“Pelo
que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não
desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se
ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos
recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela
manifestação da verdade” (2 Coríntios 4.1-2).
Deus
nos fez seus servos sob a nova aliança da graça, este é o ensino da Escritura,
pois ela diz: “Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa,
como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o
qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas
do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Coríntios 3.5-6).
Aqueles que desejam servir ao Senhor com base na graça possuem uma abordagem
distinta ao ministério; eles agem como o apóstolo Paulo, “rejeitamos as coisas
que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de Deus”.
É
lamentável que muitas abordagens ministeriais nas igrejas ao redor do mundo
incluam motivos e metodologias que são mantidos ocultos, porque seu verdadeiro
caráter é vergonhoso. Algumas dessas abordagens vergonhosas envolvem “andar com
astúcia” (por exemplo, manipular as pessoas por meio de sedução carnal). Outras
envolvem “adulterar a Palavra de Deus” (por exemplo, pregar o que as pessoas
querem ouvir em vez do que as Escrituras realmente dizem). Se vamos servir a Deus
com base na graça, devemos rejeitar estas táticas.
Em vez disso,
nós desejamos servir a Deus “pela manifestação da verdade”. Ministramos
mediante uma franca declaração da verdade de Deus, não mediante uma operação
enganadora de artifícios do homem. Também, desejamos que nossas vidas sejam uma
recomendação de nossa mensagem, não uma contradição dela, como afirma nosso
texto: “nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus”. A
medida que proclamamos a verdade de Deus, humildemente pedimos para Deus
impactar nossas vidas por meio desta verdade, a fim de nos tornarmos exemplos
do que pregamos. O Senhor usará isto para tocar fundo nas consciências de
outras pessoas.
É
da vontade de Deus que nosso ministério impacte mais do que as mentes dos
homens (o que pode ser alcançado mediante meras ideias, conceitos ou sistemas).
É sua intenção que nosso testemunho vá além das emoções dos homens (as quais
podem ser tocadas mediante histórias excitantes, insinuações condenatórias ou
ideais inspiradores). Ele certamente não deseja que apelemos ao orgulho das pessoas
(“deixe Deus fazer algo que causará inveja nas outras pessoas”) ou que apelemos
à sua cobiça (“oferte ao nosso ministério, e Deus dará de volta a você dez
vezes mais”). Antes, Deus deseja alcançar suas consciências, que a imagem de
Deus imprima nas pessoas convicção de pecado e a necessidade de salvação. Visto
que as pessoas “mostram a norma da lei gravado no seu coração,
testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente
acusando-se ou defendendo-se” (Romanos 2.15).
Por isso, coloquemo-nos
em oração diante do Deus da verdade e da santidade, que nos tem permitido
servi-lo com base na graça por muito tempo; tomando a decisão de rejeitar a
manipulação das pessoas e a adulteração da sua Palavra; resolvendo fazer de
nossa vida um vaso de honra que confirme a sua verdade; e suplicando que, à
medida que ministramos a outras pessoas, ele toque profundamente em seus
corações mediante o poder de sua graça, levando-as a busca-lo.
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