“Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar (porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro’), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14).
Aqui, alcançamos o coração das “mui
grandes e preciosas promessas” de Deus. Por meio dessa promessa, o Senhor torna
possível para nós a participação em sua vida, pois a Escritura diz: “para que
por elas (as promessas de Deus) vos torneis coparticipantes da natureza divina”
(2 Pedro 1.4b).
Que perspectiva extraordinária é esta – que
um homem possa participar da natureza divina. Todavia, as promessas de Deus
tornam isto disponível ao homem. Sem dúvida, isto não significa que o homem se
torna divino (como muitas falsas religiões e algumas aberrantes teologias sustentam).
Somente Deus é, e sempre será, divino. Leia atentamente o que a Escritura
afirma: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não
há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaías 46.9).
Entretanto, o homem pode participar da vida de Deus, mesmo que ele nunca se
torne “um deus” em si mesmo. Isto é realizado por meio de Jesus Cristo vindo
habitar dentro das vidas daqueles que creem nele. O Senhor Jesus morreu por nós
a fim de que ele pudesse dar vida para nós. Observe o que a Escritura diz a
esse respeito: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida
eterna” (João 6.47). “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se
não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes
vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida
eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira
comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o
meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.53-56) Esta vida que Jesus
deseja compartilhar conosco é sua própria vida. Pois está escrito: “Disse-lhe
jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra,
viverá” (João 11.25); “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
O apóstolo Paulo ensinou essa grande
verdade de modo extensivo, dizendo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela
vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo
Jesus” (2 Timóteo 1.1). Ele entendeu que seu ministério apostólico não estava
ancorado apenas na vontade de Deus, mas também dependia da vida que Deus
prometera. Assim, ele confessou Cristo como sua própria vida, dizendo: “Quando
Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis
manifestados com ele, em glória” (Colossenses 3.4). E “Porque eu, mediante a
própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com
Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19-20). O Senhor Jesus era a fonte da
vida de Paulo.
É acerca disso que a promessa do
Espírito fala; pois está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar [...], para que a bênção de Abraão
chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o
Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14). No novo nascimento, o Espírito Santo
também vem habitar naqueles que creem. O Espírito revela essas verdades a nós
por meio da Palavra de Deus. Então, o Espírito derrama a vida de Cristo dentro
de cada filho humilde e dependente de Deus. Como está escrito: “O espírito é o
que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho falado
são espírito e vida” (João 6.63).
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