quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Garantia da salvação por meio da fé

            “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 João 5.11-13).

            Se devemos crescer na graça, precisamos viver pela fé; este é o ensino claro das Escrituras. Como está escrito: “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que está no regime da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós” (Romanos 4.16). Se nossa fé deve ser desenvolvida e amadurecer, precisamos saber de onde a fé vem. Jesus (e sua Palavra) é a fonte de nossa fé; visto que a Escritura diz: “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus,... (Hebreus 12.2), e “E assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). A medida que conhecemos nosso Senhor mais e melhor, a medida que nos inteiramos da sua Palavra mais e mais, nossa fé cresce. A medida que nossa fé cresce, experimentamos a graça de Deus de modo crescente. Uma das maravilhosas obras da graça de Deus é nos conduzir para a segurança da salvação por meio da fé.

            Algumas pessoas perguntam a si mesmas se são salvas. Outras esperam que sejam salvas. Outras ainda pensam que podem ser salvas. Deus deseja que as pessoas saibam que são salvas. Observe o que a Escritura diz: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 João 5.13). Certamente, a salvação (o dom da vida eterna) é dada àqueles que creem no nome do Filho de Deus. Isto significa que essas pessoas confiam na pessoa e na obra de Cristo. Elas creem que ele é Deus, o Filho. Elas creem que ele morreu e ressuscitou vitorioso sobre o pecado e a morte. Muitos que têm desfrutado da salvação estão, no entanto, sem segurança quanto a este grande presente.

            A segurança é comunicada por meio da consideração do testemunho anterior da fiel e verdadeira Palavra de Deus. O ensino da Escritura é: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho” (1 João 5.11). O presente da vida eterna foi verdadeiramente providenciado pelo Senhor. Contudo, o Pai deseja nos lembrar que esta vida eterna está “em seu Filho”. A vida eterna não é uma “bênção empacotada” que vem a nós separada de Jesus. A vida que Deus tem para nós é encontrada mediante um relacionamento dependente com uma pessoa, Jesus Cristo. Se temos a Jesus em nossa vida, temos a vida eterna que se encontra nele. Observe atentamente o que a Escritura diz: “Aquele que tem o Filho tem a vida eterna; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.12). Se recebemos o Senhor Jesus em nossa vida, ele habita em nós agora; pois está escrito: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhe o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1.12). Jesus nos dá segurança de salvação por meio da fé nele.

            Assim, em oração, rendamos graças ao Senhor Jesus por entrar em nossa vida quando o recebemos pela fé; reconheçamos, consequentemente, que temos a vida eterna, visto que esta vida está nele; rendamos graças pela graça de Deus que nos conduz à segurança simplesmente por meio da fé em Cristo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Ainda uma vez mais sobre a fonte da fé

            “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fieis e verdadeiras” (Apocalipse 21.5). “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).

            Jesus Cristo é a fiel e verdadeira testemunha, aquele que nos dá a verdade confiável que devemos ter a fim de encontrar a vida e viver a vida como Deus planejou. Observe atentamente essas declarações da Escritura: “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (Apocalipse 1.5). “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14). “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11). Quando vemos o caráter fiel e verdadeiro de Jesus, a fé nele é desenvolvida em nós. Sua Palavra é uma vital desse processo, visto que ela possui o mesmo caráter que Jesus possui (fiel e verdadeira). Observe, “Escreve, porque estas palavras são fieis e verdadeiras” (Apocalipse 21.5c).

            Quando uma pessoa recebe humildemente a Palavra de Deus, as Escrituras mudam sua vida. É desta forma que começamos a andar com Deus; pois a Escritura diz: “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (1 Pedro 1.23-25). Nascemos de novo na família de Deus quando a Palavra de Deus, incorruptível, viva e eterna, foi plantada como uma semente em nosso coração. Isto aconteceu mediante o ouvir o evangelho. Cremos nas boas novas de Jesus Cristo, e esta semente do evangelho germinou dentro de nós para a vida eterna.

            Depois de termos nascido de novo, pela graça e mediante a fé em Cristo, o plano de Deus para nós é que continuemos a responder à sua Palavra, como fizeram os tessalonicenses. Como está escrito: “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homem, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 Tessalonicenses 2.13). Estes santos deram as boas-vindas às Escrituras em suas vidas. Eles sabiam que ela não era uma mera mensagem humana. Eles sabiam que ela era do Senhor. Eles estavam desejosos de ouvi-la e depender de sua mensagem nutridora da vida. Consequentemente, a Palavra de Deus operou com eficácia em seus corações, à medida que eles criam nas verdades que dela ouviam. Desse modo, “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). Portanto, de modo inicial e contínuo, a fé vem pelo ouvir as fieis e verdadeiras palavras de Deus, e esta fé acessa a graça.

            Assim, colocando-nos em oração diante de nosso amado Senhor, reconheçamos que assim como o Senhor é fiel e verdadeiro, assim também sua palavra é fiel e verdadeira; reconheçamos que nossa vida começou pela fé que foi produzida por meio da mensagem do evangelho; reconheçamos que somente podemos crescer na fé quando recebemos humildemente sua palavra em nossas vidas, dia a dia; e expressemos nosso desejo de viver pela fé, de modo que possamos crescer na sua graça.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Uma vez mais sobre a fonte da fé

           “E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fieis e verdadeiras” (Apocalipse 21.5). “Disse-me ainda: Estas palavras são fieis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse 22.6). “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).

            Jesus é a fiel e verdadeira testemunha, a qual nos dá a verdade confiável que devemos ter a fim de encontrar a vida e vida abundante, como o Senhor Deus planejou. Observe com atenção as seguintes declarações das Escrituras: “E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5); “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14); e “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11). Esses textos afirmam de modo incontestável que Jesus é fiel e verdadeiro. Assim, à medida que vemos sua fidelidade e seu caráter verdadeiro, a fé nele se desenvolve em nossas vidas. Sua palavra é uma parte vital deste processo, visto que ela possui o mesmo caráter que ele, Jesus, possui (fiel e verdadeira). Como está escrito, “Escreve, porque estas palavras são fieis e verdadeiras” (Apocalipse 21.5); e “Estas palavras são fieis e verdadeiras” (Apocalipse 22.6).

            Quando as pessoas recebem humildemente a Palavra de Deus, as Escrituras mudam suas vidas. É desta forma que iniciamos nosso relacionamento com Deus, pois a Escritura diz: “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (1 Pedro 1.23-25). Nascemos de novo na família de Deus quando a palavra incorruptível, viva e eterna de Deus foi plantada como uma semente em nossos corações. Isto aconteceu mediante o ouvir o evangelho. Cremos nas boas novas de Jesus Cristo e esta semente do evangelho germinou dentro de nós, produzindo vida eterna.

            Depois de nascermos de novo pela graça, por meio da fé em Cristo, o plano de Deus é que continuemos a responder a sua Palavra (como os tessalonicenses fizeram). Observe, “Outra razão ainda temos para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 Tessalonicenses 2.13). Estes santos deram boas vindas às Escrituras em suas vidas. Eles sabiam que não era uma mera mensagem humana. Eles reconheceram que ela vinha do Senhor Deus. Eles estavam ansiosos para ouvi-la e para confiam em sua mensagem que alimenta a vida. Então, ela operou eficazmente em seus corações, a medida que criam nas verdades que ouviam. Pois, como está escrito: “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17). De modo inicial e continuamente, a fé vem mediante o ouvir as palavras fieis e verdadeiras de Deus, e esta fé acessa a graça.

            Então, colocando-nos de joelhos diante de nosso amado Senhor, que é fiel e verdadeiro, e cuja palavra é igualmente fiel e verdadeira, rendamos graças por ter ele regenerado nosso coração e colocado fé nele mediante a mensagem do evangelho; reconheçamos que somente podemos crescer na fé se recebermos humildemente sua Palavra em nosso vida dia a dia; e desejemos viver pela fé, a fim de crescermos na graça.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Ainda mais sobre a fonte da fé

            “E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos morros e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1.5). “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14). “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11).

            A fé entra em nossas vidas por meio da obra de Jesus Cristo; como está escrito, “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hebreus 12.2a). Quando o nome do Senhor Jesus é revelado a nós (isto é, um entendimento de quem Jesus é o do que ele é capaz de realizar), a fé é desenvolvida em nossos corações. Note o que o Espírito Santo diz por meio de Pedro, “Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós” (Atos 3.16). Compreendemos em algum grau quão grande ele é, então confiamos nele para fazer grandes coisas. Assim, a fé entra em nossa experiência espiritual por meio dele. Os versículos supracitados estão relacionados com o desenvolvimento desta fé, visto que eles descrevem o Senhor Jesus como fiel e verdadeiro.

            Jesus é a testemunha confiável, a testemunha que nos diz a verdade. Observe atentamente as declarações da Escritura, “E da parte de Jesus Cristo, a Fiel testemunha, o Primogênito dos morros e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1.5). “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Apocalipse 3.14). “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11). Uma testemunha apresenta um relato de primeira mão acerca do que ela observou, ouviu ou experimentou. Jesus é a testemunha confiável acerca das coisas que ele é verdadeiramente informado, coisas que precisamos conhecer. Ele fala acerca do reino dos céus. Por exemplo, “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18.3). Ele nos adverte acerca do julgamento do inferno; como está escrito: “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13.49-50).

            Ele também nos fala acerca do Pai celestial, dizendo: “ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.11). Ele nos alerta acerca do “pai da mentira”, quando diz: Vois sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). Ele nos fala sobre o que é a verdadeira vida, dizendo: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). Temos fé nele e em tudo quanto ele dá testemunho porque ele é a “Testemunha Fiel e Verdadeira”.

            Com estas coisas em mente, coloquemo-nos em oração diante de nosso amado Senhor Jesus, agradecendo por ser ele uma testemunha confiável; confiando nele por ser ele fiel e verdadeiro; reconhecendo que seu testemunho digno de crédito nos resgatou do inferno e nos direcionou para o céu, nos protegeu do pai da mentira e nos fez filhos do Pai celestial; reconhecendo que seu testemunho fiel e verdadeiro nos trouxe a vida eterna; e louvando-o com gratidão interminável.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Mais sobre a fonte da fé

            “Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós” (Atos 3.16).

            O caminho do discipulado somente pode ser trilhado pela fé (mediante a confiança em nosso Senhor invisível). O desenvolvimento nunca pode ser alcançado mediante a visão (mediante a dependência daquilo que nossos sentidos humanos podem deduzir e processar). “Visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7). Portanto, é vital que compreendamos para onde devemos ir a fim de encontrar a fonte de nossa fé. E a orientação da Escritura é, “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus (Hebreus 12.2). Jesus é a fonte da fé, somente ele. As Escrituras frequentemente expõem esta verdade fundamental.

            Quando o aleijado foi curado, à porta do Templo, esta verdade fundamental foi novamente declarada. Este milagre ocorreu quando dois dos discípulos do Senhor estavam indo ao Templo de Jerusalém para orar. As Escrituras registram: “Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona” (Atos 3.1). Um homem que fora aleijado por toda a sua vida lhes pediu uma esmola. Lemos nas Escrituras: “Era levado um homem coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola” (Atos 3.2-3). Pedro e João não tinham dinheiro, mas ofereceram muito mais do que o aleijado havia pedido. A Escritura diz que, “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3.6). Eles ofereceram a este homem a cura no nome de Jesus Cristo. A Bíblia relata que, “E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus” (Atos 3.7-8). O milagre foi amplo. O aleijado não apenas foi fortalecido para andar, ele também foi capacitado a saltar e, excitado, a dar exuberante louvor ao Senhor.

            Quando a multidão maravilhada se reuniu, Pedro explicou como o milagre estava relacionado com o nome de Jesus, dizendo, “Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis” (Atos 3.16a). A expressão “nome de Jesus” diz respeito a sua pessoa e a seu poder (isto é, tudo que Jesus é e tudo quanto ele é capaz de fazer). Esta demonstração do poder de Jesus foi experimentada por meio da fé no seu nome (isto é, em dependência de quem ele é o do que ele pode fazer). Então, Pedro esclareceu a fonte desta fé. Como está escrito: “Sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós” (Atos 3.16b). Jesus é a fonte da fé. Aqueles que conhecem a Jesus como o Senhor que opera maravilhas, confiam nele para fazer coisas extraordinárias.

            Por isso, colocando-nos em oração diante desse glorioso Senhor, reconheçamos que há muitas questões com as quais somente ele pode lidar – os problemas no mundo, as necessidades nas igrejas, as dificuldades que ameaças os amados, cargas em nossas vidas; expressemos confiança no seu nome; e supliquemos que ele nos mostre novamente quem ele é e o que somente ele pode fazer.

sábado, 23 de outubro de 2021

A fonte da fé

            “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12.1-2).

            A fim de crescer na graça, devemos viver pela fé. Visto que a Escritura diz, “Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós, como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Romanos 4.16-17). Não podemos progredir espiritualmente mediante o uso de nossas faculdades naturais e adâmicas. Devemos caminhar pela fé no Senhor e em sua Palavra, como está escrito: “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7). Todavia, onde obtemos a fé? Qual é a fonte da fé?

            Jesus é a fonte de nossa fé. Observe a clara afirmação da Escritura, “Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hebreus 12.2). Se temos a fé salvadora em Cristo, ela foi trazida à existência por ele. Nossa fé foi criada por Jesus de maneira revelatória e relacional. Jesus revelou para nós a verdade que precisávamos conhecer (por meio de sermões, testemunhos pessoais, tratados, áudios, livros, leitura da Bíblia ou outros meios). Então, ele nos convidou para um relacionamento pessoal com ele.

            Primeiro, ele nos falou sobre a verdade acerca de nossa necessidade. Ele nos disse, “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23); “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23a). A seguir, ele nos falou a verdade acerca de sua obra amorosa em nosso favor, dizendo, “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Ao mesmo tempo, seu Espírito estava nos convencendo da realidade destas questões, pois “Quando vier, convencerá o mundo do pecado, d ajustiça e do juízo” (João 16.8). Finalmente, Jesus nos convidou a confiar nele a fim de receber o presente da salvação, dizendo, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque o sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30); e “mas o dom gratuito de Deus é vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23b). Basicamente, Jesus revelou a si mesmo a nós como aquele em quem podemos confiar para salvar nossas almas, assim colocamos nossa esperança nele. Desse modo, ele criou fé em nós.

            Agora, onde devemos ir para obter mais fé (para o desenvolvimento de nossa fé)? Jesus é a fonte para suprir essa necessidade também, pois a Escritura afirma que ele é o “Consumador da fé”. Aquele que trouxe a fé à existência em nós deseja, agora, aperfeiçoar nossa fé (levando-a ao desenvolvimento maduro) da mesma maneira pela qual ele a iniciou. Inicialmente, tivemos de ter Jesus revelado a nós a fim de termos a fé criada em nós. Agora, precisamos de uma contínua revelação dele por meio da sua Palavra, se desejamos que nossa fé seja continuamente desenvolvida e fortalecida.

            Portanto, em oração ao Autor da fé em nós, rendamos graças por ter-nos convencido de nossa necessidade de perdão dos pecados; rendamos graças por ter revelado a nós sua grande obra na cruz; rendamos graças por nos convidar a entrar em um relacionamento pessoal com ele; e supliquemos que ele continue a revelar-se a nós, por meio das Escrituras, a fim de que nossa fé cresça e amadureça.

sábado, 16 de outubro de 2021

Andando pela fé, não pela visão

“Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor, visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.6-7). “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).

            A vida cristã é comparável a um andar. Ela consiste de passos diários de onde estamos para onde o Senhor deseja nos levar (tanto espiritual quanto geograficamente). Este andar é empreendido pela fé, não pela visão. Observe a expressão usada pela Escritura, “visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7).

            Andar com base no que voemos é a maneira pela qual os seres humanos andam. Isto é verdade tanto no que diz respeito ao andar literal quanto no que se refere à jornada da vida. Quando engajada no andar físico, a pessoa depende e confia nos dados visuais (juntamente com informações de outros sentidos humanos, como sons, cheiros e toque). Do mesmo modo, a medida que os não redimidos se engajam em suas viagens pela vida, eles estabelecem seu curso e procedem de acordo com o que suas habilidades naturais fornecem. Nós que conhecemos o Senhor Jesus Cristo não podemos andar desta maneira em seu reino. Devemos andar pela fé, mediante a dependência de nosso Senhor, de sua Palavra e da obra da graça realizada mediante seu Espírito Santo. O desenvolvimento espiritual se dá quando não atentamos para as “coisas que se veem”, mas para as “que não se veem” (2 Coríntios 4.18a).

            Muitas vezes, as coisas não são como elas parecem ser aos olhos naturais. Considere o caso de José. Ele foi vendido para mercadores de escravos por seus ciumentos e traiçoeiros irmãos. Aos olhos naturais, não parecia que José estava sendo preparado para ser o Primeiro Ministro do Egito. Pense em Faraó e seu exército se aproximando de Israel, visto que Israel estava encurralado no Mar Vermelho. Aos olhos naturais, para Israel, não parecia que ele seria liberto, enquanto que, para o exército egípcio, não parecia que ele seria destruído. Lembre-se do jovem Davi em pé diante do gigante Golias. Aos olhos naturais, não parecia que o gigante seria derrotado, enquanto que Davi desfrutaria de vitória completa. Somente os olhos da fé poderiam realmente apreciar o que de fato estava acontecendo.

            A cruz do nosso Senhor Jesus é, sem dúvida, o maior exemplo de que as coisas nem sempre são como elas parecem ser. Enquanto Jesus estava pendurado na cruz, parecia que os homens ímpios tinham derrotado o homem mais piedoso jamais visto sobre a terra. A Escritura testifica: “Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios” (Atos 2.22-23). Todavia, na verdade, Deus estava agindo, preparando a ressurreição vitoriosa sobre o pecado e a morte para todo aquele que crê. A Escritura completa, dizendo, “ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (Atos 2.24). Os olhos naturais viam morte e derrota, os olhos da fé, vida e vitória.

            Diante dessas considerações, em oração ao nosso Pai celestial, expressemos nosso desejo de andar com ele pela fé; expressemos o desejo de responder às circunstâncias da vida com base no que ele têm dito em sua Palavra e com base no que ele é capaz de fazer; reconheçamos que muitas vezes temos estabelecido o curso de nossa vida com base no que vemos com nossos olhos naturais, dependendo e confiando na aparência das coisas; supliquemos que o Senhor nos ensine a confiar mais e mais nele.

sábado, 9 de outubro de 2021

Grandes bênçãos mediante o viver pela fé

            “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hebreus 10.35-39).

            Os versículos supracitados apresentam a terceira ocasião em que o pronunciamento de Habacuque é repetido no Novo Testamento. Habacuque disse: “O justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4b). Em Romanos 1.17, essa verdade foi ligada ao evangelho de Cristo. Em Gálatas 3.12, ela foi contrastada com o viver sob a lei. Aqui, em Hebreus, essa verdade é vista como o caminho para grandes bênçãos, como a perseverança espiritual, a obediência que agrada a Deus e a segurança pessoal.

            A exortação inicial (v. 35) adverte sobre o abandonar a dependência corajosa no Senhor. A Escritura diz: “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança” Hebreus 10.35a). É fornecida a razão da perda da grande bênção, pois está escrito: “ela tem grande galardão” (Hebreus 10.35b). O Senhor nos adverte a confiar nele sem hesitação, desde o início da fé (o dia de nossa conversão) até ao fim de nossa peregrinação. Isto nos torna participantes das bênçãos da graça que são nossas em Cristo; pois a Escritura afirma: “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardamos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos” (Hebreus 3.14).

            Essas bênçãos incluem a perseverança; como está escrito: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança” (Hebreus 10.36a). A vida cristã requer vigor espiritual. A jornada do crescimento, da provação, do serviço e da luta pode se tornar cansativa. Podemos ser tentados à frouxidão, a abandonar a urgência ou ao desânimo. Isto é sempre um pensamento inútil para nós, e ele desagrada ao Senhor. Como diz a Escritura: “Se retroceder, nele não se compraz a minha alma” (Hebreus 10.38b). É somente pela fé que perseveramos na corrida cristã; visto que a Bíblia nos ensina: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12.1-2).

            Estas bênçãos da fé incluem, igualmente, obediência e segurança. Observe o que o texto bíblico diz: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Hebreus 10.36). Visto que andamos pela fé, somos capacitados a fazer a vontade de Deus. Andar em obediência com Cristo produz segurança de que, algum dia, estaremos na presença do Senhor. Pois está escrito: Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10.37). Enquanto isso, pela fé, a segurança cresce para que não estejamos entre aqueles cuja profissão de fé prova ser inútil. Esse é o testemunho da Escritura, que diz: “O meu justo viverá pela fé. [...] Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hebreus 10.38-39).

            Portanto, diante de nosso Pai celestial, em oração, reconheçamos nossa necessidade de perseverança; expressemos nosso desejo de agradá-lo mediante a obediência e nosso anseio de andar em mais segurança; o louvemos por termos tudo isso em Cristo, pela fé.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Viver pela fé contrastado com viver pela lei

            “De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá” (Gálatas 3.9-12).

            Consideramos, em nossas meditações anteriores, o chamado de Deus para se viver pela fé dado por meio do profeta Habacuque. Para recordar, “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4). Vimos, também, a primeira das três ocorrências desta citação no Novo testamento, a saber, “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.16-17). A segunda ocorrência deste chamado no Novo Testamento aparece em Gálatas, onde o viver pela fé é contrastado com o viver pela lei.

            Esse contraste entre a lei e a fé envolve uma maldição que está relacionada com a lei. Observe a declaração enfática da Escritura: “odos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição” (Gálatas 3.10a). A maldição está sobre aqueles que tentam estabelecer um relacionamento aceitável com Deus baseado em obras humanas, quando estas são avaliadas pela santa lei de Deus. A citação do Antigo Testamento, que acompanha essa citação, explica a razão da maldição, dizendo: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gálatas 3.10b). A maldição está no fato de que aqueles que escolhem viver mediante o desempenho humano sob a lei sempre devem cumprir todos os mandamentos da lei. A pressão exercida por esta exigência de desempenho perfeito pode parecer maldição suficiente. Todavia, as consequências da falha inevitável intensificam a maldição. Essa terrível consequência põem ser vista na lembrança do abençoado remédio que a graça de Deus provê; como está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14). Aquele que viola qualquer porção das exigências da lei merece o julgamento que Jesus tomou sobre si na cruz.

            Essa graciosa provisão de salvação mediante a morte substitutiva de Cristo nos lembra que a fé, não a lei, é nossa rica esperança. Observe novamente o texto bíblico, “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3.11). A fé envolve dependência da obra de outro, a de Jesus Cristo. Viver pela lei não é viver pela fé; é viver com base no desempenho humano; como está escrito: “Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá” (Gálatas 3.12).

            Portanto, em oração ao Deus e Pai de nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo, louvemos a Cristo por tomar sobre si a maldição da lei que nós merecemos; reconheçamos e exultemos no fato de que o justo viverá pela fé, não pelo desempenho humano; e supliquemos que o Senhor nos ensine a viver pela fé, não pela lei.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Crescendo em graça mediante o viver pela fé

             “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2.4). “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Romanos 1.16-17).

            Em nossas quatro meditações anteriores, sobre Jesus como nosso exemplo máximo, concluímos nossa série sobre “humildade e graça”, e começamos a considerar a “fé e a graça”. Se desejamos crescer na graça de Deus, devemos viver pela fé, visto que a fé acessa a graça; como está escrito: “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Romanos 5.2).

            Em nossa presente meditação, o primeiro versículo também fundamente nossas meditações anteriores sobre a humildade, a qual é repetidamente contrastada com o orgulho ou a soberba. Pois a Escritura claramente afirma: “Deus resiste aos soberbos; mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). Habacuque foi inspirado pelo Espírito Santo para estabelecer a mesma verdade desta forma: “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (2.4). Tiago contrasta o orgulho com a humildade. Aqui, o profeta conclui sua afirmação contrastando o orgulho com a fé. A pessoa orgulhosa ou soberba coloca sua confiança em si mesma e depende de si mesma. A pessoa humilde coloca sua confiança no Senhor e deseja depender dele apenas. A pessoa humilde é a única pessoa que crescerá na graça de Deus.

            Essa proclamação simples do viver pela fé é tão profunda que é repetida em três epístolas estratégicas do Novo Testamento. A primeira menção encontra-se em Romanos, em conexão com o evangelho da graça. Lemos ali: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Romanos 1.16). O apóstolo Paulo não ficava embaraçado por causa das boas novas da graça de Deus que estava disponível em Jesus Cristo. Ele sabia que esse evangelho era a verdade poderosa de Deus que salvaria a alma de qualquer um (judeu ou gentio) que cresse em Cristo. Essa mensagem da graça oferecia a justiça de Deus a todo aquele que cresse. Observe o que a Escritura diz: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé” (Romanos 1.17a). O evangelho da graça proveu a mesma justiça que a Lei exigia. Leia com atenção: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem; porque não há distinção” (Romanos 3.21-22). A justiça que a pessoa necessita (tanto para permanecer no céu quanto para andar na terra), vem pela graça por meio da fé. Sim, inicial e continuamente, “O justo viverá por fé” (Romanos 1.17b).

            Assim, em oração diante do Justo Senhor, o louvemos pela dádiva de sua justiça, pela graça e mediante a fé; regozijemo-nos em nosso coração, por termos recebido a justiça de Deus para permanecermos diante dele no céu; clamemos em fé, com coração humilde, pela concessão diária da mesma justiça em e por meio de nossa vida, para um andar piedoso na terra, mediante a graça de Cristo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Jesus, o exemplo máximo dos resultados da fé

           “O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí. Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam. Porque o Senhor Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei envergonhado” (Isaías 50.4-7).

            Em nossas meditações anteriores sobre versículos proféticos, vimos que o prometido Servo do Senhor empreenderia sua missão messiânica por meio da fé em seu Pai celestial. Observe o que a Escritura diz: “o meu Deus é a minha força” (Isaías 49.5c). Os versículos de nossa meditação anterior descrevem o Senhor Jesus como o exemplo máximo de fé. Agora, uma passagem profética correspondente revela as consequências abençoadas da confiança no Senhor. Nela, vemos Jesus como o exemplo máximo dos resultados da fé.

            Uma vez mais, os participantes proféticos são o Messias e seu Pai celestial. As confissões de Jesus, de confiança no Pai, abrangem as seguintes declarações proféticas: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos” (Isaías 50.4a). Jesus Cristo foi “disciplinado” dia a dia pelo Pai, o qual certamente fez uso de seus pais terrenos piedosos, pelo menos em parte). “O Senhor Deus me abriu os ouvidos” (Isaías 50.5a). Estas coisas equiparam o Senhor Jesus para ministrar a vidas cansadas e sobrecarregadas. Como está escrito: “para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado” (Isaías 50.4b). De fato, as pessoas ficaram impressionadas com a maneira de Jesus fala; pois está escrito: “Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José?” (Lucas 4.22).

            Visto que Jesus confiava no Pai, ele também estava preparado para enfrentar as dificuldades que lhe sobrevinham. Como está escrito: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto dos que me afrontavam e me cuspiam” (Isaías 50.6). Ao se aproximar da cruz, essa parte da profecia sobre Jesus se cumpriu; bem como a capacitação para enfrenta-las foram encontradas mediante a dependência no Pai. Observe o que a Escritura diz: “Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo> Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” (Mateus 26.67-68). Embora ele soubesse que todas essas coisas o aguardavam entes de vir para Jerusalém, na última semana, ele colocou sua confiança no seu Pai celestial; como está escrito: “Porque o Senhor Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei envergonhado” (Isaías 50.7). O Pai o socorreu. Ele avançou resolutamente na direção do cumprimento da sua obra de redenção, a ser realizada na cruz. Como a Escritura declara: “E aconteceu que, ao se cumprirem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém” (Lucas 9.51). Essas são os maravilhosos resultados da fé.

            Colocando-nos em oração diante de nosso Pai celestial, compreendendo que seu Filho, nosso Salvador, foi preparado, fortalecido, sustentado e usado por meio da fé, reconheçamos nossa necessidade de experimentar em nossa própria vida esses mesmos resultados abençoados da confiança em Deus; supliquemos que ele desenvolva e aumente nossa fé, mais e mais, para a sua glória e serviço.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Jesus, o exemplo máximo de fé

            “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele, porque eu sou glorificado perante o Senhor, e o meu Deus é a minha força. [...] Diz ainda o Senhor: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo, para restaurardes a terra e lhe repartires as herdades assoladas; para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e em todos os altos desnudos terão pasto” (Isaías 49.5, 8-9).

            Diversas vezes, por meio dessas centenas de meditações, examinamos o relacionamento entre “humildade e fé” e “crescimento na graça”. Estas repetidas oportunidades nos ajudam a compreender os meios de se viver dia a dia pela graça. É oportuno lembrar o ensino das Escrituras, a saber, “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6); e “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes: e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2). Nas últimas meditações, temos considerado a humildade e a graça. E, em uma recente meditação, vimos que Jesus é o exemplo máximo de humildade. Agra, voltaremos a dar considerável atenção à fé e a graça. No que diz respeito à fé, começaremos onde paramos com a humildade, isto é, com Jesus como o nosso exemplo; Novamente, veremos que Jesus é o exemplo máximo de fé.

            Os versículos citados acima fazem parte de uma profecia que envolve o Deus Pai e o Deus Filho, o Servo do Senhor, o Messias, viria a fim de prover o dom da salvação de Deus. Observe com atenção as palavras da Escritura: “Mas agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo” (Isaías 49.5a). Um anjo finalmente anunciaria esta profecia como cumprindo-se, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1.20-21). A confissão proferida pelo Messias também é dada aqui de modo profética, ele diz: “o meu Deus é a minha força” (Isaías 49.5c). Quando o Filho deixasse o céu para encarnar-se, ele agiria pela fé em seu Pai. As palavras de segurança proferidas pelo Pai expressam esta confiança nele, dizendo: “Diz ainda o Senhor: No tempo aceitável, eu te ouvi e te socorri no dia da salvação; guardar-te-ei e te farei mediador da aliança do povo” (Isaías 49.8a).

            O fato de Jesus ter vivido pela fé em seu Pai era parte de seu ministério de ensino. O Mestre, Jesus Cristo, devia ensinar seus discípulos mediante suas palavras e mediante seu exemplo. Na verdade, esse foi o modo usado por seu Pai para ensiná-lo. Como está escrito: “Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (João 5.19). Nisto, Jesus (que deixou de lado o exercício independente de sua divindade) deixa o exemplo de como o homem deve viver em humilde dependência da fidelidade de Deus.

            Portanto, em oração diante de nosso amado Salvador, humilhemo-nos diante dele, expressando nosso desejo de crescer na graça; reconheçamos que o acesso a graça se dá pela fé; supliquemos que o Senhor Jesus nos ensine a colocar nossa fé tão somente nele, do mesmo modo como ele confiou plenamente no seu Pai.

sábado, 21 de agosto de 2021

Jesus, o exemplo máximo de exaltação piedosa

            “A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.8-11).

            Existe uma exaltação não piedosa (ímpia) e autossuficiente que leva à destruição e desonra; visto que a Escritura afirma: “porque todo o que se exalta será humilhado” (Lucas 18.14b). Por outro lado, existe uma humildade piedosa e auto negadora que conduz à exaltação apropriada; pois a Escritura também diz: “mas o que se humilhar será exaltado” (Lucas 18.14c). Vimos, em nossa meditação anterior, que Jesus foi o exemplo máximo de humildade. Hoje, veremos que ele também é o exemplo máximo de exaltação piedosa.

            Jesus submeteu-se humildemente à vontade do Pai, a fim de que nossa salvação pudesse ser assegurada por meio de sua morte expiatória. Observe o que a Bíblia diz sobre isso: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.8). Os resultados dessa submissão humilde foram gloriosos. A grande salvação de Deus foi adquirida em favor do homem, e o Filho de Deus foi grandemente exaltado. Como está escrito: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2.9). Isto nos ensina, primeiro, que Jesus ressuscitou vitoriosamente da morte e assentou-se à mão direita do Pai, sendo-lhe concedido o nome que está acima de todo nome. Esse é o ensino da Escritura quando ela diz: “o qual exerceu ele (o Pai) em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” (Efésios 1.20). Um dia o Senhor Jesus retornará triunfantemente, como está escrito: “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11). Finalmente, ele governará para sempre de modo soberano, pois a Escritura afirma: “para que se aumente o seu governo e venha a paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Isaías 9.7).

            Um dia, no tempo determinado pelo Pai, todas as criaturas (todas, sem exceção, cada uma delas) que se acham nos céus, na terra e no inferno se curvarão diante do Senhor Jesus e, de boa vontade ou forçadas, confessarão que ele é o Senhor único e absoluto. Observe atentamente a declaração bíblica: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10-11).

            Aqueles que serão forçados a se curvarem diante dele no final dos tempos, serão separados dele para sempre. Aqueles que se curvarem humildemente e o confessam agira, serão exaltados (isto é, “exaltados” aos lugares celestiais do perdão, da bênção, do crescimento e da frutificação). E finalmente eles entrarão em sua exaltação eterna (coerdeiros com Cristo, servindo-o para sempre). O caminho é a humildade, Ele humilhou-se, todavia, governará eternamente. Nos humilhamos diante dele agora, todavia, reinaremos com ele para sempre.

            Por isso, em oração, reconheçamos e exclamemos que maravilhoso caminho o Senhor Jesus trilhou – da servidão humilde para o trono celestial; reconheçamos e exclamemos que grande exaltação pertence ao Senhor Jesus para todo sempre; reconheçamos e exclamemos que incrível alegria é saber que nos juntaremos a ele nessa exaltação, servindo-o eternamente; curvemo-nos humildemente diante do Senhor Jesus Cristo continuamente; e supliquemos que ele nos torne servos fiéis agora, enquanto aguardamos o glorioso privilégio que está por vir.

sábado, 14 de agosto de 2021

Jesus, o exemplo máximo de humildade

            “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.5-8).

            A fim de vivermos diariamente pela graça de Deus, devemos desejar andar em humildade. Lembremo-nos, “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5c). A Palavra de Deus oferece ensino abrangente acerca da vida de humildade. Além disso, não encontraremos, por toda a Escritura, maior discernimento sobre esse assunto do que o que diz respeito a Jesus, o exemplo máximo de humildade.

            Antes de vir à terra como homem, Jesus existia por toda a eternidade passada como Deus, o Filho eterno de Deus. Observe atentamente o que a Escritura diz: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2). Visto que ele era Deus, não era uma intromissão inadequada no domínio de outro reivindicar divindade. Em outras palavras, não era usurpação de algo que não era seu Jesus reivindicar ser Deus. Essa é a afirmação da Escritura: “Pois, ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” (Filipenses 2.6). Embora ele necessariamente existisse de maneira interminável como Deus (mesmo durante sua peregrinação como homem), ele não viveu exercendo sua divindade de modo independente; como está escrito: “antes, a si mesmo se esvaziou” (Filipenses 2.7a). Em vez de manifestar toda a sua glória inata, ele agiu como um servo qualquer agiria; observe com atenção a declaração da Escritura: “assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens” (Filipenses 2.7b). Durante seu ministério terreno, Jesus enfatizou seu papel de servo. O Filho de Deus tornou-se Filho do Homem, o Senhor tornou-se servo. Como está escrito: “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mateus 20.28).

            Em sua sublime missão de salvação, Jesus, o Filho de Deus, voluntariamente aceitou o caminho da humildade. O texto bíblico diz: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.8). essa humildade envolveu uma submissão ao Pai que foi tão abrangente que incluiu a morte mais horrenda de todas, crucificação expiatória ou compensatória pelo pecado. Em agonia espiritual, ele orou, dizendo: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26.39). Esta rendição humilde à vontade do Pai é o caminho ao qual nosso Senhor nos chama a andar quando a Escritura diz: Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2.5).

            Por conseguinte, em oração ao nosso amado Pai celestial, sintamos nosso coração humilhado ao considerarmos a humilde aceitação do Senhor Jesus em vir a este planeta pecador; ao considerarmos que Jesus, como Deus, era merecedor de toda honra e glória, e que, entretanto, a fim de agradar ao Pai e para salvar pecadores, desejou tornar-se um servo humano humilde; reconheçamos que, diferente de seu exemplo, nós facilmente tentamos resistir à humildade, ainda que mereçamos ser totalmente humilhados; supliquemos que o Senhor produza em nós um coração humilde como o do Senhor Jesus Cristo.

sábado, 7 de agosto de 2021

Mais sobre contrastando os resultados da auto exaltação e da humildade

            “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.13-14).

            Nossa presente meditação continua sendo sobre a parábola de Jesus que adverte contra a auto justificação e encoraja a humildade de espírito. Em seu ensino, o Senhor expressa os resultados opostos da auto exaltação e da humildade. Observe atentamente o que o Senhor Jesus diz: “Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.14b). Os exemplos opostos na parábola são as orações de um líder religioso que ressalta suas próprias qualidades e um publicano contrito.

            A oração do fariseu foi dirigida a si mesmo e estava cheia de glorificação de si mesmo. Observe: “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, raças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lucas 18.11-12). Em completo contraste a esta oração falsa e arrogante, o coletor de impostos nem mesmo levantava seu rosto em direção ao céu. Em vez disso, ele bateu em seu próprio peito cheio de culpa e humildemente implorou por misericórdia. Note o contraste, “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18.13). Sua atitude foi semelhante a de Davi, que sabia que não poderia resistir ao justo julgamento de Deus; como está escrito: “Não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não há justo nenhum vivente” (Salmo 143.2).

            Estes dois homens (que pareciam estar orando a Deus) encaram resultados drasticamente diferentes. O Senhor Jesus afirma categoricamente: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele (o líder religioso auto justificado)” (Lucas 18.14a). O fariseu que se auto exaltou foi humilhado. Ele foi desonrado diante de Deus e confirmado em seu estado não arrependido de culpado. Como está escrito: “porque todo o que se exalta será humilhado” (Lucas 18.14b). O humilde coletor de impostos foi exaltado. Por meio de sua humilde dependência, ele foi levantado para o reino abençoado da justificação. Como está escrito: “Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” (Romanos 4.5). Ele foi declarado como não culpado, perdoado e justo aos olhos de Deus. Ou como Jesus disse: “mas todo o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.14c).

            Portanto, em oração ao Senhor, nosso Deus, reconheçamos que merecemos ser humilhados pelas vezes em que exaltamos a nós mesmos diante de Deus; expressemos nosso desejo sincero de nos colocarmos na mesma posição deste coletor de impostos arrependido; expressemos nosso desejo sincero de sermos elevados aos novos reinos da obediência, da piedade crescente e do serviço, por meio de Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor.

sábado, 31 de julho de 2021

Contrastando os resultados da auto exaltação e da humildade

            “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outro: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.9-14).

            A importância do ensino de Jesus em nosso texto pode ser vista em sua repetição em várias ocasiões, a saber, Mateus 23.12; Lucas 14.11. A instrução apresenta a inevitabilidade universal do contraste resultante da auto exaltação e da humildade, a saber, Todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18.14b).

            Essa proclamação particular da mensagem foi dada em uma parábola que admoesta contra a justiça própria e encoraja a humildade. Observe o relato de Lucas, que diz: “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam s outros” (Lucas 18.9). Os exemplos contrastados na parábola são as orações do líder religioso seguro de si mesmos e a do publicano arrependido. O texto informa, “Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um fariseu, e o outro, publicano” (Lucas 18.10). Quando o fariseu, que se considerava justo, orou, ele teve, de fato, um diálogo pessoal consigo mesmo, embora inutilmente ele dirija sua oração a Deus. Preste atenção no relato bíblico, “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo” (Lucas 18.11a). Em seguida, é relatado como ele começou sua oração de modo bíblico, com uma expressão de gratidão, a saber, “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses 4.6). Contudo, sua gratidão se baseava um uma suposição ímpia de que ele era por natureza melhor que os outros, particularmente, melhor que aquele publicano que estava perto. Ele disse: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros nem ainda como este publicano” (Lucas 18.11b). Então, ele continua a falar sobre suas virtudes, revendo suas realizações religiosas, as quais aparentemente eram muito impressionantes para ele. Ele disse: “jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (Lucas 18.12).

            Este fariseu, que confiava em sua própria justiça, estava muito seguro de sua boa posição diante de Deus. Todavia, ele estava medindo a si próprio com a fita métrica de seus próprios olhos e comparando-se a outros. Entretanto, as Escrituras, que ele reivindicava como seu guia, condenam a justiça própria, como está escrito: “Há aqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia” (Provérbios 30.12). Embora este homem estivesse impressionado com seu comportamento exterior, Deus via a abominação de seu coração ímpio. O Senhor Jesus deixa claro que, enquanto os homens olham para a conduta exterior, Deus olha para o interior, para o coração; como está escrito: “Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus” (Lucas 16.15).

            Portanto, em oração, sejamos gratos pelo sangue de Cristo nos lavar da sujeira que, às vezes, temos em nosso andar, em nosso pensar e, até mesmo, em nosso orar como este fariseu que se auto justificava; supliquemos que o Senhor nos ajude a abraçar humildemente sua perspectiva de justificação, não a do homem.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Grandeza espiritual e humildade infantil

            “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mateus 18.1-4).

            Nosso Deus é grande. Essa é uma das verdades declaradas pelas Escrituras acerca de Deus, como está escrito: “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável” (Salmo 145.3). Visto que fomos criados para conhecer nosso grande Deus, temos um desejo ardente por encontrar a verdadeira grandeza. O caminho falsificado para a grandeza proposto pelo mundo, pela carne e pelo diabo é o da auto exaltação. Temos um exemplo disso em Isaías 14.14, onde o rei da Babilônia diz, “subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. O caminho celestial para se encontrar a grandeza espiritual é por meio da humildade infantil.

Os discípulos perguntaram a Jesus sobre quem tinha verdadeiramente encontrado a grandeza em seu reino. Observe as palavras registradas por Mateus: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?” (Mateus 18.1). Sem dúvida, para seu espanto, Jesus colocou uma pequena criança no meio deles. Mateus registra, “E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles” (Mateus 18.2). Como esta pequena criança poderia fornecer uma resposta adequada à pergunta dos discípulos? As palavras de Jesus devem ter sido surpreendentes para eles e, possivelmente, devem ter tido dificuldade de entende-las. Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos ternardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18.3).

Em primeiro lugar, ninguém pode entrar no reino do Senhor sem passar por uma mudança de atitude, deixando a perspectiva natural da humanidade caída. Possuímos um conceito de vida e de como alcançar a grandeza autossuficiente e auto exaltante, isto é, nos julgamos capazes de fazer viver e adquirir grandeza por nossas próprias forças e capacidade, e fazemos isso visando nossa própria exaltação. A fim de nos tornarmos filhos de Deus, precisamos adotar a perspectiva do Senhor. Em vez de usarmos nossa capacidade para desenvolver uma vida válida (“grandeza”) mediante nossos próprios recurso, devemos assumir a posição de uma criança humilde, inadequada e necessitada, que olha para o Senhor da vida a fim de receber dele a vida eterna. Então, a fim de crescer em grandeza espiritual, devemos desejar continuar no andar diário de humildade infantil. Omo está escrito: “Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus” (Mateus 18.4).

Esse ensino deve ter caído como uma denúncia penetrante sobre seus corações, visto que sua motivação ao perguntar estava baseada sobre seus repetidos debates sobre qual deles era o maior no reino de Cristo. Observe, “Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou-a junto a si e lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande” (Lucas 9.46-48). “Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lucas 22.24-27).

Por isso, em oração diante do grande e tremendo Senhor, confessemos que, com frequência, temos buscado grandeza por meio dos caminhos de auto exaltação deste mundo caído; confessemos que, muitas vezes, temos nos comparado a outras pessoas, considerando que este procedimento nos torna maiores; arrependidos, supliquemos ao Senhor o perdão e a capacitação para andarmos diante dele, dia a dia, como uma criança humilde, necessitada e dependente do grande Rei dos reis.

sábado, 17 de julho de 2021

Escárnio para o escarnecedor, graça para o humilde

             “Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes” (Provérbios 3.34).

            As Escrituras enfatizam o compromisso do Senhor, nosso Deus, de derramar graça sobre aqueles que andam em humildade, enquanto se opõe ao caminho daqueles que andam em orgulho. Esta verdade é vista claramente nas Escrituras, que dizem: “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6); “cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5b); e “O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe” (Salmo 138.6). No texto que inicia essa presente meditação encontramos outro exemplo, onde a Escritura afirma categoricamente: “Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes” (Provérbios 3.34).

            Nos é dada neste texto a certeza absoluta de que o Senhor escarnecerá do escarnecedor. Observe com atenção, “Certamente, ele escarnece dos escarnecedores” (Provérbios 3.34a). O escarnecedor mostra desprezo arrogante para com o Senhor e para com os seus retos caminhos. Ele zomba da piedade e se gaba da perversidade. Ele escarnece do que é justo e reto, e se orgulha da maldade praticada. O Senhor, sem dúvida alguma, escarnece de tal pessoa. O Senhor os tratará com santo desdém. O Senhor rejeitará seus caminhos com santo desprezo.

            Para muitos de nós que temos uma inclinação para com o Senhor, andar de modo escarnecedor não representa um perigo plausível. Contudo, algo das atitudes relacionadas ao andar de modo escarnecedor pode tornar-se parte de nosso andar (mesmo que inadvertidamente). Orgulho e altivez são duas das mais comuns e mais mortais dessas atitudes. Pois a Escritura diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16.18). Estas nocivas companheiras podem ser resumidas como auto exaltação. Uma abordagem da vida como esta sempre resulta em ruínas devastadoras. Estas atitudes e suas consequências são ilustradas de modo mais completo pela história do próprio diabo. Antes de tornar-se o rebelde máximo contra Deus, ele era um ser angélico magnificente e privilegiado. O texto de Ezequiel 28.14-15, que fala de um rei humano, serve de ilustração do que aconteceu com esse ex-querubim; “Tu eras querubim da guarda do ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado até que se achou iniquidade em ti.” Esta iniquidade, desenvolvida pelo diabo, foi a auto exaltação, a soberba. A Escritura deixa claro que o motivo da condenação do diabo foi a soberba; como está escrito, “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo” (1 Timóteo 3.6). Outro texto que ilustra a soberba e a consequente ruína do diabo, embora esteja primeiramente se referindo a um rei humano, é Isaías 14.12-14, que diz: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” Esta altivez de exaltar-se a si mesmo o levou a uma queda desastrosa, a qual será concluída com seu lançamento no “lago de fogo e enxofre” por toda a eternidade; como está escrito: “O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 21.10).

            Escolhamos diariamente andar com os santos humildes de Deus, recusando-nos a nos juntarmos às fileiras dos orgulhosos, com seus projetos de autodesenvolvimento. Pois, como diz a Escritura, “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos” (Provérbios 16.19).

            Então, colocando-nos em oração diante do Senhor, nosso Deus Altíssimo, expressemos arrependimento pelas vezes em que exaltamos a nos mesmos por palavras, atitudes ou ações; renunciemos ao caminho arrogante do autodesenvolvimento tão difundido na humanidade; expressemos nosso desejo sincero de nos identificarmos com os santos humildes de Deus, olhando para o Senhor a fim de nos moldar e usar nossa vida mediante sua graça abundante.

sábado, 10 de julho de 2021

A humildade e o temor do Senhor

            “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riqueza, e honra, e vida” (Provérbios 22.4). “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11.2). “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9.10).

            Muitas de nossas meditações anteriores demonstraram claramente que o andar em humildade é o caminho para se viver pela graça de Deus. Basta lembrar, por exemplo, do que o Espírito diz por meio de Pedro, “cingi-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5c). Nos versículos citados acima vemos que a humildade e o temor do Senhor estão intimamente relacionados.

            A humildade e o temor do Senhor resultam nas mesmas bênçãos. Observe as sábias palavras de Salomão, “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riqueza, e honra, e vida” (Provérbios 22.4). O trio que conclui o versículo (riqueza, honra e vida) são uma descrição do Antigo Testamento da vida que é verdadeiramente abençoada por Deus. A contraparte do Novo Testamento é a plenitude da vida espiritual descrita em João 10.10, onde o Senhor Jesus diz, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. A humildade e o temor do Senhor resultam também em sabedoria; pois a Escritura declara, “mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11.2b); e “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9.10).

            Humildade é o reconhecimento sincero de nossa absoluta necessidade do Senhor trabalhando de modo abrangente em nossa vida dia a dia. O temor do Senhor é o respeito e a reverência para com nosso grande Deus. O temor do Senhor não é um medo que envolve terror ou apreensão; antes, pelo contrário, o temor do Senhor está baseado na profunda admiração e na devoção reverente.

            Aqueles que temem humildemente ao Senhor (ao colocar sua admiração e devoção nele), também abraçam e adotam suas perspectivas e valores. Essas pessoas desenvolvem um ódio pelas coisas que Deus odeia; como está escrito, “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço” (Provérbios 8.13). De modo correspondente, aqueles que têm respeito e reverência para com o Senhor desenvolvem um amor por tudo quanto ele ama. O Senhor ama ver seu povo caminhando em retidão e justiça; como afirma a Escritura, “O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos” (Salmo 146.8); e “Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada” (Salmo 37.28). O Senhor ama Israel, sua nação escolhida, pois a Escritura afirma, “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Deuteronômio 7.7). O Senhor ama sua igreja, os filhos de Deus, pois lemos em sua Palavra, “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por esta razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo” (1 João 3.1). O Senhor ama o mundo, isto é, aqueles que ele escolheu dentre a humanidade e que necessitam conhece-lo; pois esta é a afirmação da Escritura, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

            Por isso, em oração diante do Senhor Deus Todo-Poderoso, humildemente nos curvemos diante dele, reconhecendo nossa absoluta necessidade de tê-lo trabalhando de modo abrangente em nossa vida, dia a dia; expressemos nosso desejo de andar no temor do Senhor, colocando nossa admiração e devoção nele; expressemos também nosso ódio para com tudo quanto ele odeia, bem como nosso amor por tudo quanto ele ama.

sábado, 3 de julho de 2021

Orgulho e desonra ou Humildade e sabedoria

           “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11.2). “Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si a ignomínia” (Provérbios 3.35).

            A fim de viver pela graça de Deus, devemos desejar andar em humildade em vez de em orgulho ou soberba. Pois, como diz a Escritura, “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pedro 5.5). Devemos desejar reconhecer nossa desesperada necessidade de Deus diariamente. Qualquer outra abordagem da vida está baseada no orgulho (que é loucura, suposição errada de que somos capazes de produzir vida por nós mesmos). Aqueles que andam em orgulho ou soberba terminam em vergonha ou desonra.

            As Escrituras descrevem aqueles que caminham insensatamente no orgulho ou soberba, bem como declaram a vergonha ou desonra que experimentam. Observe atentamente as palavras do Espírito Santo por meio de Salomão, “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra” (Provérbios 11.2a); e “mas os loucos tomam sobre si a ignomínia” (Provérbios 3.35b). Um exemplo disso é o modo perverso pelo qual muitos privilegiados e poderosos perseguem o oprimido e o vulnerável. Eles estão demonstrando seu orgulho ou soberba; como está escrito, “Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram” (Salmo 10.2). Sua vergonha ou desonra encontra-se no fato de que eles podem cair nas próprias tramas que têm planejado. Outro exemplo refere-se àqueles que se opõem arrogantemente ao povo de Deus; pois a Escritura afirma, “Isso lhes sobrevirá por causa da sua soberba, porque escarneceram e se gabaram contra o povo do Senhor dos Exércitos” (Sofonias 2.10). Sua vergonha ou desonra foi anunciada como uma esterilidade tão severa que serão comparados ao fim que sobreveio a Sodoma e Gomorra. Observe com atenção a declaração divina, “Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, Moabe será como Sodoma, e os filhos de Amom, como Gomorra, campo de urtigas, poços de sal e assolação perpétua; o restante do meu povo os saqueará, e os sobreviventes da minha nação os possuirão” (Sofonias 2.9).

            Em contraste a esta vergonha e desonra, que sobrevirão ao orgulho ou soberbo, está a sabedoria (e a glória ou honra resultante) que sobrevirá ao humilde. Visto que a Escritura diz: “mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11.2b), e “Os sábios herdarão a terra” (Provérbios 3.35a). Aqueles que andam humildemente diante do Senhor encontram a sabedoria piedosa que está disponível na infalível Palavra do Senhor. Como está escrito, “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices” (Salmo 19.7). Esta sabedoria de Deus traz honra ao humilde que vive por ela; pois a Escritura afirma, “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Provérbios 29.23). Novamente, essa honra para o humilde encontra-se em nítido contraste com o fim miserável e desprezível que o orgulho produz.

            Por isso, em oração diante no Senhor da glória, reconheçamos o quão apropriado é o fato de aqueles que se opõem orgulhosamente a Deus sejam abatidos e terminem em vergonha ou desonra, e supliquemos para não sermos contados ente eles; expressemos o desejo de andar em humildade, e avidamente desejemos reconhecer nossa desesperada necessidade do Senhor todo o dia e todos os dias; expressemos o desejo de sermos compassivos para com os necessitados, de sermos bênção para o povo de Deus, de buscarmos humildemente a sabedoria de sua Palavra, e de sermos um vaso de honra para Deus, por meio de Jesus Cristo.

sábado, 26 de junho de 2021

Mais sobre Josias humilhando-se diante do Senhor

            “Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar o Senhor, assim lhe direis: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca das palavras que ouviste: Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, quando ouviste as suas ameaças contra este lugar e contra os seus moradores, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor. Pelo que eu te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus moradores. Então levaram eles ao rei esta resposta” (2 Crônicas 34.26-28).

            O rei Josias foi um rei piedoso, que purificou a terra das atividades idólatras. Quando a negligenciada Palavra de Deus foi descoberta no templo, ele reagiu humildemente à medida que a ouvia. A Escritura registra que “Tendo ouvido as palavras da lei, rasgou as suas vestes” (2 Crônicas 34.19). Por meio dessa atitude, o rei Josias escapou do julgamento que aquele povo rebelde merecia. Também, a manifestação desta ira apropriada foi postergada para um período após e fim de seu reinado.

            Essas bênçãos da graça estavam relacionadas à resposta humilde de Josias à Palavra de Deus. Seu coração se enterneceu (amoleceu) quando ouviu a Palavra do Senhor. Deus reconhece essa resposta, dizendo, “Porquanto o teu coração se enterneceu” (2 Crônicas 34.26a). A atitude do coração para com as Escrituras é essencial para que uma pessoa experimente a graça de Deus trabalhando em sua vida. A resposta de um coração endurecido à Palavra de Deus não conduz ao recebimento da graça de Deus. Os israelitas, nos dias de Zacarias, são um exemplo disso. O Senhor, seu Deus, lhes enviara sua Palavra, “Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos” (Zacarias 7.11-12).

            A atitude de Josias é um vívido contraste. A Escritura afirma que ele se humilhou diante do Senhor quando ouviu suas ameaças contra aquele lugar e seus habitantes (cf. 2 Crônicas 34.27). Josias fez o que Tiago, mais tarde, convidaria o povo de Deus a fazer, dizendo, “Portanto, despojando-vos de toda a impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tiago 1.21). A humildade de Josias foi tão evidente, que o Senhor a reconhece, dizendo, “e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim” (2 Crônicas 34.27c). O resultado foi que Josias desfrutou da graça de Deus. Seu período de liderança não experimentaria a ira que o povo de Judá merecia por causa de sua rebelião e dureza de coração. O Senhor lhe promete: “Também eu te ouvi, diz o Senhor. Pelo que eu te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus moradores” (2 Crônicas 34.27d-28).

            Assim, em oração diante de nosso amado Senhor, confessemos que nem sempre respondemos em humildade diante de sua Palavra; rendamos graças por sua graça perdoadora; supliquemos por sua graça transformadora, supliquemos que ele molde nosso coração e o transforme em um vaso novo que receba sua Palavra, dia a dia, com mansidão e como alguém que está faminto.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Josias humilha-se diante do Senhor

             “Então, disse Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do Senhor. [...] Tendo o rei ouvido as palavras da lei, rasgou as suas vestes. Ordenou o rei a Hilquias, a Aicão, filho de Safã, a Abdom, filho de Mica, a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do rei, dizendo: Ide e consultai o Senhor por mim e pelos restantes de Israel e Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós, porquanto nossos pais não guardaram as palavras do Senhor, para fazerem tudo quanto está escrito neste livro” (2 Crônicas 34.15, 19-21).

            Quando Nabucodonosor e Manassés se humilharam perante o Senhor, nosso grande Deus derramou maravilhosa graça sobre esses reis anteriormente ímpios e arrogantes. Certamente, não é necessário primeiro ser rebelde a fim de ser humilhado e tornar-se recipiente da graça de Deus. Essa verdade é ilustrada no fato de Josias humilhar-se diante do Senhor.

            Josias começou a reinar em Jerusalém ainda muito jovem. A Escritura registra, “Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém” (2 Crônicas 34.1). Quando ele estava em sua adolescência, ele começou a buscar o Senhor; como está escrito: “Porque, no oitavo ano de seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai” (2 Crônicas 34.3a). Sua busca por Deus o levou a servir ao Senhor fiel e corajosamente, destruindo os utensílios de idolatria; como registra a Escritura: “e, no duodécimo ano, começou a purificar a Judá e a Jerusalém dos altos, dos postes-ídolos e das imagens de escultura e de fundição. Na presença dele, derribaram os altares dos baalins; ele despedaçou os altares do incenso que estavam acima deles; os postes-ídolos e as imagens de escultura e de fundição, quebrou-os, reduziu-os a pó e o aspergiu sobre as sepulturas do que lhes tinham sacrificado” (2 Crônicas 34.3b-4).

            Mais tarde, ele ordenou que o templo fosse restaurado. O registro bíblico diz: “No décimo oitavo ano do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa, enviou a Safã, filho de Azalias, a Maaséias, governador da cidade, e a Joá, filho de Joacaz, cronista, para repararem a Casa do Senhor, seu Deus” (2 Crônicas 34.8). Ali, aqueles homens encontraram cópias da Palavra de Deus, as quais tinham sido negligenciadas por muitos anos. A Escritura simplesmente diz: “Então, disse Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei do Senhor” (2 Crônicas 34.15). Imediatamente, aqueles homens tomaram os preciosos escritos e os levaram ao rei Josias. Ao ouvir a leitura daqueles escritos, diz a Escritura, o rei “rasgou as suas vestes”

            O Senhor tinha instruído seus líderes a governarem com base na verdade de sua Palavra. O Senhor ordenou: “Também, quando se assentar no trono do seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir” (Deuteronômio 17.18-19). Josias foi humilhado sob intensa tristeza, sabendo que sua antepassados foram negligentes para com a Palavra de Deus, de fato, ele mesmo fora negligente, e que o julgamento divino era justo. Observe suas palavras: “porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós, porquanto nossos pais não guardaram as palavras do Senhor, para fazerem tudo quanto está escrito neste livro” (2 Crônicas 34.21b).

            Diante disso, em oração ao Senhor, nosso Deus, examinemos a nós mesmos com a pergunta: “Meu coração fica despedaçado quando vejo o modo pelo qual a Palavra de Deus é negligenciada hoje? Em oração, reconheçamos que os líderes da nossa nação geralmente ignoram as Escrituras, que muitos líderes eclesiásticos abrem mão delas, e que, por vezes, nós mesmos não damos a devida atenção à Palavra de Deus; e supliquemos que o Senhor nos torne como Josias nestes dias maus.