sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Promessas "impopulares" concernentes ao orgulho e à humildade

            “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12).

            Retornando a nossa categoria de promessas “impopulares”, consideremos, agora, um par que contrasta orgulho e humildade. Essas promessas basicamente garantem resultados dolorosos para aqueles que escolhem o caminho do orgulho, enquanto asseguram bênçãos abundantes para os que desejam andar em humildade. Essas promessas são definitivamente “impopulares em um mundo arrogante (e, também frequentemente, no mundo eclesiástico arrogante).

            O modo de vida do mundo é o de auto exaltação. A Babilônia foi um dos impérios mais poderosos da história antiga. Deus lhe permitiu alcançar um poder mundial. O Senhor Deus até mesmo a usou como instrumento para castigar seu próprio povo rebelde, Israel. Todavia, o Senhor a advertiu acerca do fim ao qual seu orgulho a levaria. Por meio do profeta Isaías, o Senhor disse: “Muito me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança e a entreguei na tua mão, porém não usaste com ela de misericórdia e até sobre os velhos fizeste mui pesado o teu jugo. E disseste: Eu serei senhora para sempre! Até agora não tomaste a sério estas coisas, nem te lembraste do seu fim. Ouve isto, pois, tu que és dada a prazeres, que habitas segura, que dizes contigo mesma: Eu só, e além de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos. [...] Pelo que sobre ti virá o mal que por encantamentos não saberás conjurar; tal calamidade cairá sobre ti, da qual por expiação não te poderás livrar; porque sobre ti, de repente, virá tamanha desolação, como não imaginavas” (Isaías 47.6-8, 11). Até mesmo a poderosa Babilônia não poderia evitar esse fim prometido. Como está escrito, “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado” (Mateus 23.12a). Se impérios bastante poderosos para dominar sua época não puderam neutralizar esta promessa, quanto menos qualquer pessoa ou indivíduo (quer no mundo ou na igreja) pode evitar esse sombrio fim para todo aquele que anda em orgulho?

            Muitos daqueles que zombam dessa advertência contra o orgulho também desdenham da sua conclusão, a saber, “quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12b). Muitas pessoas religiosas e não religiosas odeiam da mesma forma aceitar que a humildade é o caminho de Deus para a bênção prometida. Para elas, humildade é fraqueza e tolice. Elas estão convencidas de que a autoconfiança e a autoafirmação conquistarão quaisquer coisas que seja desejada. Elas se recusam a aceitar que a humildade levará à bênção. Entretanto, é a humildade que agrada ao Senhor. Davi, um homem de grande intimidade com Deus, entendeu esta verdade. Ele disse: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.17). Deus se deleita naqueles que chegam diante dele admitindo a grandeza de sua necessidade. Deus não está procurando “Babilônias poderosas”. Ele está procurando corações humildes e quebrantados. Jesus ensinou claramente esta verdade quando disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3), e “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5.5).

            Consequentemente, coloquemo-nos em oração diante de nosso Senhor Jesus Cristo, declaremos que não queremos andar no caminho do orgulho que leva à destruição, como a Babilônia andou, e que nos rendemos à sua promessa contra o orgulho; confessemos que nosso coração está quebrantado e compungido a medida em que pensamos em nossos pecados e falhas; declaremos que vamos a ele em humildade, lançando-nos sobre sua grande promessa de misericórdia e graça.

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