos em direção ao objetivo, empregando toda força e energia espiritual que a graça de Deus fornece. Essa é nossa resposta ao chamado celestial de Deus para buscá-lo, para conhecê-lo. Ao longo do caminho, participaremos do prêmio que vem com o objetivo. O preço é toda bênção que resulta do procurar conhecer melhor ao Senhor. Que sejamos compelidos a conhecer ao Senhor!

            Em oração, supliquemos ao Senhor Jesus que nos ajude a esquecer das coisas do passado que desviam nossa atenção dele; façamos o propósito de procurar conhecê-lo melhor; roguemos que ele se revele a nós por meio de sua Palavra; e peçamos humildemente que manifeste sua graça em e por meio de nossa vida.