sábado, 26 de dezembro de 2020

Davi dependendo da bondade do Senhor

             “Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que à tua destra buscam refúgio dos que se levantam contra eles” (Salmo 17.7). “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração” (Salmo 36.10). “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (Salmo 63.3). “Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma” (Salmo 143.8).

            Existem muitas razões para que Davi seja um maravilhoso exemplo sobre como o povo de Deus do Antigo Testamento vivia pela graça de Deus. Anteriormente, vimos que Davi confessou o senhor como sua força e como seu refúgio. Usando suas próprias palavras: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Salmo 27.1). “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62.8).

            Bondade é um termo do Antigo Testamento que está intimamente relacionado ao termo graça do Novo Testamento. Esse termo fala do amor zeloso, leal e constante de Deus para com seu povo. Esse termo inclui a verdade de que Deus é misericordioso (isto é, ele providencia um meio de reter ou retardar o julgamento que nossos pecados merecem). Todavia, esse termo vai além desse aspecto maravilhoso. Bondade também inclui benignidade (isto é, seu compromisso de fazer coisas boas em favor de seus filhos, dia a dia, suprindo todas as necessidades de nossa vida).

            Na frequente referência de Davi a esse termo e em sua confiança na bondade de Deus, encontramos muito discernimento sobre o significado desse termo, e muita apreciação por ele. Observe atentamente o que ele diz: “Mostra as maravilhas da tua bondade” (Salmo 17.7a). Davi tinha um profundo desejo de que o Senhor demonstrasse as maravilhosas realidades de sua bondade por meio de seu andar diário. Ele sabia que a bondade do Senhor era o que realmente fazia da vida o que Deus pretendia que ela fosse. “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (Salmo 63.3). Davi louvava a Deus por sua fiel bondade para com ele, a qual era muito melhor e ia muito mais além, simplesmente por desfrutar das coisas naturais que a vida oferece a todos que vivem. O Senhor é bom para com todos os que vivem nesta terra. Como está escrito: “porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Contudo, sua bondade é mostrada para com aqueles que possuem um relacionamento verdadeiro com ele pela fé. Davi desejava esta bondade como seu suprimento contínuo. Ele diz: “Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração” (Salmo 36.10).

            Davi busca ao Senhor para que este opere sua bondade, desde o amanhecer e por todo o dia; como ele mesmo declara: “Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma” (Salmo 143.8). A medida que o Senhor derramava seu amor leal e contínuo, Davi dava glória a Deus no meio de seu povo; como ele mesmo diz: Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade” (Salmo 40.10).

            Por conseguinte, em oração ao deus de bondade, sejamos gratos a ele por se amor zeloso, leal e constante para conosco através dos anos; supliquemos que ele continue tendo misericórdia de nós, que continue mostrando sua grade bondade para conosco, e que nos ajude a proclamar para os outros a sua maravilhosa bondade.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Davi confessando a Deus como seu refúgio

             “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62.8). “Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32.7).

            Davi, com frequência, confessa a Deus como seu refúgio. Este é outro indicador de que ele viveu de modo característico pela graça de Deus (isto é, mediante a confiança de que Deus trabalha a seu favor).

            A necessidade ou o desejo de encontrar um refúgio (um lugar de abrigo ou proteção) é comum entre a humanidade. As tempestades da vida podem nos sobrevir com crueldade. De modo circunstancial, elas podem ser como se a advertência profética de Ezequiel esteja sendo cumprida sobre nós, quando ele diz: “Visto que andam enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo: Paz, quando não há paz, e quando se edifica uma parede, e os profetas a caiam, dize aos que a caiam que ela ruirá. Haverá chuvas de inundar. Vós, ó pedras de saraivada, caireis, e tu, vento tempestuoso, irromperás” (Ezequiel 13.10-11). Nós ansiamos por um abrigo. Em outras vezes, ameaças e perigos parecem nos espreitar em cada canto. De modo experimental, eles poder ser como se estivéssemos revivendo as experiências de Davi. Como ele as descreve: “Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam” (Salmo 18.4-5). Nós ansiamos por um lugar de proteção. Davi sabia para onde se virar em busca de refúgio quando as dificuldades se multiplicavam. Ele diz: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmo 46.1). Nosso lugar de abrigo e proteção não é um lugar, mas uma pessoa. Quando as dificuldades surgem, podemos nos voltar para ele. Ele está totalmente à disposição para ajudar-nos (“socorro bem presente”). Sempre que exercitamos nossa confiança nele, sempre que derramamos nosso coração diante dele em oração, podemos desfrutar do Senhor como nosso refúgio. Como está escrito: “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62.8).

            Em outras ocasiões, não estamos muito ansiosos por um refúgio (um lugar de abrigo e proteção), estamos procurando um lugar de esconderijo (uma solidão secreta). Quando isto ocorre, facilmente nos identificamos com o desejo de Davi de fugir. Como ele diz: “Então, disse eu, quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto” (Salmo 55.6-7). Bem, o Senhor Deus tem mais boas novas para nós. Como Davi aprendeu, O Senhor está desejoso e é capaz de ser este lugar de esconderijo. Como está escrito: “Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32.7). Sempre que nos voltamos para o Senhor e lhe permitimos cercar-nos com cânticos de seu poder libertador, podemos desfrutar do Senhor como nosso lugar de esconderijo. Sem dúvida, um meio prático de ser cercado pelos “cânticos de livramento” de Deus é gastar tempo lendo reverentemente o livro dos Salmos. Os Salmos são cânticos de resgate divinamente inspirados por Deus.

            Portanto, colocando-nos em oração diante de Deus, o nosso refúgio, reconheçamos nosso frequente desejo de estar abrigados e protegidos; supliquemos que ele nos conceda encontrar abrigo e proteção mediante o curso da oração. Considerando Deus como o nosso esconderijo, reconheçamos nosso frequente desejo de fugir para um lugar secreto de solidão; rendamos graças por podermos encontra-lo mediante a sua mensagem de livramento, a qual o Senhor nos concede em sua Palavra.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Davi confessando a Deus como sua força

            “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? (Salmo 27.1) “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que meu refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte” (Salmo 18.2).

            Viver pela graça envolve depender de Deus trabalhando em nossa vida. Considerando a maios parte de sua vida, Davi foi um excelente exemplo deste tipo de vida no Antigo Testamento. Certamente, isto fica evidente no modo pelo qual Davi frequentemente confessa o Senhor como sua força.

            É requerido, de cada adulto que vive neste mundo caído, força para lidar com as responsabilidades e desafios a cada dia. Quando você adiciona a isto o chamado e o desejo que os crentes têm de agradar e honrar a Deus, muito mais força é necessária dia a dia. Davi confessou o senhor como sua força para viver. Observe o que ele disse: “O Senhor é a fortaleza da minha vida” (Salmo 27.1b). Quão maravilhoso é saber que o Senhor está conosco para conceder-nos força em cada área e aspecto de nossa vida, quer em casa, no trabalho, no ministério, ou seja em que for.

            Em nossa peregrinação terrena, precisamos de força para permanecer no curso. O mundo, a carne e Satanás querem nos impedir de prosseguir no caminho perfeito do Senhor. Davi encontrou no Senhor a força para suprir essa necessidade também. Como está escrito: “O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho” (Salmo 18.32). Às vezes, quando andando ao longo do caminho de vida designado para nós, caímos nas armadilhas das redes circunstanciais, aprisionados pelo inimigo de nossa alma. Quando Davi experimentou essas armadilhas, ele clamou a Deus, pedindo a força necessária. Como a Escritura registra: “Tira-me do laço que, às ocultas, me armam, pois tu és a minha fortaleza” (Salmo 31.4). Em outras ocasiões ao longo do nosso caminho, o problema não é uma armadilha, mas uma guerra generalizada. Novamente, Davi encontrou a força que necessitava em seu Senhor. Como ele mesmo testemunha: “Pois de força me cingiste para o combate e me submeteste os que se levantaram contra mim” (Salmo 18.39).

            Às vezes, a necessidade de força diz respeito ao que está saindo de nosso interior (ou fluindo de dentro de nós). Os pensamentos que pensamos e as palavras que falamos podem precisar estar novamente ancoradas na vontade do Senhor. Davi também sabia como voltar-se para Deus em busca dessa força essencial. A Escritura registra: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, senhor, rocha minha e redentor meu” (Salmo 19.14). Quando se sentiu enfraquecido por dentro e tropeçou no erro, Davi ainda sabia para onde voltar-se em busca da única ajuda que sempre se provará suficiente. Como a Escritura relata: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Salmo 73.26). Qualquer que fosse a força necessária, Davi aprendeu a confiar no Senhor. Observe atentamente sua confissão, observe as palavras relacionadas a força e a fortaleza: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? (Salmo 27.1) “O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que meu refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte” (Salmo 18.2).

            Por isso, orando ao Senhor, nossa força, reconheçamos nossa necessidade de sermos fortalecidos por ele para enfrentarmos as responsabilidades diárias, para permanecermos no caminho que ele traçou para nós; para enfrentarmos as batalhas periódicas; para lidar com as fraquezas interiores; supliquemos que ele nos fortaleça, que ele seja a nossa força.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Josué conduzindo o povo na vitória de Deus

            “Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eia que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários? Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?” (Josué 5.13-14)

            Quando Moisés, por causa da batalha, dirigiu Israel para o Senhor, ele estava ensinando o povo de Deus a viver pela graça (o que envolve Deus trabalhar a favor de seu povo). Como está escrito: “Pois o Senhor, vosso deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar” (Deuteronômio 20.4). Josué demonstrou essa mesma verdade quando conduziu o povo na vitória de Deus na batalha de Jericó.

            Antes dessa primeira batalha, em Jericó, Deus deu a Josué a oportunidade de submeter-se ao Senhor como o Comandante do exército de Israel. Observe atentamente o que nosso texto diz: “Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eia que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários?” (Josué 5.13) O Senhor apareceu a Josué na forma de um soldado, equipado para a batalha. Josué perguntou a esse homem se ele era a favor de Israel ou contra. O Senhor respondeu que esta não era uma questão de estar a favor ou contra, mas que ele era responsável por Israel. O Senhor diz: “Não; sou príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?” (Josué 5.14) É neste ponto que Josué se entrega completamente ao senhor como o líder do exército de Deus. Para haver vitórias, quaisquer que fossem, elas teriam de ser fornecidas pelo comandante divino.

            Em Jericó, o Comandante divino faria os muros caírem, a medida que seu povo confiasse humildemente nele, e marchasse obedientemente ao redor da cidade. Como a Escritura registra: “Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantando grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram” (Josué 6.20). Em Ai, o Comandante deu a Josué uma estratégia de cilada bifurcada. A Escritura registra: “Deixemo-los, pois, sair atrás de nós, até que os tiremos da cidade; porque dirão: Fogem diante de nós como dantes. Assim, fugiremos diante deles. Então, saireis vós da emboscada e tomareis a cidade.; porque o Senhor, vosso Deus, vo-la entregará nas vossas mãos” (Josué 8.6-7). Contra o rei dos amorreus, grandes pedras de granizo e um dia longo, de mais de 24 horas, foram usados pelo Comandante para conceder a vitória. Observe o registro da Escritura: “Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, fez o Senhor cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedra do que os mortos à espada pelos filhos de Israel. Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou dos seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro” (Josué 10.11-13). Quer por meio de ordens perplexas de marcha, quer por meio de “fenômenos naturais”, quer por meio de estender o tempo de modo miraculoso, o Comandante levou à vitória.

            Assim, em oração ao Deus Todo-Poderoso de Israel, reconheçamos que o Senhor é o único responsável por nossas batalhas, o único que peleja por nós; roguemos que ele mesmo nos ajude a permitir que ele produza a vitória por qualquer meio que ele desejar – perplexo, compreensível, “natural” ou miraculoso.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Moisés apontando para o Senhor com relação a batalha

             “Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegueis à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizareis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar” (Deuteronômio 20.2-4).

            Moisés é outro exemplo dentre aqueles que viveram pela graça no Antigo Testamento. Ele sabia da necessidade de depender da suficiência de Deus, em vez de depender dos recursos inadequados do homem. Uma ilustração disto é vista quando ele leva Israel a olhar para o Senhor com relação a batalha.

            Quando os filhos de Israel entrassem na Terra prometida, inúmeras batalhas seriam colocadas diante deles. Essas batalhas eram inevitáveis, visto que as nações ímpias tinham se estabelecido e estavam entrincheiradas na terra. Observe o que o Senhor diz a esse respeito: “Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o Senhor, teu Deus, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o Senhor, teu deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (Deuteronômio 9.5). Assim, a história de Israel documenta uma batalha após a outra.

            Moisés anunciou a verdade que o povo do Senhor precisa ouvir a medida que a batalha se aproxima. Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegueis à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizareis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar” (Deuteronômio 20.3-4). Frequentemente, quando ocorre a batalha, os inimigos parecem invencíveis. A Escritura adverte sobre esse sentimento, dizendo, “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu” (Deuteronômio 20.1). A tentação natural é desfalecer, ter medo, tremer e ficar aterrorizado. Outra tentação é tentar medir forças com o inimigo, cavalo por cavalo, carro por carro. As Escrituras advertem sobre a inutilidade de voltar-se para os recursos terrenos. Pois está escrito: “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque são muitos, e em cavaleiros, porque são mui fortes, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao senhor!” (Isaías 31.1).

            Moisés sabia que o povo de Deus precisava ser lembrado de que o Senhor deseja ser nossa esperança. Quando devemos enfrentar as batalhas da vida, o Senhor nos acompanha. Como está escrito: “pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar” (Deuteronômio 20.4). Ele está conosco não apenas para nos confortar, mas também para batalhar por nós, em nosso favor. Observe atentamente o que a Escritura afirma: “O Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos”. O Senhor pode lutar em favor de seu povo em uma variedade ilimitada de modos. Ele pode mudar o coração daqueles que se opõem a nós. Ele pode levar os planos dos inimigos ao fracasso total. Ele pode fazer os inimigos caírem nas próprias armadilhas de seus planos malévolos. Ele pode fazer nossos inimigos retrocederem e devorarem-se uns aos outros. Ele pode salvar-nos de modo eficaz por meio de qualquer caminho que escolher.

            Por isso, em oração diante do Senhor, nosso Defensor, reconheçamos que enfrentamos muitas batalhas que nos deixam intimidados e aterrorizados; reconheçamos que, algumas vezes, nossa esperança é colocada sobre nossas próprias estratégias terrenas ou na ajuda que o homem pode oferecer; tomemos a decisão de olhar novamente para o Senhor, para sua promessa de estar conosco, de batalhar por nós e de nos salvar por meio do caminho que ele escolher.

sábado, 21 de novembro de 2020

Josué e Calebe entrando na terra prometida

            “Certamente, os varões que subiram do Egito, de vinte anos para cima, não verão a terra  que prometi com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, porquanto não perseveraram em seguir-me, exceto Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, porque perseveraram em seguir ao Senhor” (Números 32.11-12)

            Aqueles que vivem pela fé humilde entram na plenitude das provisões da graça de Deus. Visto que está escrito: “Antes, ele dá maior graça, pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6). “Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2). Josué e Calebe ilustram esta verdade mediante a entrada na Terra Prometida.

            Como temos visto, a grande salvação de Deus é tanto “de” quanto “para”. Como diz a Escritura: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1 João 3.14). Além disso, esta vida que nos tem sido dada deve ser experimentada em abundância; pois a Escritura afirma: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10). A chamado de Israel, pelo Senhor, da escravidão no Egito para a abundância na terra retrata essa verdade. Observe a declaração da Escritura: “Por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e amplo, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu” (Êxodo 3.8).

            Josué e Calebe foram os únicos israelitas adultos daquela primeira geração que “entraram na abundância” do chamado de Deus. Somente eles entraram na terra. Leia atentamente as palavras do nosso texto base, “Certamente, os varões que subiram do Egito, de vinte anos para cima, não verão a terra  que prometi com juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, porquanto não perseveraram em seguir-me, exceto Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, porque perseveraram em seguir ao Senhor” (Números 32.11-12). No caso de Josué, ele não apenas entraria na terra, mas lideraria Israel para desfrutar da vitória de Deus. A Escritura diz: “Chamou Moisés a Josué e lhe disse na presença de todo o Israel: Sê forte e corajoso; porque, com este povo, entrarás na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a teus pais; e tu os farás herdar” (Deuteronômio 321.7). No caso de Calebe, igualmente, ele não apenas entraria na terra, mas seria fortalecido pela fé mesmo em sua idade avançada. Pois é dito sobre ele: “Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate” (Josué 14.11).

            Diferentemente de Josué e Calebe, os demais israelitas seguiram o chamado do Senhor para sair do Egito, mas não o seguiram para entrar na terra. Muitos cristãos repetem esse mesmo erro hoje. Eles seguem ao Senhor quando este os tira da morte espiritual no pecado e na culpa. Eles “saem do Egito”. Eles são perdoados de seus pecados. Eles possuem nova vida em Cristo. Contudo, eles não seguem ao Senhor para “entrar na terra”. Eles não seguem, pela fé, para a abundância de vida. Eles não seguem ao Senhor em humilde dependência para transformação, para frutificação, para uma vida de vitória espiritual.

            Em face disso, coloquemo-nos diante de Deus em oração, agradecendo por nos tirar do Egito de nossa escravidão espiritual; como Josué e Calebe, desejemos seguir ao Senhor de modo integral para a plenitude, abundância, na qual ele deseja que caminhemos.

sábado, 14 de novembro de 2020

Vivendo no Antigo Testamento pela graça de Deus

            “E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o amparo; o Senhor é conosco; não os temais” (Números 14.6-9).

            Podemos encontrar, por todo o Antigo Testamento, exemplos de pessoas vivendo pela graça de Deus. Pode ser que eles não foram capazes de descrever suas experiências em termos de graça. Todavia, sua confiança em Deus, no sentido de Deus trabalhar em seu favor, é tão válida quanto a nossa. Viver pela graça envolve em ação na vida das pessoas. Embora elas tenham nascido sob a lei, elas não viveram por meio da lei. A lei não fornecia recursos para a vida. Sem Deus estar em ação, o único recurso provém da carne, da suficiência natural humana. E esta suficiência humana sempre é inadequada para se viver como Deus propõe. Josué e Calebe foram dois homens que compreenderam que esta suficiência de Deus (sua graça) era a única esperança confiável.

            Doze israelitas tinham retornado da espionagem da Terra Prometida. Dez deles tinham uma perspectiva similar, a saber, “Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. [...] Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Números 13.27-28, 31. Seu relatório negativo estava baseado no que eles viram, a avaliação levou em conta seus recursos próprios. Mediante essa avaliação, eles concluíram: “Não poderemos subir contra aquele povo”. Eles estavam comparando dois conjuntos de recursos humanos, visto que disseram: “porque é mais forte do que nós”.

            Josué e Calebe ficaram profundamente aflitos por causa dessa avaliação inadequada. A Escritura diz: “E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes” (Números 14.6). Eles sabia que a perspectiva dos dez espias ignorava o que Deus tinha prometido e o que Deus podia fazer. Observe o que eles dizem: “Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel” (Números 14.8). Josué e Calebe compreenderam que este relatório da maioria, o qual era baseado na visão humana e nas capacidades humanas, de fato, era uma forma de rebelião contra o Senhor. Por isso, disseram: “Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o amparo” (Números 14.9). A rebelião dos dez espias estava em ter medo do homem e em não confiar em Deus. Todos os filhos de Israel precisavam ser lembrados de que o Senhor estava comprometido com eles; por isso, Calebe e Josué acrescentam: “O Senhor é conosco; não os temais” (Números 14.9). O Senhor desejava e era capaz de dar-lhes a terra.

            Por isso, em oração diante do Deus Todo-Poderoso, lembremo-nos de que o relato da maioria frequentemente está baseado na visão humana e nos recursos terrenos; roguemos que o Senhor nos ajude a ser como Josué e Calebe; expressemos o desejo de ter uma perspectiva que esteja baseada no que o Senhor tem prometido e no que ele é capaz de fazer.

sábado, 7 de novembro de 2020

A certeza acerca de todas as promessas de Deus

            “Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim. Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio” (2 Coríntios 1.19-20).

            Como temos visto, algumas das promessas de Deus são “mui grandes e preciosas”. Outras são muito “impopulares”. A primeira categoria de promessas traz encorajamento, força, esperança e conforto. Por exemplo, “O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo; a tua misericórdia, ó Senhor, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos” (Salmo 138.8). A segunda categoria adverte, desperta, humilha e prepara. Por exemplo, “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12). Todavia, quer abracemos alegremente uma “preciosa” promessa ou lutemos contra uma promessa “impopular”, existe a certeza absoluta de que todas as promessas de Deus serão cumpridas. Os versículos de nossa presente meditação expõem a base dessa certeza. A certeza está relacionada com a própria natureza de Jesus Cristo.

            Quando o apóstolo Paulo e sua equipe missionária pregava acerca do Senhor Jesus, essa pregação não era uma mensagem do tipo “sim e não”. Observe o que a Escritura diz: “Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, [...] não foi sim e não; mas nele sempre houve o sim” (2 Coríntios 1.19). O caráter e a mensagem de Jesus não são caracterizados pela incerteza. Ele é fiel e seguro. A mensagem concernente a ele, bem como as mensagens proclamadas por ele, é “sim”. São todas realidades garantidas. Não é que Jesus pode ser o Filho de Deus. Ele certamente é quem diz ser, o Filho de Deus. Não é que Jesus pode salvar, ou seja capaz de salvar, aquele que clama por ele. A salvação oferecida por Cristo é totalmente segura e certa. Não é uma possibilidade, mas uma realidade. Não é uma incerteza, mas uma certeza absoluta. Não é que algumas de suas promessas possivelmente possam ser cumpridas. Antes, todas elas serão cumpridas de modo absoluto. Ezequiel declarou esta verdade acerca da divindade, dizendo: “Porque eu, o Senhor, falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá e não será retardada; porque, em vossos dias, ó casa rebelde, falarei a palavra e a cumprirei, diz o Senhor Deus. [...] Portanto, dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Não será retardada nenhuma das minhas palavras; e a palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor” (Ezequiel 12.25, 28). Mais tarde, o apóstolo João adicionou uma palavra particular acerca de nosso confiável Salvador, dizendo: “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5). Não causa admiração, então, que “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto por ele é o amém para glória de Deus” (2 Coríntios 1.20). Nosso Deus está dando os passos para fazer fielmente tudo quanto ele declarou em cada uma de suas promessas. O resultado será de grande glória para ele, à medida que ele cumpre suas promessas em nossas vidas e por meio delas.

            Dia a dia, por toda a família de Deus, alguns cristãos vivem na abençoada certeza das promessas de Deus, enquanto que outros, não. A diferença determinante é a fé versus a incredulidade. Josué e Calebe entraram na terra prometida; o restante daquela geração não pode “entrar por causa da incredulidade” (Hebreus 3.19).

            Em face dessas coisas, coloquemo-nos diante de nosso Senhor, em oração, expressemos nosso desejo de sermos cristãos da promessa, vivendo pela fé em suas promessas para conosco; rendamos graças por Deus torna-las tão simples e acessíveis; reconheçamos que Deus se agrada em faze promessas a nós, e que nós desejamos confiar em que ele as cumprirá; e nos regozijemos no fato de que todas as suas promessas têm o Sim e o Amém em Cristo Jesus, nosso Senhor.

sábado, 31 de outubro de 2020

Uma promessa "impopular" concernente à perseguição

            “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12).

            Retornemos à categoria de promessas “impopulares” para uma visita final. Essa promessa assegura a perseguição para os crentes sérios em Jesus Cristo. Em uma igreja mundana, onde muitos apreciam o conforto e a popularidade, essa promessa não é bem-vinda.

            Essa promessa é feita àqueles que desejam viver uma vida de piedade, pois observe o que está escrito: “Todos quantos querem viver piedosamente”. Piedade é a vontade do Senhor para seu povo. Isto é o que lemos nas Escrituras, por exemplo, “Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1 Timóteo 6.11). Nosso Senhor declarou que há grande bênção para aqueles que têm um ardente amor pela vida piedosa. Ele disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5.6a). Observe atentamente que a bênção é a garantia de Deus de satisfazer aquela justiça que o coração deseja. Como está escrito: “Porque serão fartos” (Mateus 5.6b).

            Todavia, temos visto que não é apenas a satisfação com a justiça que é prometida àqueles que desejam andar em piedade. Também é prometido perseguição. A declaração da Escritura é precisa e clara, ela diz: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12). Observe a precisão e clareza da última parte da declaração, “serão perseguidos”. Observe, também, a dimensão compreensiva e inescapável dessa promessa, “Todos quantos querem viver piedosamente [...] serão perseguidos”. Não há exceção. Não há isenção. Todos quantos, significa qualquer um, ou cada um que desejar viver de modo piedoso será perseguido. Ninguém que viva piedosamente em Cristo será deixado de fora, ficará isento, da perseguição.

            Todo aquele que deseja sinceramente seguir ao Senhor Jesus Cristo experimentará as consequências que ele mesmo enfrentou quando ele andou em justiça. Em seu período de vida terrena, o Senhor avisou seus discípulos acerca dessa realidade. Ele disse: “lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (João 15.20). O Senhor Jesus não foi universalmente saudado por seu caminhar justo. Ele enfrentou oposição, zombaria, conspiração e traição. Não precisamos ficar assustados quando nos sobrevierem porções de perseguições semelhantes.

            Sem dúvida, essa promessa de perseguição não é dada para nos desencorajar de continuar no caminho da piedade. Antes, ela é oferecida para nos preparar para as dificuldades que certamente virão à medida que crescemos na semelhança a Cristo. O Senhor, entretanto, adiciona graciosos encorajamentos à piedade, de modo que sejamos fortalecidos a prosseguir em sua santa vontade nesta questão. Ele diz: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.10). As perseguições podem servir para nos lembrar de que estamos sendo conduzidos para o reino dos céus. As perseguições podem servir para trazer-nos medidas celestiais da graça sustentadora ao longo do caminho.

            Por isso, em oração diante do Senhor justo, expressemos nosso desejo de andar em seus caminhos de justiça; supliquemos que ele fortaleça nosso coração com sua graça, para que possamos continuar em piedade; supliquemos sua ajuda, para que nunca recuemos ainda que perseguições sejam asseguradas; supliquemos sua ajuda para permanecermos fieis, mesmo quando as perseguições se tornem severas; expressemos nossa confiança em suas promessas de auxiliar-nos em nossas lutas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Mais sobre a mui preciosa promessa de vida compartilhada

            “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.4). “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, essa dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.4-5).

            Essa promessa de vida compartilhada faz parte, então, das “preciosas e mui grandes promessas”, que fazemos bem considerar um pouco mais. Ser “coparticipante da natureza divina” (sem tornarmo-nos nós mesmos divinos) é um conceito difícil de compreender. As Escrituras claramente nos convidam a viver dia a dia por meio de Cristo compartilhando sua vida conosco. Observe com atenção o que a Escritura diz: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20a). Todavia, como o andar nesta verdade pode parecer muito evasivo, precisamos de algo mais concreto para nos ajudar no seu entendimento. Por isso, em seu ensino sobre a videira e os ramos, Jesus forneceu uma maravilhosa ilustração natural desta tremenda realidade espiritual.

            O exemplo visível de Jesus envolve videira, ramos e uvas, que são o potencial resultado. Para que as uvas cresçam, um fluxo de vida apropriado deve estar disponível e desenvolvendo-se para a maturidade. Os ramos não possuem esta vida em si mesmos. O Senhor Jesus diz: “Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo” (João 15.4b). A fim de produzir uvas, os ramos devem participar da vida da videira. Como ensina o Senhor: “se não permanecer na videira” (João 15.4c). Esta verdade pode ser demonstrada de forma irrefutável mediante o separar um ramo de sua videira. Nenhuma uva jamais será produzida nos ramos se a vida da videira não estiver fluindo através dos ramos. A vida da videira é essencial.

            A aplicação espiritual refere-se a Jesus como a videira, e a nós como os ramos. Pois está escrito: “Eu sou a videira, vós, os ramos” (João 15.5a). Para que o fruto semelhante ao de Cristo seja desenvolvido em nós, a vida apropriada deve estar disponível a nós e amadurecendo em nós. Nós, os ramos, não temos vida em nós mesmos, por isso “nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim” (João 15.4d). Essa verdade é demonstrada diariamente de modo lamentável por cristãos que vivem de modo autossuficiente, não dependendo da vida que está em Cristo, a videira. A declaração de Jesus é enfática, ele diz: “Porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5b). A vida cristã no dia a dia somente é possível por meio da vida compartilhada de Jesus em ação através de nós.

            Uma vez mais, somos lembrados de que a humildade e a fé são as aplicações práticas para se viver como Deus planejou. Devemos depender humildemente de Jesus, a fim de termos uma vida frutífera verdadeira, exatamente como os ramos devem depender de suas videiras para produzir uvas.

            Portanto, em oração, rendamos graças a Deus por não termos de produzir vida verdadeira em nós mesmos ou por nossos próprios recursos; supliquemos que o Senhor nos ensine a viver por meio de sua vida compartilhada; firmemos o propósito de permanecer nele humilde e dependentemente, a fim de desfrutarmos sua vida em nós e por nosso intermédio.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A mui preciosa promessa de vida compartilhada

            “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar (porque está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro’), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14).

            Aqui, alcançamos o coração das “mui grandes e preciosas promessas” de Deus. Por meio dessa promessa, o Senhor torna possível para nós a participação em sua vida, pois a Escritura diz: “para que por elas (as promessas de Deus) vos torneis coparticipantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4b).

            Que perspectiva extraordinária é esta – que um homem possa participar da natureza divina. Todavia, as promessas de Deus tornam isto disponível ao homem. Sem dúvida, isto não significa que o homem se torna divino (como muitas falsas religiões e algumas aberrantes teologias sustentam). Somente Deus é, e sempre será, divino. Leia atentamente o que a Escritura afirma: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaías 46.9). Entretanto, o homem pode participar da vida de Deus, mesmo que ele nunca se torne “um deus” em si mesmo. Isto é realizado por meio de Jesus Cristo vindo habitar dentro das vidas daqueles que creem nele. O Senhor Jesus morreu por nós a fim de que ele pudesse dar vida para nós. Observe o que a Escritura diz a esse respeito: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47). “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.53-56) Esta vida que Jesus deseja compartilhar conosco é sua própria vida. Pois está escrito: “Disse-lhe jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25); “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

            O apóstolo Paulo ensinou essa grande verdade de modo extensivo, dizendo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus” (2 Timóteo 1.1). Ele entendeu que seu ministério apostólico não estava ancorado apenas na vontade de Deus, mas também dependia da vida que Deus prometera. Assim, ele confessou Cristo como sua própria vida, dizendo: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória” (Colossenses 3.4). E “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2.19-20). O Senhor Jesus era a fonte da vida de Paulo.

            É acerca disso que a promessa do Espírito fala; pois está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele mesmo maldição em nosso lugar [...], para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3.13-14). No novo nascimento, o Espírito Santo também vem habitar naqueles que creem. O Espírito revela essas verdades a nós por meio da Palavra de Deus. Então, o Espírito derrama a vida de Cristo dentro de cada filho humilde e dependente de Deus. Como está escrito: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho falado são espírito e vida” (João 6.63).

            Portanto, em oração rendamos graças ao Senhor Jesus por tornar sua vida disponível para nós; reconheçamos que esta é uma promessa preciosa; e supliquemos que ele nos faça andar segundo seu Espírito, a fim de que sua vida seja expressa dentro de nossa vida, dia a dia.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Uma promessa profética "impopular" sobre a apostasia

      “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1 Timóteo 4.1-2).

     Enquanto continuamos a alternar entre “preciosas promessas” e promessas “impopulares”, chegamos à profecia profética sobre a apostasia. Entre aquelas pessoas que, atualmente, estão se arrastando para a apostasia, esta promessa certamente é “impopular”. Além disso, em uma igreja terrena, que aceita erroneamente o que soa positivo e rejeita o que soa negativo (em vez de rejeitar o erro e aceitar a verdade), esta promessa frequentemente é recebida com desinteresse, ou pior, com desprezo.

     Pela expressão “fé”, neste texto, a Escritura quer dizer a mensagem da Palavra de Deus, o conjunto de verdades que constitui a crença da Igreja de Cristo. Devemos colocar nossa fé, nossa confiança, na verdade divina. A “fé” inclui, especialmente, as boas novas da graça salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo. Nossa presente promessa nos avisa de antemão que, num tempo futuro, existirão aqueles que apostatarão da fé, ou abandonarão a fé (o conjunto de verdades da Escritura), à medida em que os dias se aproximarem mais e mais do final dos tempos, ou da volta de jesus Cristo. Pois a Escritura que “O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé” (1 Timóteo 4.1a). Considerando que o apostatar é um abandono ou uma partida, parece que essas pessoas que apostatarão aderem à Palavra de Deus por algum tempo. Depois, elas viram as costas para as Escrituras e se afastam delas. Se elas permanecem na igreja terrena, sua mensagem não refletirá mais o verdadeiro conteúdo das Escrituras. O apóstolo Pedro oferece uma advertência semelhante, dizendo: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2.1). Tão certo quanto Israel teve falsos profetas, a igreja tem falsos mestres.

      O apóstolo Paulo fornece algumas percepções acerca do caminho de apostasia dessas pessoas. Elas dão ouvidos e obedecem a “espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Timóteo 4.1b). Seus erros são o resultado de prestarem atenção e darem ouvidos a conceitos que são perpetrados mediante engano demoníaco. O diabo e seu exército de espíritos maus desejam confundir e distorcer o ensino da Palavra de Deus, esses erros alimentam os desejos carnais do homem de glorificar-se a si mesmo.

      Esses apóstatas também “falam mentiras” de maneira hipócrita (1 Timóteo 4.2a). Não é apenas uma questão de seu ensino ser errôneo, suas vidas são marcadas por falsidades relacionadas à pretensão. Elas adicionam falso testemunho a sua mensagem errada. Talvez, o relato sobre suas proezas seja grosseiramente exagerado.

     Essas pessoas que abandonam a fé igualmente “têm cauterizada a própria consciência” (1 Timóteo 4.2b). Elas ensinam o erro e vivem mentiras de tal modo que suas consciências já não as convence de pecado. Suas consciências tornaram-se insensíveis ao pecado; não se incomodam mais com o pecado; o pecado não mais causa dor. Assim, nos diz a Escritura: “Estejam prevenidos!” Pessoas apostatas, como essas, sem dúvida serão abundantes nos últimos dias.

      Por esta razão, colocando-nos em oração diante do Deus da verdade, rendamos graças por sua amorosa advertência quanto ao perigo da apostasia; façamos o propósito de aumentar nossa apreciação por promessas “impopulares” como essa; supliquemos que o Senhor nos ajude a amar a verdade da sua Palavra; roguemos que ele nos dê olhos para ver, ouvidos para ouvir e coração receptivo para conhecer e guardar a sua Palavra; supliquemos, também, que o Senhor aprimore nosso discernimento acerca do erro, e que mantenha nosso coração e nossa mensagem ancorada na verdade da Escritura.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Uma preciosa promessa sobre a obra perfeita de Deus

            “O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo; a tua misericórdia, ó Senhor, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos” (Salmo 138.8).

            Novamente olhamos para uma “preciosa promessa” (2 Pedro 1.4) de Deus. Essa promessa diz respeito a sua obra perfeita na vida daqueles que o conhecem e dependem humildemente dele. Essa promessa inestimável é o antecedente do Antigo Testamento de uma promessa que consideramos recentemente, do Novo Testamento, que se encontra em Filipenses 1.6, e diz: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus”.

            Pense sobre as impressionantes implicações de nossa presente promessa. Ela afirma que “O que concerne a mim o Senhor levará a bom termo” (Salmo 138a). Nosso Deus promete cumprir de modo pleno sua vontade e seu plano em tudo quanto diz respeito a nossa vida. Quer isto signifique crescimento no discernimento bíblico, desenvolvimento na piedade, progresso no casamento ou qualquer outra coisa, “o Senhor levará a bom termo”.

            Se dermos a mínima atenção à Palavra de Deus, saberemos que ele deseja que cresçamos no entendimento bíblico sadio. Pois está escrito: “Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido” (Hebreus 5.12). Se nos alimentamos humildemente da Palavra de Deus, pedindo a Deus discernimento espiritual, ele levará a bom terno o que diz respeito a nós nesta área.

            Se nos preocupamos acerca da vontade de Deus concernente ao nosso completo desenvolvimento espiritual, sabemos que sua Palavra nos chama para uma vida de piedade. Como está escrito: “Porquanto, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2.11-12). Se formos ao Senhor em busca de crescimento contínuo na piedade, e confiarmos nele, ele levará a bom termo o que diz respeito a nós nesta área também.

            Com respeito à vida familiar, as Escrituras revelam que a vontade de Deus é que o relacionamento familiar seja de servos mutuamente submissos, cada um servindo ao outro no temor do Senhor. Como diz a Escritura: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5.21). A esposa serva seguirá a liderança espiritual do esposo servo; pois a Escritura ordena: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor” (Efésios 5.22). O esposo servo amará sua esposa com amor sacrificial semelhante ao de Cristo; como ensina a Escritura: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5.25). Visto que cada um vai ao Senhor em busca da sua graça transformadora, ele também levará a bom termo o que lhes diz respeito nesta área.

            Portanto, em oração ao amado Pai celestial, supliquemos seu perdão por nossas tentativas de aperfeiçoar-nos a nós mesmos, esquecendo-nos de que ele prometeu cuidar disso; reconheçamos que nossos esforços inúteis somente apagam a obra do seu Espírito de graça em nós; roguemos que ele cumpra sua obra transformadora em nosso estudo das Escrituras, em nossa necessidade de crescimento na piedade, em nossos relacionamentos familiares, em nosso testemunho no trabalho e em nosso serviço a ele,

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Promessas impopulares acerca da semeadura e da colheita

             “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.7-8).

            Revisitemos, agora, a categoria das promessas “impopulares”. Esse conjunto de promessas diz respeito às certezas absolutas sobre o processo de colheita e de semeadura. Observe atentamente as palavras da Escritura: “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7b). Em um mundo no qual se rejeita com frequência o ter responsabilidade ou a obrigação de prestar contas, estas promessas são muito “impopulares”.

            Muitas pessoas estão enganadas acerca desse assunto. Elas supõem erroneamente que não terão de enfrentar as consequências das “sementes diárias” que plantam. Acreditar e viver em uma perspectiva errada é, na verdade, zombar de Deus, que foi quem estabeleceu esse princípio da semeadura e da colheita. Observe cuidadosamente o que a Escritura diz: “de Deus não se zomba” (Gálatas 6.7a). Esse padrão de plantar e colher é demonstrado de modo claro no caso das sementes. Sempre que um agricultor semeia milho, ele sempre colhe milho. Ele nunca colherá trigo. Da mesma forma, este padrão é verdadeiro no campo das sementes espirituais. Cada um de nós está semeando sementes espirituais a cada dia de nossas vidas: quer sementes “da carne”, quer sementes “do Espírito”. A colheita de cada um de nós está determinada por meio dessa semeadura: quer “corrupção”, quer “vida eterna”.

            Por todo o mundo (e, infelizmente, em muitos casos, dentro do mundo da igreja), são semeadas sementes da carne dia a dia. Em palavras, ações, atitudes ou relacionamentos, as pessoas estão plantando sementes que são caracterizadas pela lista de obras da carne, encontrada em Gálatas 5.19-21, que diz: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Estas sementes produzem uma colheita de destruição; como está escrito: “o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção” (Gálatas 6.8a). Estas sementes levam cada um que se engaja nelas ao desperdício e destruição de sua vida. Essas sementes trazem condenação e julgamento multiplicados sobre os incrédulos. Quando os crentes são pegos nestas indulgências carnais por um tempo, essas sementes produzem aridez e esterilidade espirituais, e falta de apetite por comunhão com o Senhor.

            Por outro lado, estão disponíveis sementes muito diferentes para a semeadura, e elas produzem uma colheita completamente diferente. Leia com atenção o que a Escritura diz: “mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6.8b). As sementes que são plantadas mediante dependência do Espírito Santo produzem o fruto descrito em Gálatas 5.22-23, que diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”

            Com isso em mente, coloquemos em oração diante de nosso Pai celestial e lamentemos profundamente pelas sementes da carne que plantamos durante nossa vida; reconheçamos o fato de que elas sempre nos levaram a desperdiçar nossa vida e a desonrar nosso Senhor; desejemos e firmemos o propósito de semear as sementes do Espírito, reconhecendo que elas sempre enriquecerão nossa vida e trarão glória ao nosso Senhor; firmemos o propósito de agradar a Deus, não de zombar dele.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Uma preciosa promessa sobre a completa obra de Deus

             “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).

            Retornaremos, agora, à categoria que chamamos de “preciosas promessas” (2 Pedro 1.4). Nesse texto, temos uma promessa inestimável que diz respeito ao compromisso de Deus de completar a maravilhosa obra de salvação que ele começou em nós com o novo nascimento.

            Se nossa fé está em Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal, Deus deu início a uma tremenda obra salvadora a nosso favor; pois a Escritura afirma: “Aquele que começou boa obra em vós” (Filipenses 1.6a).

            O Deus Pai nos fez novas criaturas em seu Filho; como está escrito: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5.17). Além disso, o Deus Pai nos tem suprido com recursos celestiais imensuráveis; pois a Escritura diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1.3) Que grande obra foi começada em nós! Ainda, a obra salvadora de Deus é chamada na Escritura de “tão grande salvação”; como está escrito: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hebreus 2.3). Assim, tudo o que o Deus Pai já efetuado em nós é apenas uma parte do todo. Em qualquer parte em que nos encontremos neste glorioso processo, há alguma obra complementar que Deus deseja fazer. Ele deseja trazer para o nosso entendimento, nosso caráter e nossa experiência diária mais daquilo que é plenamente nosso em Cristo.

            Além disso, nosso Deus deseja que sejamos confiantes acerca deste assunto. O apóstolo Paulo diz: “Estou plenamente certo de que” (Filipenses 1.6a). Como observado em nossa meditação anterior, o Deus Pai não deseja que seu povo viva em autoconfiança. Esta verdade colocada no lugar errado é apenas outra forma de orgulho. Isto não significa que nós, cristãos, devamos viver sem confiança em nossas vidas. Isto significa que toda nossa confiança deve ser colocada no Senhor. Como diz a Escritura: “E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus” (2 Coríntios 3.4). Nosso Senhor deseja que tenhamos forte segurança naquele que completará esta obra em nós.

            Lembremo-nos, também, que esta obra salvadora de Deus é realizada dentro de nossas vidas, como a Escritura declara: “aquele que começou boa obra em vós há de completa-la” (Filipenses 1.6b). O Senhor estabeleceu uma posição eterna para nós com ele nos lugares celestiais; como está escrito: “juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 2.6). Mais ainda, ele deseja produzir em nós um caminhar piedoso na terra, pois a Escritura afirma: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Efésios 4.1). Este caminhar não é baseado em teorias humanas de modificação de comportamento. O próprio Senhor desenvolve este caminhar em nossos corações e por meio deles; pois a Escritura diz: “ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre, Amém!” (Hebreus 13.20-21).

            Por isso, em oração, expressemos que desejamos andar mais na realidade daquilo que é nosso em Cristo; rendamos graças por essas palavras da Escritura que edificam nossa confiança em Deus; humildemente, nos arrependamos de nossas tentativas autoconfiantes de fazer o que somente o Senhor pode realizar, e clamemos por seu perdão; e estabeleçamos o propósito de olhar de novo e somente para o Senhor, o autor e consumador de nossa fé.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Promessas "impopulares" concernentes ao orgulho e à humildade

            “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12).

            Retornando a nossa categoria de promessas “impopulares”, consideremos, agora, um par que contrasta orgulho e humildade. Essas promessas basicamente garantem resultados dolorosos para aqueles que escolhem o caminho do orgulho, enquanto asseguram bênçãos abundantes para os que desejam andar em humildade. Essas promessas são definitivamente “impopulares em um mundo arrogante (e, também frequentemente, no mundo eclesiástico arrogante).

            O modo de vida do mundo é o de auto exaltação. A Babilônia foi um dos impérios mais poderosos da história antiga. Deus lhe permitiu alcançar um poder mundial. O Senhor Deus até mesmo a usou como instrumento para castigar seu próprio povo rebelde, Israel. Todavia, o Senhor a advertiu acerca do fim ao qual seu orgulho a levaria. Por meio do profeta Isaías, o Senhor disse: “Muito me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança e a entreguei na tua mão, porém não usaste com ela de misericórdia e até sobre os velhos fizeste mui pesado o teu jugo. E disseste: Eu serei senhora para sempre! Até agora não tomaste a sério estas coisas, nem te lembraste do seu fim. Ouve isto, pois, tu que és dada a prazeres, que habitas segura, que dizes contigo mesma: Eu só, e além de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos. [...] Pelo que sobre ti virá o mal que por encantamentos não saberás conjurar; tal calamidade cairá sobre ti, da qual por expiação não te poderás livrar; porque sobre ti, de repente, virá tamanha desolação, como não imaginavas” (Isaías 47.6-8, 11). Até mesmo a poderosa Babilônia não poderia evitar esse fim prometido. Como está escrito, “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado” (Mateus 23.12a). Se impérios bastante poderosos para dominar sua época não puderam neutralizar esta promessa, quanto menos qualquer pessoa ou indivíduo (quer no mundo ou na igreja) pode evitar esse sombrio fim para todo aquele que anda em orgulho?

            Muitos daqueles que zombam dessa advertência contra o orgulho também desdenham da sua conclusão, a saber, “quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.12b). Muitas pessoas religiosas e não religiosas odeiam da mesma forma aceitar que a humildade é o caminho de Deus para a bênção prometida. Para elas, humildade é fraqueza e tolice. Elas estão convencidas de que a autoconfiança e a autoafirmação conquistarão quaisquer coisas que seja desejada. Elas se recusam a aceitar que a humildade levará à bênção. Entretanto, é a humildade que agrada ao Senhor. Davi, um homem de grande intimidade com Deus, entendeu esta verdade. Ele disse: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.17). Deus se deleita naqueles que chegam diante dele admitindo a grandeza de sua necessidade. Deus não está procurando “Babilônias poderosas”. Ele está procurando corações humildes e quebrantados. Jesus ensinou claramente esta verdade quando disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3), e “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5.5).

            Consequentemente, coloquemo-nos em oração diante de nosso Senhor Jesus Cristo, declaremos que não queremos andar no caminho do orgulho que leva à destruição, como a Babilônia andou, e que nos rendemos à sua promessa contra o orgulho; confessemos que nosso coração está quebrantado e compungido a medida em que pensamos em nossos pecados e falhas; declaremos que vamos a ele em humildade, lançando-nos sobre sua grande promessa de misericórdia e graça.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Uma preciosa promessa sobre a provisão de Deus

            “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.4). “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19).

            Em meditações recentes, observamos duas categorias diferentes de promessas, a saber, “preciosas e mui grandes promessas” e promessas impopulares. Ambas as categorias exercem um papel vital no plano de Deus. A primeira categoria de promessas (preciosas e mui grandes) produzem encorajamento, conforto e esperança. A segunda categoria de promessas (impopulares) trazem advertências, convites e despertamento. Ambos os tipos de promessas possuem igualmente a garantia de cumprimento. Deve-se prestar atenção e receber ambos os tipos de promessas. Por algum tempo, de modo alternado, vamos considerar algumas promessas dessas duas categorias.

            O texto de Filipenses 4.19 contém uma promessa da primeira categoria. A Escritura diz: “E o meu deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” O contexto no qual essa promessa é feita diz respeito às provisões materiais. Observe o que é dito antes: “E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades” (Filipenses 4.15-16). Os santos da Igreja de Filipos, de modo regular, tiravam de seus recursos financeiros ofertas, a fim de que o apóstolo Paulo pudesse se concentrar na ministração do evangelho. Pouco adiante, o apóstolo registra o recebimento da oferta, dizendo: “Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus” (Filipenses 4.18). A recente oferta de Filipos deixou Paulo abundantemente suprido de recursos materiais. Essa generosidade também foi um sacrifício espiritual aceitável e agradável aos olhos de Deus.

            Como fez com Paulo, o Senhor Deus promete satisfazer as necessidades físicas de todos os seus filhos. Podemos confiar em sua promessa de cuidado para conosco. Não precisamos nos afligir ou nos preocupar. Lembremo-nos do que a Escritura diz: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mateus 6.31-32). Nosso Pai fiel e amoroso está plenamente ciente de nossas necessidades materiais, e ele se compromete consigo mesmo a supri-las. Por isso ele afirma: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Nosso Pai celestial deseja que dediquemos nossa atenção para busca-lo, não para buscar o suprimento de nossas necessidades. Ele deseja que procuremos conhece-lo. Ele deseja que busquemos seu governo santo e seus caminhos justos. Ele, “segundo a sua riqueza em glória”, suprirá fielmente “em Cristo Jesus, cada uma” de nossas necessidades. Normalmente, ele usará um salário para cumprir sua promessa, mas ele suprirá as nossas necessidades. Contudo, mesmo se estivermos acamados e impossibilitados de trabalhar, não podendo receber um salário, ele suprirá as nossas necessidades. Deus é nossa fonte fiel.

            Portanto, em oração ao nosso Pai celestial, rendamos graças por sua fidelidade em suprir nossas necessidades materiais durante todos esses anos; supliquemos seu perdão pelas vezes em que duvidamos de sua fidelidade, nas ocasiões em que parecia que a provisão não viria; e roguemos seu auxílio para buscarmos a ele em primeiro lugar, não o suprimento de nossas necessidades.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Outra promessa impopular sobre as consequências do pecado

            “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 13.49-50).

            Aqui são encontradas algumas promessas impopulares de Jesus. Essa série de promessas intensifica a advertência que ele deu na meditação anterior acerca das consequências do pecado. Lembremos do que ele disse: “Por isso, eu vos disse morrereis nos vossos pecados” (João 8.24). O texto de nossa presente meditação revela, mediante promessa, a certeza absoluta das consequências do pecado e sua terrível extensão. Em um mundo que procura ignorar a eternidade e negar a responsabilidade, essas promessas são impopulares.

            Todas as pessoas que morrem na culpa do pecado serão julgadas definitivamente um dia. Esta é uma certeza absoluta. O dia da prestação de contas está chegando. Observe as palavras de Jesus, “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos” (Mateus 13.49). As pessoas que morrerem antes desse dia também enfrentarão o julgamento; pois está escrito: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27). O lugar do julgamento final do não salvo será o grande trono branco, visto que as Escrituras nos ensinam: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Apocalipse 20.11-15).

            Esse julgamento absolutamente certo também possui uma terrível extensão. Ele é eterno. O pecado é um crime espiritual contra Deus. O Deus vivo e verdadeiro é eterno. Ele é o grande “Eu Sou” (Êxodo 3.14; João 8.58). Portanto, as consequências do pecado são eternas. Assim, todos os incrédulos terão o mesmo destino do diabo, do anticristo e do falso profeta, a saber, “lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 20.10). Qualquer homem ou mulher, cujo nome não estiver inscrito no Livro da Vida, será lançado e atormentado nesse mesmo lugar, e ali sofrerá eternamente (Apocalipse 20.15). O tormento final do inferno será a separação da presença de Deus por toda a eternidade. Como está escrito: “estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1.9). Banidos da presença de Deus, não desfrutando mais de sua graça comum nem de sua misericórdia, contudo, sofrendo o peso do furor da sua ira e da sua indignação, dia e noite, pelos séculos dos séculos.

            A certeza absoluta das consequências do pecado, bem como a certeza absoluta da sua terrível extensão, tornam a próxima promessa, de todas que examinamos, a mais crítica, a saber, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23); e “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

            Colocando-nos diante de nosso Deus e Pai eterno, reconheçamos que merecemos o julgamento eterno devido a nossos pecados contra ele; supliquemos o dom gratuito da vida eterna em Cristo Jesus; e nos disponhamos em suas mãos, a fim de sermos usados por ele para levar outros ao conhecimento da realidade do julgamento e da utilidade da vida eternos.

sábado, 22 de agosto de 2020

A importância das promessas "impopulares" de Deus

            Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24).

            Falando de modo geral, as promessas de Deus são “populares” para muitas pessoas. Quanto mais lemos ou ensinamos das promessas do Senhor, mais as pessoas ficam contentes. Lembremo-nos, por exemplo, das seguintes promessas: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36); e “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Promessas como essas são, com frequência, recebidas com prazer, visto que elas são encorajadoras. Elas são abraçadas com aprovação, visto que são confortadoras. Por outro lado, algumas das promessas de Deus são definitivamente “impopulares” para alguns segmentos da humanidade. Esse tipo de promessa é tratado com desdém e rejeitado, por causa de seu caráter condenatório ou sóbrio. No entanto, essas promessas, que nem sempre são bem recebidas, possuem grande importância no plano de Deus.

            Uma dessas promessas é dada duplicada em nosso texto. Observe atentamente o que o Senhor Jesus diz: “Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24). Em um mundo intolerante, que procura negar a realidade do pecado e suas consequências, esta é uma promessa impopular. Todavia, a promessa é verdadeira, apesar de tudo. O pecado traz morte espiritual. Esse é o caso desde o início. A Escritura afirma claramente: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente, morrereis” (Gênesis 2.16-17). Esta verdade foi reafirmada pelos profetas de Israel, como está escrito, por exemplo, em Ezequiel 18.20, que diz: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”. A mesma verdade foi igualmente repetida pelos apóstolos na igreja primitiva, pois a Escritura diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é avida eterna em Cristo Jesus” (Romanos 6.23). Visto que todos pecaram, essa advertência feita em forma de promessa pelo Senhor Jesus se aplica a todos. Como está escrito: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

            A fim de se escapar das inevitáveis consequências do pecado, é necessário confiar em Jesus Cristo como o Salvador divino prometido. Note o que nosso texto afirma categoricamente: “porque, se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados” (João 8.24b). Esta declaração “Eu Sou” sugere a divindade de Jesus. Pouco tempo depois, o próprio Jesus declarou que ele é Deus, dizendo: “Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8.58). Aqui, Jesus aplica a si o mesmo nome que Deus revelou a Moisés, dizendo: “Disse deus a Moisés: Eu Sou O Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós outros” (Êxodo 3.14). Desse modo, esta importante promessa feita por Jesus nos admoesta que somente a fé nele como o Salvador divino, libertará a pessoa das consequências certas do pecado.

            Por isso, colocando-nos diante de Senhor e Salvador Jesus Cristo, rendamos graças a ele por esta importante advertência dada por meio dessa promessa; regozijemo-nos por termos nos submetidos à sua verdade e certeza; regozijemo-nos pelo fato de nossos pecados terem sido perdoados; e tomemos a decisão de transmitir essa promessa a outros que precisam responder de modo adequado a ela.