sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A mui preciosa promessa de vida compartilhada

            “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar (porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro’), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14).

            Aqui, alcançamos o coração das “mui grandes e preciosas promessas” de Deus. Por meio dessa promessa, o Senhor torna possível para nós a participação em sua vida, pois a Escritura diz: “para que por elas (as promessas de Deus) vos torneis coparticipantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4b).

            Que perspectiva extraordinária é esta – que um homem possa participar da natureza divina. Todavia, as promessas de Deus tornam isto disponível ao homem. Sem dúvida, isto não significa que o homem se torna divino (como muitas falsas religiões e algumas aberrantes teologias sustentam). Somente Deus é, e sempre será, divino. Leia atentamente o que a Escritura afirma: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaías 46.9). Entretanto, o homem pode participar da vida de Deus, mesmo que ele nunca se torne “um deus” em si mesmo. Isto é realizado por meio de Jesus Cristo vindo habitar dentro das vidas daqueles que creem nele. O Senhor Jesus morreu por nós a fim de que ele pudesse dar vida para nós. Observe o que a Escritura diz a esse respeito: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47). “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.53-56) Esta vida que Jesus deseja compartilhar conosco é sua própria vida. Pois está escrito: “Disse-lhe jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25); “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

            O apóstolo Paulo ensinou essa grande verdade de modo extensivo, dizendo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus” (2 Timóteo 1.1). Ele entendeu que seu ministério apostólico não estava ancorado apenas na vontade de Deus, mas também dependia da vida que Deus prometera. Assim, ele confessou Cristo como sua própria vida, dizendo: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória” (Colossenses 3.4). E “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19-20). O Senhor Jesus era a fonte da vida de Paulo.

            É acerca disso que a promessa do Espírito fala; pois está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar [...], para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14). No novo nascimento, o Espírito Santo também vem habitar naqueles que creem. O Espírito revela essas verdades a nós por meio da Palavra de Deus. Então, o Espírito derrama a vida de Cristo dentro de cada filho humilde e dependente de Deus. Como está escrito: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho falado são espírito e vida” (João 6.63).

            Portanto, em oração rendamos graças ao Senhor Jesus por tornar sua vida disponível para nós; reconheçamos que esta é uma promessa preciosa; e supliquemos que ele nos faça andar segundo seu Espírito, a fim de que sua vida seja expressa dentro de nossa vida, dia a dia.

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